Relação entre fadiga neuromuscular, ansiedade e estresse com o desempenho técnico durante partidas de Basquetebol
Resumo
Introdução: A fadiga diminui a capacidade de controle neuromuscular e influência o desempenho dos fundamentos técnicos determinantes no basquetebol. Além da fadiga, aspectos psicológicos como ansiedade e estresse são fatores que podem prejudicar o desempenho técnico em situações de pressão no jogo. Objetivo: Verificar a relação da fadiga neuromuscular, ansiedade e estresse com o desempenho técnico em jovens atletas de basquetebol. Materiais e métodos: Participaram do estudo doze atletas da categoria Sub-17 de uma equipe competitiva de basquetebol. Foi avaliado o desempenho físico (potência muscular), técnico (arremessos e passes) e psicológico (ansiedade e stress) em dois jogos válidos pelo Campeonato Gaúcho de Basquete. A potência muscular foi avaliada antes e após os jogos. O desempenho técnico foi avaliado por meio de scouts técnicos e o estado de ansiedade e estresse foram avaliados por meio de um questionário. Resultados: O estado de ansiedade (r = 0,709; p = 0,007) e estresse (r = 0,700; p = 0,008) foram relacionados com o aproveitamento de passes, enquanto que o estado de estresse foi inversamente relacionado com o aproveitamento de três pontos (r = - 0,671; p = 0,034) e com a soma do aproveitamento de arremessos (r = - 0,609; p = 0,027). Conclusão: Conclui-se que há relações entre o desempenho técnico e o estado de ansiedade e estresse de atletas.
Referências
-Apóstolo, J. L. A.; Figueiredo, M. H.; Mendes, A. C.; Rodrigues, M. A. Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Vol. 19. Núm. 2. p. 348-353. 2011.
-Apóstolo, J. L. A.; Mendes, A. C.; Azeredo, Z. A. Adaptação para a língua portuguesa da Depression, anxiety and stress scale (DASS). Revista Latino-americana de Enfermagem. Vol. 14. Núm. 6. p. 863-871. 2006.
-Ascenção, A.; Magalhães, J.; Oliveira, J.; Duarte, J.; Soares, J. Fisiologia da fadiga neuromuscular: Delimitação conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga de origem central e periférica. Revista Portuguesa de Ciência do Esporte. Vol. 3. Núm. 1. p. 108-123. 2003.
-Borin, J. P.; Maldaner, G. G.; Fachina, R. J. F.; Daniel, J. F.; Beneli, L. M.; Montagner, P. C. Desempenho de basquetebolistas no salto vertical: comparação em diferentes momentos da partida. Salusvita. Vol. 31. Núm. 2. p. 77-88. 2011.
-Castagna, C.; Impellizzeri, F. M.; Rampinini, E.; D’Ottavio, S.; Manzi, V. Yo-Yo intermittent recovery test in basketball players. Journal of Science and Medicine in Sport, Bursa. Vol. 11. Núm. 2. p. 202-208. 2008.
-Cortis, C.; Tessitori, A.; Lupo, C.; Pesce, C.; Fossile, E.; Figura, F.; Capranica, L. Inter-limb coordination, strength, jump and sprint performances following a youth men’s basketball game. Journal of Strength and Conditioning Research. Connecticut. Vol. 25. Núm. 1. p. 135-142. 2011.
-Csathó, A.; Van der Linden, D.; Hernádi, I.; Buzás, P.; Kalmár, G. Effects of mental fatigue on the capacitylimits of visual attention. Journal of Cognitive Psychology. Vol. 24. Núm. 5.p. 511-524. 2012.
-De Rose Jr, D.; Deschamps, S.; Korsakas, P. Situações causadoras de “stress” no basquetebol de alto rendimento: Fatores competitivos. Revista Paulista de Educação Física. Vol. 13. Núm. 2. p. 217-229. 1999.
-De Rose Junior, D.; Vasconcellos, E.G. Situações específicas de “stress” no basquetebol. Revista Paulista de Educação Física. Vol. 7. Núm. 2. p. 25-34. 1993.
-Enoka, R. M.; Stuart, D. G. Neurobiology of muscle fatigue. Journal of Applied Physiology. Vol. 72. Núm. 5. p. 1631-1648. 1992.
-Fernández-Castanys, B. M.; Fernande, B. D.; Fernández, M. D. La Preparación Biológica en la formación integral del desportista. Barcelona: Editorial Paidotribo. 2003.
-Ferreira, M. A. A influência da auto-eficácia e da ansiedade em jogadores de futebol. Dissertação (Mestrado em Educação Física). 101 p. 2008. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2008.
