Perfil de corredores e a relação entre variáveis de treinamento com o VO2máx em diferentes níveis de desempenho
Resumo
A busca pela corrida de rua tem aumentado nos últimos anos e a nível de desempenho, é de fundamental importância estudar o consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e as variáveis de treinamento que podem influenciá-lo, como intensidade, volume, frequência de treinamento, etc. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar o VO2máx de corredores de diferentes níveis de desempenho participantes de corridas de rua no estado do Espírito Santo com essas variáveis. Foram selecionados 58 corredores (34 homens e 24 mulheres), com idades de 32 ± 6,9 e 34 ± 8,1, a partir de um ranking de corridas de rua, divididos em grupo elite (GE), amador (GA) e não atleta (GNA). A medição direta do VO2máx foi realizada por meio de teste cardiopulmonar de exercício (TCPE), em esteira com protocolo de rampa. As variáveis analisadas foram submetidas ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e para a comparação entre os grupos foi utilizada a ANOVA ou Kruskal-Wallis, seguido de um post-hoc de sidak para verificar a diferença entre os grupos. Nos resultados masculinos, o número de sessões foi maior para GE e GA; e o volume semanal e a velocidade média por semana foram maiores para o GE. No grupo feminino, o GE apresentou o número de sessões, o volume por semana e velocidade maiores que o GA e GNA. Os dados sugerem que as variáveis de sobrecarga: número de sessões e quilometragem semanal, assim como a velocidade empregada nos treinos, pode influenciar positivamente no desempenho de corredores de rua de ambos os sexos.
Referências
-Azevedo, P. H. S. M.; e colaboradores. Limiar Anaeróbio e Bioenergética: uma abordagem didática e integrada. Revista da Educação Física/UEM. Vol. 20. Núm. 3. p. 453-464. 2009.
-Balbinotti, M. A. A.; Gonçalves, G. H. T.; Klering, R. T.; Wiethaeuper, D.; Balbinotti, C. A. A. Perfis motivacionais de corredores de rua com diferentes tempos de prática. Rev Bras Ciênc Esporte. Vol. 37. Núm. 1. p. 65-73. 2015.
-Bale, P.; Bradbury, D.; Colley, E. Anthropometric and training variables related to 10km running performance. British Journal of Sports Medicine. London. Vol. 20. Núm. 4. p. 170-173.1986.
-Billat, V.; e colaboradores. Training effect on performance, substrate balance and blood lactate concentration at maximal lactate steady state in master endurance-runners. Pflugers Archiv European Journal of Physiology. Vol. 447. Núm. 6. p. 875-883. 2004.
-Billat, V. L.; Demarle, A.; Slawinski, J.; Paiva, M.; Koralsztein, J. P. Physical and training characteristics of top-class marathon runners. Medicine and Science in Sports and Exercise.Madison. Vol. 33. Núm. 12. p. 2089-2097. 2001.
-Billat, V.; Lepretre, P.; Heugas, A.; Laurence, M.; Salim, D.; Koralsztein, J.P. Training and bioenergetic characteristics in elite male and female Kenyan runners. Medicine and Science in Sports and Exercise, Madison. Vol. 35. Núm. 2. p. 297-304. 2003.
-Bosch, A. N.; Goslia, B. R.; Noakes, T. D.; Dennis, S. C. Physiological differences between black and white runners during a treadmill marathon. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. Berlim. Vol. 61. Núm. 1. p. 68-72. 1990.
-Corrar, L. J.; Paulo, E.; Dias Filho, J. M. Análise multivariada: para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. São Paulo. Atlas. p. 542. 2007.
-Dal Pupo, J. S.; Arins, K. M.; Guglielmo, A.G.L.; Santos. S. G. Características fisiológicas de corredores meio-fundistas de diferentes níveis competitivos. Revista da Educação Física/UEM. Maringá. Vol. 22. Núm. 1. p. 119-127. 2011.
