Comparação do dispêndio energético, e outros parâmetros metabólicos em duas atividades de fitness: jump e jump-circuit

  • Pedro Miguel Cunha Centro de Investigação em Atividade Fí­sica Saúde e Lazer (CIAFEL), Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
  • José C. Ribeiro Centro de Investigação em Atividade Fí­sica Saúde e Lazer (CIAFEL), Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
  • Jorge Mota Centro de Investigação em Atividade Fí­sica Saúde e Lazer (CIAFEL), Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
  • Gustavo Silva Research Center in Sports Sciences, Health and Human Development (CIDESD), University Institute of Maia (ISMAI), Maia, Portugal.
Palavras-chave: Saltar, Circuito de salto, Calorimetria indireta, Gasto de energia, K4B2, Atividade fisica

Resumo

 

Uma das principais incubadoras de atividade física são os ginásios e academias, com uma variedade de modalidades apelativas. Em 2013, as modalidades classificadas como Desporto Fitness assumiram 61,1% da escolha entre os indiví­duos com mais de 25 anos. O objetivo deste estudo foi, caraterizar a intensidade de esforço e analisar os substratos energéticos recrutados durante duas aulas distintas em minitrampolim (Jump e Jump-Circuit), em ambiente não laboratorial, verificando se a aula de Jump exige um maior dispêndio energético e maior intensidade de treino, comparativamente com o Jump-Circuit. Para tal, utilizamos uma amostra de 42 indiví­duos praticantes de Jump e Jump-Circuit (31.52±8.80 anos). O estudo implicou a realização de uma aula de Jump ou Jump-Circuit, equipados com o ergoespirômetro portátil COSMED® K4b2. Os procedimentos estatí­sticos contemplaram a comparação entre grupos, através do teste-T independente de Student, e a Análise de Covariância com ajustamento para a idade, com o ní­vel de significância estabelecido em 5%. Constatamos que em média, o grupo que realizou a aula de Jump obteve valores mais elevados nas variáveis VO2 absoluto, VO2 relativo, MET e Dispêndios Energéticos, com diferenças estatisticamente significativas (P<0.05) em comparação ao grupo Jump-Circuit, mesmo com ajuste para a idade. Em relação ao RER, FC e percentagens de utilização de substratos, não se verificaram diferenças estatisticamente significativas. Pelos dados obtidos, podemos considerar a aula de Jump como aquela que exige maior dispêndio energético e intensidade de treino, no entanto, ambas as modalidades têm um recrutamento de substratos energéticos semelhante.

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Publicado
2018-07-24
Como Citar
Cunha, P. M., Ribeiro, J. C., Mota, J., & Silva, G. (2018). Comparação do dispêndio energético, e outros parâmetros metabólicos em duas atividades de fitness: jump e jump-circuit. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(74), 349-356. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1410
Seção
Artigos Científicos - Original