Perfil de corredores e a relação entre variáveis de treinamento com o VO2máx em diferentes ní­veis de desempenho

  • Leticia Nascimento Santos Neves Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
  • Alexandra Rodrigues Gomes Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
  • Victor Hugo Gasparini Neto Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
  • Luciana Carletti Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
  • Anselmo José Perez Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil
Palavras-chave: Corrida, Educação física, Treinamento, Desempenho atlético

Resumo

A busca pela corrida de rua tem aumentado nos últimos anos e a ní­vel de desempenho, é de fundamental importância estudar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e as variáveis de treinamento que podem influenciá-lo, como intensidade, volume, frequência de treinamento, etc. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar o VO2máx de corredores de diferentes ní­veis de desempenho participantes de corridas de rua no estado do Espí­rito Santo com essas variáveis. Foram selecionados 58 corredores (34 homens e 24 mulheres), com idades de 32 ± 6,9 e 34 ± 8,1, a partir de um ranking de corridas de rua, divididos em grupo elite (GE), amador (GA) e não atleta (GNA). A medição direta do VO2máx foi realizada por meio de teste cardiopulmonar de exercí­cio (TCPE), em esteira com protocolo de rampa. As variáveis analisadas foram submetidas ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e para a comparação entre os grupos foi utilizada a ANOVA ou Kruskal-Wallis, seguido de um post-hoc de sidak para verificar a diferença entre os grupos. Nos resultados masculinos, o número de sessões foi maior para GE e GA; e o volume semanal e a velocidade média por semana foram maiores para o GE. No grupo feminino, o GE apresentou o número de sessões, o volume por semana e velocidade maiores que o GA e GNA. Os dados sugerem que as variáveis de sobrecarga: número de sessões e quilometragem semanal, assim como a velocidade empregada nos treinos, pode influenciar positivamente no desempenho de corredores de rua de ambos os sexos.

Biografia do Autor

Leticia Nascimento Santos Neves, Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil

Centro de educação fí­sica e desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo.

Alexandra Rodrigues Gomes, Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil

Centro de educação fí­sica e desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo.

Victor Hugo Gasparini Neto, Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil

Centro de educação fí­sica e desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo.

Luciana Carletti, Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil

Centro de educação fí­sica e desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo.

Anselmo José Perez, Centro de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo (UFES), Vitória-ES, Brasil

Centro de educação fí­sica e desportos, Universidade Federal do Espí­rito Santo.

Referências

-Azevedo, P. H. S. M.; e colaboradores. Limiar Anaeróbio e Bioenergética: uma abordagem didática e integrada. Revista da Educação Física/UEM. Vol. 20. Núm. 3. p. 453-464. 2009.

-Balbinotti, M. A. A.; Gonçalves, G. H. T.; Klering, R. T.; Wiethaeuper, D.; Balbinotti, C. A. A. Perfis motivacionais de corredores de rua com diferentes tempos de prática. Rev Bras Ciênc Esporte. Vol. 37. Núm. 1. p. 65-73. 2015.

-Bale, P.; Bradbury, D.; Colley, E. Anthropometric and training variables related to 10km running performance. British Journal of Sports Medicine. London. Vol. 20. Núm. 4. p. 170-173.1986.

-Billat, V.; e colaboradores. Training effect on performance, substrate balance and blood lactate concentration at maximal lactate steady state in master endurance-runners. Pflugers Archiv European Journal of Physiology. Vol. 447. Núm. 6. p. 875-883. 2004.

-Billat, V. L.; Demarle, A.; Slawinski, J.; Paiva, M.; Koralsztein, J. P. Physical and training characteristics of top-class marathon runners. Medicine and Science in Sports and Exercise.Madison. Vol. 33. Núm. 12. p. 2089-2097. 2001.

-Billat, V.; Lepretre, P.; Heugas, A.; Laurence, M.; Salim, D.; Koralsztein, J.P. Training and bioenergetic characteristics in elite male and female Kenyan runners. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison. Vol. 35. Núm. 2. p. 297-304. 2003.

-Bosch, A. N.; Goslia, B. R.; Noakes, T. D.; Dennis, S. C. Physiological differences between black and white runners during a treadmill marathon. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. Berlim. Vol. 61. Núm. 1. p. 68-72. 1990.

-Corrar, L. J.; Paulo, E.; Dias Filho, J. M. Análise multivariada: para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. São Paulo. Atlas. p. 542. 2007.