-Enoksen, E.; Tjelta, A. R.; Tjelta, L. I. Distribution of training volume and intensity of elite male and female track and marathon runners. International Journal of Sports Science & Coaching. Brentwoood. Vol. 6. Núm. 2. p. 273-293. 2011.
-Friedrich, M. E.; colaboradores. A comparison of anthropometric and training characteristics between female and male half-marathoners and the relationship to race time. Asian Journal of Sports Medicine. Tehran. Vol. 5. Núm. 1. p. 10. 2014.
-Hagan, R. D.; Smith, M. G.; Gettman, L. R. Marathon performance in relation to maximal aerobic power and training indices. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 13. Núm. 3. p. 185-189. 1981.
-Hair Junior, J. F.; Anderson, R. E.; Tatham, R. L.; Black, W. C. Multivariate data analysis. 7ªedição. New Jersey. Prentice Hall. 2010.
-Hegedus, J. Teoría y práctica del entrenamiento deportivo. Buenos Aires. Stadium. 2008.
-Howley, E. T.; Basset, D. R.; Welch, H. G. Criteria for maximal oxygen uptake: review and commentary. Medicine and Science in Sport and Exercise, Madison. Vol. 27. Núm. 9. p. 1292-1301. 1995.
-Karikosk, O. Training Volume in Distance Running, Modern Athlete and Coach. Vol. 22. Núm. 2. p. 18-20.1984.
-Krieger, M. C. R. Alguns conceitos para o estudo do direito desportivo. Revista Brasileira de Direito Desportivo. Vol. 1. p. 24-30. 2002.
-Laursen, P. B. Training for intense exercise performance: high-intensity or high-volume training?. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, Copenhagen. Vol. 20. Núm. s2. p. 1-10. 2010.
-Lorenz, D. S.; Reiman, M. P.; Lehecka, B. J.; Naylor, A. Performance characteristics determine elite versus nonelite athletes in the same sport? Sports Health. Vol. 5. Núm. 6. 2013.
-Meneghelo, R. S.; Araújo, C. G. S.; Stein, R.; Mastrocolla, L. E.; Albuquerque, P. F.; Serra, S. M. Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Teste Ergométrico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. São Paulo. Vol. 95. Núm. 5. supl. p. 1-26. 2011.
-Moraes, M. S.; Santos, J. C. L.; Oliveira, S. N.; Queiroz Moraes, S. Principais Lesões e Fatores de Risco em Corredores Recreacionais. EFDeportes Rev Dig, Buenos Aires. Num. 206. p. 1-4. 2015.
-Mukaka, M. M. Statistics Corner: A guide to appropriate use of Correlation coefficient in medical research. Malawi Medical Journal. Vol. 24. Núm. 3. p. 69-71. 2012.
-Muñoz, I.; Seiler, S.; Bautista, J.; España, J.; Larumbe, E.; Esteve-Lanao, J. Does polarized training improve performance in recreational runners? International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 9. p. 265-272. 2014.
-Pollock, M. L.; Wilmore, J H. Exercícios na saúde e na doença: Avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2ªedição. Rio de Janeiro. Medsi. 1993.
-Rapoport, B. I. Metabolic factors limiting performance in marathon runners.Plos Comput Biol. Vol. 6. Núm. 10. 2010.
-Salgado J. V. V.; Chacon-Mikahil, M. P. T. Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões. Campinas. Vol. 4. Núm. 1. 2006.
-Santos, T. M.; Rodrigues, A, I.; Grego, C.C.; Marques, A. L.; Terra, B. S.; Oliveira, B. R. R. VO2máx. estimado e sua velocidade correspondente predizem o desempenho de corredores amadores. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano. Vol. 14. Núm. 2. p. 192-201. 2012.
-Tubino M. J. G.; Moreira, S. B. Metodologia científica do treinamento desportivo.13ªedição. Rio de Janeiro. Shape. 2003.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).