Produção de lactato em diferentes níveis de aptidão na execução de exercí­cio na cadeira extensora

  • Luiz Antonio Meirelles Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Departamento de Educação Fí­sica, Joinville-SC, Brasil.
  • Carla Werlang-Coelho Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Departamento de Educação Fí­sica, Joinville-SC, Brasil. Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC-Joinville), Departamento de Quí­mica, Joinville-SC, Brasil.
Palavras-chave: Lactato, Treinamento de resistência, Metabolismo energético

Resumo

Introdução: Estudos que analisam efeitos metabólicos da sobrecarga sobre o organismo de pessoas com diferentes graus de treinabilidade são necessários para compreender os mecanismos fisiológicos de adaptação gerados pelo treinamento contra resistência (TCR). Objetivo: Verificar os ní­veis de concentração de lactato sanguí­neo em diferentes ní­veis de aptidão muscular na execução de exercí­cio na cadeira extensora. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 40 indiví­duos (homens), com idade de 21,85±1,9 anos, divididos em dois grupos: (1) Iniciantes e (2) Avançados. O protocolo experimental foi composto pelo exercí­cio extensão de joelhos (3 séries 09-12 repetições máximas); escala de Borg, e concentração sanguí­nea de lactato. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa na concentração de lactato sanguí­neo entre os grupos; porém, o grupo de iniciantes apresentou maior produção de lactato (10,2±2,67mmol) quando comparado ao grupo de avançados (9,1±2,56mmol). Quanto à percepção subjetiva de esforço foram as notas foram estatisticamente diferentes (p=0,01) sendo de 16,6±1,59 pontos para o grupo (1) e 15,1±2,07 pontos para o grupo (2). Conclusão: Conclui-se que não houve diferença significativa na concentração de lactato sanguí­neo entre os dois grupos, porém a sensação subjetiva do esforço do grupo de iniciantes foi maior mesmo com a realização do exercí­cio com uma carga menor no número de séries e repetições propostas no protocolo.

Biografia do Autor

Luiz Antonio Meirelles, Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), Departamento de Educação Fí­sica, Joinville-SC, Brasil.

Departamento de Educação Fí­sica, Fisiologia do exercí­cio.

Referências

-American College of Sports Medicine. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. Vol. 34. p. 364-380. 2002.

-Arsa, G.; Cambri, L.; Silva, F.; Pardono, E. Serra A, Leite G, et al. Limiar anaeróbio a partir da PSE em exercício resistido por modelos matemáticos. Rev Bras Med Esporte. Vol. 22. p. 113-117. 2016.

-Baechle, T.; Earle, R. Essentials of strength training and conditioning. National Strength and Conditioning Association. 3rd ed. Champaign, IL: Human Kinetics. p. 141-142. 2008.

-Benetti, M.; Santos, R.; Carvalho, T. Cinética de lactato em diferentes intensidades de exercícios e concentrações de oxigênio. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol. 6. p. 50-56. 2000.

-Bird, S.; Tarpenning, K.; Marino, F. Designing resistance training programmes to enhance muscular fitness: a review of the acute programme variables. Sports Medicine. Vol. 35. p. 841. 2005.

-Borg, G. Escalas de Borg para a dor e esforço percebido. Manole. 2000. p. 31-67.

-Borg, G. Psychophysical bases ofperceived exertion. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 14. p. 377-381. 1982.

-Brandão, G.; Ruaro, J.; Vilaverde, A.; Balbo, S. Análise de lactato sanguíneo coletados em atletas de judô mediante a realização de um teste específico e uma situação de luta. Uniamerica. p. 1699-1702. 2006.

-Brooks, G.; Donovan, C. Effect of endurance training on glucosekinetics during exercise. Am J Physiol. Vol. 244. p. 505-512. 1983.

-Damas, F.; Phillips, S.; Lixandrão, M.; Vechin, F.; Libardi, C.; Roschel, H. Early resistance training‑induced increases in muscle cross‑sectional area are concomitant with edema‑induced muscle swelling. Eur J Appl Physiol. Vol. 116. p. 49-56. 2016.

-Douris, P.; White, B.; Cullen, R.; Keltz, W.; Meli, J.; Mondiello, D. The relationship between maximal repetition performance and muscle fiber type as estimated by noninvasive techniquein the quadriceps of untrained women. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. p. 699-703. 2006.

-Fleck, S.; Kraemer, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3ªedição. São Paulo. Artimed. 2006. p. 124-144.

-Fukunaga, T.; Miyatani, M.; Tachi, M.; Kouzaki, M.; Kawakami, Y.; Kanehisa, H. Muscle volume is a major determinant of joint torque in humans. Acta Physiologica Scandinavica. Vol. 172. p. 249-255. 2001.

-Garber, C.; Blissmer, B.; Deschenes, M.; Franklin, B.; Lamonte, M.; Lee, I. American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Med Sci Sports Exerc. Vol. 43. p. 1334-1359. 2011.

-Green, H.; Goreham, C.; Ouyang, J.; Ball-Burnett, M.; Ranney, D. Regulation of fiber size, oxidative potential, and capillarization in human muscle by resistance exercise. Am J Physiol. Vol. 276. p. 591-596. 1999.

-Hatfield, D.; Kraemer, W.; Spiering, B.; Hakkinen, K.; Volek, J.; Shimano, T. The impact of velocity of movement on performance factors in resistance exercise. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. p. 760-766. 2006.

-Hubbard, J. L. The effect of exercise on lactate metabolism. J Physiol. Vol. 231. 1973.

-Júnior, F.; Aguiar, A.; Carneiro, R.; Lima, D.; Loureiro, A. Análise de protocolos de testes de força submáximos para predição de carga máxima (1rm) na musculação. Coleção Pesquisa em Educação Física. Vol. 11. p. 7-14. 2012.

-Kraemer, W. Strength training basics: Designing workouts to meet patients' goals. The Physician and Sports medicine. Vol. 31. p. 457. 2003.

-Mcardle, W.; Katch, F.; Katch, V. Fisiologia do Exercício. Energia, Nutrição e Desempenho humano. 7ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2011.

-Minamoto, V. Classificação e adaptações das fibras musculares: uma revisão. Fisioterapia e pesquisa. Fisioterapia e pesquisa. Vol. 12. p. 50-55. 2005.

-Polito, M. D.; Simão, R.; Viveiros, L. E. Tempo de Tensão, Percentual de Carga e Esforço Percebido em Testes de Força Envolvendo Diferentes Repetições Máximas. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 2. p.44-46. 2003.

-Rodrigues, J.; Perez, A.; Lunz, W.; Mill, J.; Carletti, L. Transição metabólica no teste progressivo de pessoas treinadas com musculação e corrida. Rev Bras Med Esporte. Vol. 21. p. 279-283. 2015.

-Stainsby, W.; Brooks, G. Control of lactic acid metabolism in contracting muscles and during exercise. Exercise and Sport Sciences Reviews. Vol. 18. p. 29-64. 1990.

-Sakamoto, A.; Sinclair, P. Effect of movement velocity on the relationship between training load and the number of repetitions of bench press. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. p. 523-527. 2006.

-Silva, M. Caracterização do esforço em modalidades desportivas mesuráveis e não mensuráveis: o judô como caso exemplar. Treino Desportivo. Vol. 10. p. 36-46. 1988.

Publicado
2018-10-21
Como Citar
Meirelles, L. A., & Werlang-Coelho, C. (2018). Produção de lactato em diferentes níveis de aptidão na execução de exercí­cio na cadeira extensora. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(77), 686-693. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1486
Seção
Artigos Científicos - Original