-Garganta, J. M. O ensino dos jogos desportivos colectivos: Perspectivas e tendências. Movimento. Vol. 4. Núm. 8. p. 19-27. 1998.
-Green, H. J. Mechanisms of muscle fatigue in intense exercise. Journal of Sports Sciences. Vol. 15. Núm. 3. p. 247-256. 1997.
-Hahn. T.; Foldspang. A.; Ingemann-Hansen. T. Dynamic strength of thequadricepsmuscle and sports activity. British Journal of Sports Medicine. Núm. 33. p. 117-120. 1999.
-Hoffman, J. R.; Epstein, S.; Einbinder, M.; Weinstein, Y. A Comparison Between the Wingate Anaerobic Power Test to Both Vertical Jump and Line Drill Tests in Basketball Players. The Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 14. Núm. 3. p. 261-264. 2000.
-Hopkins, W. G.; Marshall, S. W.; Batterham, A. M.; Hanin, J. Progressive statistics for studies in sports medicine and exercise Science. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 41. Núm. 1. p. 3-12. 2009.
-Justus, F. B. F. O impacto do estresse no desempenho técnico de atletas profissionais de futebol de campo. Dissertação de Mestrado em Educação Física. Departamento de Educação Física. Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 2010.
-Kalinski, M. I.; Norkowski, H.; Kerner, M.; Tkaczuk, W. Anaerobic Power Characteristics of Elite Atheletes in National Level Team-Sports Games. European Journal of Sport Science. Vol. 2. Núm. 3. p. 1-21. 2002.
-Kunrath, C. A.; Gonçalves, E.; Silva, L. F. S.; Tiggemann, C. L.; Dias, C. P.; Oliveira, U. O.; Teoldo, I. Avaliação da intensidade do treinamento técnico-tático e da fadiga causada em jogadores de futebol da categoria sub-20. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 30. Núm. 2. p. 217-225. 2016.
-Lovibond, P. F.; Lovibond, S. H. The structure of negative emotional states: Comparison of the Depression Anxiety Stress Scales (DASS) with the Beck Depression and Anxiety Inventories. Behaviour Research and Therapy. Vol. 33. Núm. 3. p. 335-343. 1995.
-Matias, C. J.; Greco, P. J. Cognição e ação nos jogos esportivos coletivos. Ciência e Cognição. Vol. 15. Núm. 1. p. 252-271. 2010.
-Narazaki, K.; Berg, K.; Stergiou, N.; Chen, B. Physiological demands of competitive basketball. Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports. Vol. 19. Núm. 3. p. 425-432. 2009.
-Ribeiro, F.; Gonçalves, G.; Venâncio, J.; Oliveira, J. Fadiga muscular diminui a sensação de posição do ombro em andebolistas. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. 8. Núm. 2. p. 271-276. 2008.
-Rodríguez-Alonso, M.; Fernández-García, B.; Pérez-Landaluce, J.; Terrados, N. Blood lactate and heart rate during national and international women's basketball. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 43. Núm. 4. p. 432-436. 2003.
-Santos, M. G.; Dezan, V. H.; Sarraf, T. A. Bases metabólicas da fadiga muscular aguda. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 11. Núm. 1. p. 07-12. 2003.
-Stackhouse, S.; Dean, J. C.; Lee, S. C.; Binder-MacLeod, S. A. Measurment of central activation failure of the quadriceps femoris in healthy adults. Muscle and Nerve. Vol. 23. Núm. 11. p. 1706-1712. 2000.
-Sunnerhagen, K. S.; Carlsson, U.; Sandberg, A.; Stalberg, E.; Hedberg, M.; Grymbi, G. Electrophysiologic evaluation of muscle fatigue development and recovery in late polio. Archives of physical medicine and rehabilitation. Vol. 81. Núm. 6. p. 770-776. 2000.
-Vandervoort, A. A.; Quinlan, J.; Mccomas, A. J. Twitch potentiation after voluntary contraction. Experimental Neurology, New York. Vol. 81. p. 141-152. 1983.
-Verkhoshansky, Y. Treinamento desportivo: teoria e metodologia. Porto Alegre.Artmed. 2001.
-Voser, R. C.; Haas, A.N.; Campani, M. M. Fatores determinantes da ansiedade em competições de iniciação esportivas. In: Futsal: princípios técnicas e táticos. 2ª edição. Editora Ulbra. 2003. p. 69-82.
-Woods, K.; Bishop, P.; Jones, E. Warm-upand stretching in the prevention of muscular injury. Sports Medicine. Vol. 37. Núm. 12. p. 1089-1099. 2007.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).