Efeitos da assistência com cordas elásticas sobre variáveis cinemáticas dos saltos verticais

  • Larissa de Paula Moura M&M Atletismo, Equipe Maurren Maggi, São Paulo-SP, Brasil.
  • Nelio Alfano Moura Esporte Clube Pinheiros, São Paulo-SP, Brasil. Centro de Excelência Esportiva, SESP, São Paulo-SP, Brasil. M&M Atletismo, Equipe Maurren Maggi, São Paulo-SP, Brasil.
  • Tulio Bernardo Macedo Alfano Moura Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina-PR, Brasil.
  • Tania Fernandes de Paula Moura Centro de Excelência Esportiva, SESP, São Paulo-SP, Brasil. M&M Atletismo, Equipe Maurren Maggi, São Paulo-SP, Brasil.
Palavras-chave: Salto vertical, Salto assistido, Treinamento de potência muscular

Resumo

Introdução e objetivo: O treinamento pliométrico é uma das melhores maneiras de melhorar a potência muscular, particularmente dos membros inferiores. Parece não haver maiores benefí­cios na adição de peso durante sua realização, entretanto recomenda-se que, quando esse for o caso, se dá preferência a cargas leves. Nos anos 90 começaram a surgir estudos que sugeriram o caminho inverso, reduzindo o peso corporal ao invés de aumentá-lo, com o uso de cordas elásticas. O objetivo desse estudo foi comparar tempo de contato, tempo de voo e í­ndice de força reativa (IFR) nos saltos verticais assistidos e não assistidos por cordas elásticas em especialistas em provas de potência do atletismo. Métodos: Doze atletas de ní­vel internacional, seis homens e seis mulheres, com idade entre 18-28 anos, realizaram medidas de massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC) e um teste de dois saltos verticais consecutivos com o auxí­lio de movimentos dos braços, em duas condições: com e sem a assistência de cordas elásticas. A redução do peso corporal na condição assistida foi de aproximadamente 12kg, ou 15-20% da massa corporal. Para a comparação das variáveis foi utilizado o teste t de Student, adotando-se ní­vel de significância de p ≤ 0,05. O coeficiente d de Cohen foi utilizado para determinar o tamanho do efeito (Effect Size). Resultados: Tempo de voo e altura do salto aumentaram na condição facilitada em ambos os sexos, sem que houvesse interferências negativas sobre o tempo de contato. Conclusão: O IFR teve a tendência de aumento com a assistência das cordas elásticas, e a especificidade do treinamento foi mantida. Recomenda-se a inclusão desse meio na preparação de atletas especialistas em provas de potência do atletismo.

Referências

-Argus, C.; Gill, N. Kinetic and training comparisons between assisted, resisted, and free countermovement jumps. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 25. Num. 8. 2011. p. 2219-2227.

-Blas, X.; Padullés, J. M.; Del Amo, J. L. L.; Guerra-Balic, M. Creation and Validation of Chronojump-Boscosystem: A Free Tool to Measure Vertical Jumps. Revista Internacional de Ciencias Del Deporte. Vol. 3. Num. 30. 2012. p. 334-356.

-Cappa, D.; Behm, D. Training Specificity of Hurdle vs. Countermovement Jump Training. Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 25. Num. 10. 2011. p. 2715-2720.

-Dal Pupo, J.; Detanico, D.; Santos, S. G. Parametros cinéticos determinantes do desempenho nos saltos verticais. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 14. Num. 1. 2012. p. 41-51.

-Flanagan, E.; Comyns, T. The use of contact time and the reactive strength index to optimize fast stretch-shortening cycle training. Strength & Conditioning Journal. Vol. 30. Num. 5. 2008. p. 32-38.

-Harman, E. A.; Rosenstein, M. T.; Frykman, P. N.; Rosenstein, R. M. The effects of arms and countermovement on vertical jumping. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 22. Num. 6. 1990. p. 825-833.

-Helena, E.; Galdi, G. Pesquisas com salto vertical: uma revisão. Revista Treinamento Desportivo. Vol. 5. Num. 2. 2000. p. 51-61.

-Hespanhol, J. E.; Arruda, M.; Bolaños, M. A. C.; Silva, R. L. P. Sensibilidade e especificidade do diagnóstico de desempenho da força por diferentes testes de saltos verticais em futebolistas e voleibolistas na puberdade. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte. Vol. 19. 2013. p. 367-370.