-Dal Pupo, J. S.; Arins, K. M.; Guglielmo, A.G.L.; Santos. S. G. Características fisiológicas de corredores meio-fundistas de diferentes níveis competitivos. Revista da Educação Física/UEM. Maringá. Vol. 22. Núm. 1. p. 119-127. 2011.

-Enoksen, E.; Tjelta, A. R.; Tjelta, L. I. Distribution of training volume and intensity of elite male and female track and marathon runners. International Journal of Sports Science & Coaching. Brentwoood. Vol. 6. Núm. 2. p. 273-293. 2011.

-Friedrich, M. E.; colaboradores. A comparison of anthropometric and training characteristics between female and male half-marathoners and the relationship to race time. Asian Journal of Sports Medicine. Tehran. Vol. 5. Núm. 1. p. 10. 2014.

-Hagan, R. D.; Smith, M. G.; Gettman, L. R. Marathon performance in relation to maximal aerobic power and training indices. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 13. Núm. 3. p. 185-189. 1981.

-Hair Junior, J. F.; Anderson, R. E.; Tatham, R. L.; Black, W. C. Multivariate data analysis. 7ªedição. New Jersey. Prentice Hall. 2010.

-Hegedus, J. Teoría y práctica del entrenamiento deportivo. Buenos Aires. Stadium. 2008.

-Howley, E. T.; Basset, D. R.; Welch, H. G. Criteria for maximal oxygen uptake: review and commentary. Medicine and Science in Sport and Exercise, Madison. Vol. 27. Núm. 9. p. 1292-1301. 1995.

-Karikosk, O. Training Volume in Distance Running, Modern Athlete and Coach. Vol. 22. Núm. 2. p. 18-20.1984.

-Krieger, M. C. R. Alguns conceitos para o estudo do direito desportivo. Revista Brasileira de Direito Desportivo. Vol. 1. p. 24-30. 2002.

-Laursen, P. B. Training for intense exercise performance: high-intensity or high-volume training?. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, Copenhagen. Vol. 20. Núm. s2. p. 1-10. 2010.

-Lorenz, D. S.; Reiman, M. P.; Lehecka, B. J.; Naylor, A. Performance characteristics determine elite versus nonelite athletes in the same sport? Sports Health. Vol. 5. Núm. 6. 2013.

-Meneghelo, R. S.; Araújo, C. G. S.; Stein, R.; Mastrocolla, L. E.; Albuquerque, P. F.; Serra, S. M. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. São Paulo. Vol. 95. Núm. 5. supl. p. 1-26. 2011.

-Moraes, M. S.; Santos, J. C. L.; Oliveira, S. N.; Queiroz Moraes, S. Principais Lesões e Fatores de Risco em Corredores Recreacionais. EFDeportes Rev Dig, Buenos Aires. Num. 206. p. 1-4. 2015.

-Mukaka, M. M. Statistics Corner: A guide to appropriate use of Correlation coefficient in medical research. Malawi Medical Journal. Vol. 24. Núm. 3. p. 69-71. 2012.

-Muñoz, I.; Seiler, S.; Bautista, J.; España, J.; Larumbe, E.; Esteve-Lanao, J. Does polarized training improve performance in recreational runners? International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 9. p. 265-272. 2014.

-Pollock, M. L.; Wilmore, J H. Exercícios na saúde e na doença: Avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2ªedição. Rio de Janeiro. Medsi. 1993.

-Rapoport, B. I. Metabolic factors limiting performance in marathon runners.Plos Comput Biol. Vol. 6. Núm. 10. 2010.

-Salgado J. V. V.; Chacon-Mikahil, M. P. T. Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões. Campinas. Vol. 4. Núm. 1. 2006.

-Santos, T. M.; Rodrigues, A, I.; Grego, C.C.; Marques, A. L.; Terra, B. S.; Oliveira, B. R. R. VO2máx. estimado e sua velocidade correspondente predizem o desempenho de corredores amadores. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano. Vol. 14. Núm. 2. p. 192-201. 2012.

-Tubino M. J. G.; Moreira, S. B. Metodologia científica do treinamento desportivo.13ªedição. Rio de Janeiro. Shape. 2003.

Publicado
2019-08-21
Como Citar
Santos Neves, L. N., Gomes, A. R., Neto, V. H. G., Carletti, L., & Perez, A. J. (2019). Perfil de corredores e a relação entre variáveis de treinamento com o VO2máx em diferentes ní­veis de desempenho. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(83), 397-404. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1673
Seção
Artigos Científicos - Original