Associação de variáveis antropométricas e de bioimpedância em diferentes ní­veis de aptidão cardiorrespiratório

  • Marcelo Henrique Glanzel Universidade de Santa Cruz do Sul
  • Analie Nunes Couto Universidade de Santa Cruz do Sul, Brasil
  • Kely Lisandra Dummel Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil
  • William Vinicius Kleinpaul Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil
  • Miriam Beatrí­s Reckziegel Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil
  • Hildegard Hedwig Pohl Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil
Palavras-chave: Antropometria, Impedância elétrica, Composição corporal, Aptidão física

Resumo

Introdução: A capacidade cardiorrespiratória e a composição corporal são dois componentes de maior relevância na dimensão da aptidão fí­sica direcionada à saúde. Objetivo: Associar variáveis antropométricas e de bioimpedância (BIA) de acordo com a aptidão cardiorrespiratória. Método: Este estudo transversal avaliou 38 trabalhadores do ramo industrial de Santa Cruz do Sul-RS, Brasil, com faixa etária de 26 a 50 anos, sendo 26 indiví­duos do sexo feminino. As avaliações constaram de avaliação antropométrica, BIA e cardiorrespiratória. Na antropometria foram utilizadas as variáveis de í­ndice de massa corporal (IMC), percentual de gordura (%G), peso gordo (PG) e peso muscular (PM). Já na BIA, foram enfocadas as variáveis equivalentes às anteriores, como í­ndice de massa corporal (IMCBIA), percentual de gordura (%GBIA), massa gorda (MG) e massa muscular esquelética (MME). Para a aptidão cardiorrespiratória utilizou-se teste ergoespirométrico através do protocolo indireto de Bruce Modificado. De acordo com os ní­veis de classificações, estes foram dicotomizados em dois grupos: abaixo da média (G1) e acima da média (G2). Resultados: Observou-se diferenças entre IMC, IMCBIA e MG entre os grupos, apresentando valores superiores no G2. Além disso, os resultados indicaram que as variáveis de ambos os métodos demonstraram comportamento semelhante quanto à correlação nos dois grupos, apresentando fortes correlações em todos as variáveis, com exceção das variáveis PM-MME no G2, as quais demonstraram correlação moderada. Conclusão: Pode-se observar que os dois métodos são considerados válidos, contudo, deve-se levar em consideração a possibilidade de erros nas avaliações, sendo necessário realizá-las com cautela.

Biografia do Autor

Marcelo Henrique Glanzel, Universidade de Santa Cruz do Sul

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

Analie Nunes Couto, Universidade de Santa Cruz do Sul, Brasil

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

Kely Lisandra Dummel, Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

William Vinicius Kleinpaul, Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

Miriam Beatrí­s Reckziegel, Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

Hildegard Hedwig Pohl, Universidade de Santa Cruz do Sul. Brasil

Departamento de Educação Fí­sica e Saúde

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Publicado
2018-10-26
Como Citar
Glanzel, M. H., Couto, A. N., Dummel, K. L., Kleinpaul, W. V., Reckziegel, M. B., & Pohl, H. H. (2018). Associação de variáveis antropométricas e de bioimpedância em diferentes ní­veis de aptidão cardiorrespiratório. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(77), 750-756. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1499
Seção
Artigos Científicos - Original