Demanda fí­sica de jogos oficiais de Futebol 7

  • Bruna Nunes Batista Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis-SC, Brasil
  • Artur Ferreira Tramontin Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis-SC, Brasil
  • Fernando Klitzke Borszcz Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis-SC, Brasil
  • Lorival José Carminatti Laboratório de Pesquisas em Desempenho Humano, Centro de Ciências da Saúde e do Esporte, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis-SC, Brasil
Palavras-chave: Demanda de jogo, Futebol 7, Variáveis fisiológicas, Distância percorrida, Treinamento

Resumo

No Brasil é crescente o número de praticantes de Futebol 7 (F7) e são escassos os estudos que analisam a sua demanda fí­sica. Se faz necessário o conhecimento de í­ndices que caracterizam partidas oficiais de F7 para a prescrição do exercí­cio e monitoramento da carga de treinamento. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar a demanda fí­sica de jogo em partidas oficiais de F7. Participaram 65 jogadores de seis equipes federadas de Santa Catarina. Foram analisadas oito partidas em um campeonato oficial por meio de sistema de posicionamento global (GPS) e monitor de frequência cardí­aca (FC), a fim de registrar a distância total percorrida, velocidade e FC. Os resultados apresentaram maior distância total percorrida relativa (DTPRELATIVA; 101,4 ± 11,8 vs. 96,6 ± 14,5 m.min-1), bem como menor FC média (171 ± 10 vs. 175 ± 9 bpm) no primeiro tempo comparado ao segundo tempo de partida. Do tempo total de jogo, os atletas permaneceram em média 48 ± 7,2% trotando, 16,5 ± 4,4% em alta intensidade de corrida e 3,8 ± 1,8% realizando sprint. Em relação a demanda fisiológica das partidas, verificou-se que os jogadores mantiveram em média 90,2 ± 2,0 %FCMAX e suportaram 71,0 ± 23,0% do tempo total de jogo em intensidade acima de 85% da FCMAX. Concluímos que jogadores de F7 são submetidos a elevadas exigências fí­sicas em partidas oficiais. Com base nesses achados, treinadores e preparadores fí­sicos podem aprimorar a prescrição e monitoramento das cargas de treinamento, visando maior rendimento esportivo.

Referências

-Achten, J.; Jeukendrup, A. Heart rate monitoring: applications and limitations. Sports Medicine. Vol. 33. Num. 7. 2003. p. 517-538.

-Aguiar, R.A.D.; Raimundo, J.A.G.; Lisbôa, F.D.; Salvador, A.F.; Pereira, K.L.; Cruz, R.S.O.; Turnes, T.; Caputo, F. A influência de variáveis aeróbias e anaeróbias no teste de “sprints” repetidos. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 30. Num. 3. 2016. p. 553-563.

-Aslan, A.; Acikada, C.; Güvenç, A.; Gören, H.; Hazir, T.; Ozkara, A. Metabolic demands of match performance in young soccer players. Journal of Sports Science and Medicine. Vol. 11. Num. 1. 2012. p. 170-179.

-Barbero-Álvarez, J. C.; Barbero-Alvarez, V.; Granda, J.; Gómez, M. Demandas físicas y fisiológicas del fútbol 7 en categorías inferiores. Kronos. Vol. 8. Num. 14. 2009. p. 43-48.

-Barbero-Alvarez, J. C.; Gómez-López, M.; Castagna, C.; Barbero-Alvarez, V.; Romero, D.V.; Blanchfield, A.W.; Nakamura, F.Y. Game demands of seven-a-side soccer in young players. The Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 31. Num. 7. 2017. p. 1771-1779.

-Barbero-Alvarez, J.C.; Soto, V.M.; Barbero-Alvarez, V.; Granda-Vera, J. Match analysis and heart rate of futsal players during competition. Journal of Sports Sciences. Vol. 26. Num.1. 2008. p. 63-73.

-Batterham, A.M.; Hopkins, W.G. Making meaningful inferences about magnitudes. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 1. 2006. p. 50-57.

