Pode o consumo máximo de oxigênio e a frequência cardíaca máxima medidos em teste laboratorial serem preditos por equações em corredores amadores?

  • Franciel José Arantes Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Públio Freitas Vieira Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Diego Licnerski Borges Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Adriano Alves Pereira Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Palavras-chave: Aptidão aeróbia, Predição, Intensidade

Resumo

O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e a frequência cardí­aca máxima (FCmáx) são utilizados constantemente para descrever a aptidão do sistema cardiovascular bem como estimar a tolerância de carga do exercí­cio. No entanto não há um consenso na literatura com respeito à fórmula fidedigna para determinar-los. O objetivo do estudo foi verificar se o VO2máx e a FCmáx podem ser preditos por fórmulas em jovens corredores. Treze homens (25.62 ± 8.87 anos) realizaram um teste incremental até a exaustão com análises do VO2máx e da FCmáx. Essas variáveis foram comparadas entre fórmulas de predição do VO2máx (A = 15 x (FCmáx/ frequência cardí­aca de repouso; B = 3.542 + (-0.014 x idade) + (0.015 x massa corporal) + (-0.011 x frequência cardí­aca de repouso); C = (0.2 x Vpico-P) + (0.9 x Vpico-P x inclinação) + 3.5; D = (0.2 x Vpico-60) + (0.9 x Vpico-60 x inclinação) + 3.5)) e da FCmáx (1 = 220 - idade; 2 = 207 - 0.7 x idade; 3 = 201 - 0.6 x idade; 4 = 205 - 0.685 x idade; 5 = 210 - 0.65 x idade). ANOVA foi empregada adotando ní­vel de significância de 5%. Os resultados demonstraram para as fórmulas A e B do VO2máx não difere do real encontrado (p > 0.05) e para a fórmula 3, diferente da FCmáx real (p < 0.05). Assim, foi possível concluir que as fórmulas A e B e 1, 2, 4 e 5 podem ser utilizadas para predizer o VO2máx e a FCmáx em jovens corredores.

Biografia do Autor

Franciel José Arantes, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Faculdade de Engenharia Elétrica e Faculdade de Educação Fí­sica

Públio Freitas Vieira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Faculdade de Educação Fí­sica

Diego Licnerski Borges, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Faculdade de Educação Fí­sica

Adriano Alves Pereira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Faculdade de Engenharia Elétrica e Engenharia Biomédica

Referências

-ACMS. Manual de pesquisa: das diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. Guanabara Koogan. 2003.

-Bassett, D. R.; Howley, E. T. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance performance. Med Sci Sports Exerc. Vol. 32. Núm. 1. p. 70-84. 2000.

-Boudet, G.; e colaboradores.Median maximal heart rate for heart rate calibration in different conditions: laboratory, field and competition. Int J Sports Med. Vol. 23. Núm. 4. p. 290-297. 2002.

-Branco, F. D. C.; Vianna, J. M.; Lima, J. R. P. D. Freqüência cardíaca na prescrição de treinamento de corrredores de fundo. Rev. bras. ciênc. mov. Vol. 12. Núm. 2. p. 75-79. 2004.

-Brandon, L. J. Physiological Factors Associated with Middle Distance Running Performance. Sports Medicine. Vol. 19. Núm. 4. p. 268-277. 2012.

-Calvert, A. F.; Bernstein, L.; Bailey, I. K. Physiological Responses to Maximal Exercise ina Normal Australian Population-Comparative Values in Patients with Anatomically Defined Coronary Artery Disease. Australian and New Zealand Journal of Medicine. Vol. 7. Núm. 5. p. 497-506. 1977.

-De Limai, A. M. J.; Silvaii, D. V. G.; De Souza, A. O. S. Correlação entre as medidas direta e indireta do VO2máx em atletas de futsal. Rev bras med esporte. Vol. 11. Núm. 3. 2005.

-De Souza, E. S. C. G.; e colaboradores. Influence of age in estimating maximal oxygen uptake. J Geriatr Cardiol. Vol. 13. Núm. 2. p. 126-131. 2016.

-Foss, M. L.; Keteyian, S. J. Fox: bases fisiológicas do exercício e do esporte. Guanabara Koogan. 2000.

-Garber, C. E.; e colaboradores. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. Vol. 43. Núm. 7. p. 1334-1359. 2011.

-Glass, S.; Dwyer, G. B.; Medicine, A. C. O. S. ACSM'S metabolic calculations handbook. Lippincott Williams & Wilkins. 2007.

-Hawkins, M. N.; e colaboradores. Maximal oxygen uptake as a parametric measure of cardiorespiratory capacity. Med Sci Sports Exerc. Vol. 39. Núm. 1. p. 103-107. 2007.