-Hespanhol, J. E.; Neto, L. G. D. S.; Arruda, M. Confiabilidade do teste de salto vertical com 4 séries de 15 segundos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Num. 19. 2006. p. 95-98.

-Imachi, Y.; Sasayama, S.; Yoshida, S.; Komatsu, E.; Ono, T. Effects and limitations of suspension training for developing vertical jumping ability. AIESEP Proc. 1997. p. 504-509.

-Knuttgen, H.; Komi, P. V. Basic Definitions for Exercise. In P. Komi (Ed.), Strength andPower in Sport. Oxford: Blackwell Scientific Publications.1992.

-Komi, P. V. Stretch-Shortening Cycle. In H. Knuttgen; P. V. Komi (Eds.), Strength and Power in Sport. Oxford: Blackwell Scientific Publications.1992. p. 169-179.

-Kotrlik, J.; Williams, H.; Jabor, K. Reporting and Interpreting Effect Size in Quantitative Agricultural Education Research. Journal of Agricultural Education. Vol. 52. Num. 1. 2011. p. 132-142.

-Le Blanc, J. S.; Gervais, P. Kinematics of assisted and resisted sprinting as compared to normal free sprinting in trained athletes. In Proceedings of the XXII ISBS Congress. 2004. p. 536.

-Linthorne, N. P. Analysis of standing vertical jumps using a force platform. American Journal of Physiology. Vol. 69. Num. 11. 2001. p. 1198-1204.

-Ministério da Saúde do Brasil. Orientações para coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde. Ministério da Saúde. 2011.

-Misjuk, M.; Viru, M. The relationships between jumping tests and speed abilities among Estonian sprinters. Acta Academiae Estoniae. Vol. 15. Num. 1/2. 2007. p. 9-16.

-Miura, K.; Yamamoto, M.; Tamaki, H.; Zushi, K. Determinants of the abilities to jump higher and shorten the contact time in a running 1-legged vertical jump in basketball. J Strength Cond Res. Vol. 24. Num. 1. 2010. p. 201-206.

-Moura, N. A. Treinamento da Força Muscular. In M. Cohen; R. Abdalla (Eds.), Lesões nos Esporte. São Paulo. Revinter. 2005.

-Muñoz, C.; Tran, T. T.; Brown, L.; Coburn, J. W.; Lynn, S. K.; Dabbs, N.C.; ... Noffal, G. J. Effects of Assisted Jumping on Relative Impact Force and Descent Velocity. The Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 25. Num. 1. 2011. p. 70-71.

-Newton, R. U.; Dugan, E. Application of Strength Diagnosis. Strength and Conditioning Journal. Vol. 24. Num. 5. 2002. p. 50-59.

-Pagaduan, J. C.; Blas, X. Reliability of a loaded performance using the chronojump-boscosystem. Kinesiologia Slovenica. Vol. 18. Num. 2. 2012. p. 45-48.

-Rhea, M. R. Determining themagnitude of treatment effects in strength training research through the use of the effect size. J Strength Cond Res. Vol. 18. Num. 4. 2004. p. 918-920.

-Sheppard, J. M.; Dingley, A.; Janssen, I.; Spratford, W.; Chapman, D. W.; Newton, R. U. The effectof assisted jumping on vertical jump height in high-performance volleyball players. Journal of Science and Medicine in Sport / Sports Medicine Australia. Vol. 14. Num. 1. 2011. p. 85-9.

-Tran, T. T.; Brown, L. E.; Coburn, J. W.; Lynn, S. K.; Dabbs, N. C.; Schick, M. K.; ... Noffal, G. J. Effects of different elastic cords assistance levels on vertical jump. J Strength Cond Res. Vol. 25. Num. 12. 2011. p. 3472-3478.

-Villarreal, E. S. S.; Kellis, E. Determining variables of plyometric training for improving vertical jump height performance: a meta-analysis. J Strength Cond Res. Vol. 23. Num. 2. 2009. p. 495-506.

-Weyand, P. G.; Sternlight, D. B.; Bellizzi, M. J.; Wright, S. Faster top running speeds are achieved with greater ground forces not more rapid leg movements. Journal of Applied Physiology (Bethesda, Md. 1985). Vol. 89. Num. 5. 2000. p. 1991-1999.

Publicado
2020-08-04
Como Citar
Moura, L. de P., Moura, N. A., Moura, T. B. M. A., & Moura, T. F. de P. (2020). Efeitos da assistência com cordas elásticas sobre variáveis cinemáticas dos saltos verticais. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(88), 1378-1385. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1885
Seção
Artigos Científicos - Original