-Carminatti, L.J.; Arins, F.B.; Silva, J.F.; Santos, P.C.; Silva, C.E.M.; Guglielmo, L.G.A. Intensidade de esforço em jogos oficiais e simulados de futsal feminino. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 23. Num. 3. 2015. p. 97-104.

-Castagna, C.; D’Ottavio, S.; Abt, G. Activity profile of young soccer players during actual match play. The Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 17. Num. 4. 2003. p. 775-780.

-Cohen, J. Statiscal power analysis for the behavioral sciences. New Jersey. Lawrance Erlbaum. 1986.

-Coutts, A.; Duffield, R. Validity and reliability of GPS devices for measuring movement demands of team sports. Journal of Science and Medicine in Sport. Vol. 13. Num. 1. 2010. p. 133-135.

-De Oliveira Bueno, M.J.; Caetano, F.G.; Pereira, T.J.C.; De Souza, N.M.; Moreira, G.D.; Nakamura, F.Y.; Cunha, S.A.; Moura, F.A. Analysis of the distance covered by Brazilian professional futsal players during official matches. Sports Biomechanics. Vol. 13. Num. 3. 2014. p. 230-240.

-Dupont, G.; Millet, G.P.; Guinhouya, C.; Berthoin, S. Relationship between oxygen uptake kinetics and performance in repeated running sprints. European Journal of Applied Physiology. Vol. 95. Num. 1. 2006. p. 27-34.

-Girard, O.; Mendez-Villanueva, A.; Bishop, D. Repeated-sprint ability -part I: factors contributing to fatigue. Sports Medicine. Vol. 41. Num. 8. 2011. p. 673-694.

-Halson, S.L. Monitoring training load to understand fatigue in athletes. Sports Medicine. Vol. 44. 2014. p. 139-147.

-Krustrup, P.; Mohr, M.; Steensberg, A.; Bencke, J.; Kjaer, M.; Bangsbo, J. Muscle and blood metabolites during a soccer game: implications for sprint performance. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 38. Num. 6. 2006. p. 1165-1174.

-Mazaheri, R.; Halabchi, F.; Seif Barghi, T.; Mansournia, M.A. Cardiorespiratory fitness and body composition of soccer referees; do these correlate with proper performance? Asian Journal of SportsMedicine. Vol. 7. Num. 1. 2016. p. e29577.

-Mohr, M.; Krustrup, P.; Bangsbo, J. Match performance of high-standard soccer players with special reference to development of fatigue. Journal of Sports Sciences. Vol. 21. Num. 7. 2013. p. 519-528.

-Mortimer, L.; Condessa, L.; Rodrigues, V.; Coelho, D.; Soares, D.; Silami-Garcia, E. Comparação entre a intensidade do esforço realizada por jovens futebolistas no primeiro e no segundo tempo do jogo de futebol. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. 6. Num. 2. 2006. p. 154-159.

-Nunes, R.F.H.; Almeida, F.A.M.; Santos, B.V.; Almeida, F.D.M.; Nogas, G.; Elsangedy, H.M.; Krinski, K.; Silva, S.G. Comparação de indicadores físicos e fisiológicos entre atletas profissionais de futsal e futebol. Motriz: Revista de Educação Física. Vol. 18. Num. 1. 2012. p. 104-112.

-Rodrigues, V.M.; Ramos, G.P.; Mendes, T.T.; Cabido, C.E.; Melo, E.S.; Condessa, L.A.; Coelho, D.B.; Garcia, E.S. Intensity of official futsal matches. The Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 25. Num. 9. 2011. p. 2482-2487.

-Saltmarsh, M. Thirst: or, why do people drink? Nutrition Bulletin. Vol. 26. Num. 1. 2001. p. 53-58.

-Tumilty, D. Physiological characteristics of elite soccer players. Sports Medicine. Vol. 16. Num. 2. 1996. p. 80-96.

Publicado
2019-08-21
Como Citar
Batista, B. N., Tramontin, A. F., Borszcz, F. K., & Carminatti, L. J. (2019). Demanda fí­sica de jogos oficiais de Futebol 7. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(83), 376-382. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1645
Seção
Artigos Científicos - Original