-Hawkins, S.; Wiswell, R. Rate and mechanism of maximal oxygen consumption decline with aging: implications for exercise training. Sports Med. Vol. 33. Núm. 12. p. 877-88. 2003.

-Inbar, O.; e colaboradores,. Normal cardiopulmonary responses during incremental exercise in 20-to 70-yr-old men. Med Sci Sports Exerc. Vol. 26. p. 538-538. 1994.

-Jackson, A. S.; Pollock, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. Br J Nutr. Vol. 40. Núm. 3. p. 497-504. 1978.

-Jones, N. L. Clinical Exercise Testing. Saunders. 1997.

-Katzel, L. I.; Sorkin, J. D.; Fleg, J. L. A comparison of longitudinal changes in aerobic fitness in older endurance athletes and sedentary men. Journal of the American Geriatrics Society. Vol. 49. Núm. 12. p. 1657-1664. 2001.

-Kuipers, H.; e colaboradores. Effects of stage duration in incremental running tests on physiological variables. Int J Sports Med. Vol. 24. Núm. 7. p. 486-491. 2003.

-Lorenz, D. S.; e colaboradores. What performance characteristics determine elite versus nonelite athletes in the same sport? Sports Health: A Multidisciplinary Approach. Vol. 5. Núm. 6. p. 542-547. 2013.

-Mahseredjian, F.; Barros Neto, T. L. D.; Tebexreni, A. S. Estudo comparativo de métodos para a predição do consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio em atletas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 5. Núm. 5. p. 167-172. 1999.

-Midgley, A. W.; Mcnaughton, L. R.; Carroll, S. Time at VO2max during intermittent treadmill running: test protocol dependent or methodological artefact? Int J Sports Med. Vol. 28. Núm. 11. p. 934-939. 2007.

-Midgley, A. W.; Mcnaughton, L. R.; Wilkinson, M. Is there an optimal training intensity for enhancing the maximal oxygen uptake of distance runners?: empirical research findings, current opinions, physiological rationale and practical recommendations. Sports Med. Vol. 36. Núm. 2. p. 117-32. 2006.

-Millet, G. P.; e colaboradores. Responses to Different Intermittent Runs at Velocity Associated With. Canadian Journal of Applied Physiology. Vol. 28. Núm. 3. p. 410-423. 2003.

-Nieman, D. C.; e colaboradores. Validity of COSMED's quark CPET mixing chamber system in evaluating energy metabolism during aerobic exercise in healthy male adults. Research in Sports Medicine. Vol. 21. Núm. 2. p. 136-145. 2013.

-Rexhepi, A. M.; Brestovci, B. Prediction of VO2máxbased on age, body mass, and resting heart rate. Human Movement. Vol. 15. Núm. 1. p. 56-59. 2014.

-Robergs, R. A.; Landwehr, R. The surprising history of the “HRmax= 220-age” equation. J Exerc Physiol. Vol. 5. Núm. 2. p. 1-10. 2002.

-Shaw, A. J.; e colaboradores. The Correlation between Running Economy and Maximal Oxygen Uptake: Cross-Sectional and Longitudinal Relationships in Highly Trained Distance Runners. PLoS One. Vol. 10. Núm. 4. p. e0123101. 2015.

-Siri, W. E. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. 1961.

-Tanaka, H.; Monahan, K. D.; Seals, D. R. Age-predicted maximal heart rate revisited. J Am Coll Cardiol. Vol. 37. Núm. 1. p. 153-156. 2001.

-UTH, N.; e colaboradores. Estimation of VO2max from the ratio between HRmax and HRrest--the Heart Rate Ratio Method. Eur J Appl Physiol. Vol. 91. Núm. 1. p. 111-115. 2004.

-Utter, A.; e colaboradores. Validation Of Cosmed'S Quark Cpet And Mixing Chamber System: 782: Board# 3 3: 15 PM-5: 15 PM. Medicine& Science in Sports & Exercise. Vol. 43. Núm. 5. p. 80. 2011.

-Vasconcelos, T. L. Comparação das respostas de frequência cardíaca máxima através de equações preditivas e teste máximo em laboratório. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 1. Núm. 2. 2011. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/14/13>

Publicado
2017-06-20
Como Citar
Arantes, F. J., Vieira, P. F., Borges, D. L., & Pereira, A. A. (2017). Pode o consumo máximo de oxigênio e a frequência cardíaca máxima medidos em teste laboratorial serem preditos por equações em corredores amadores?. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(66), 343-352. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1146
Seção
Artigos Científicos - Original