A utilização do foam rolling em diferentes ordens não influencia no desempenho do salto vertical em atletas de basquete

  • Caio Rocha de Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
  • Iara Viegas Emmerick Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
  • Ramon Fernandes Bastos Pinheiro Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
  • Felipe Cabral Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
  • Humberto Miranda Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
Palavras-chave: Manipulações Musculoesqueléticas, Desempenho Atlético, Exercício de Aquecimento, Treinamento de Resistência

Resumo

O aquecimento é um dos componentes presentes na prática desportiva com o objetivo de reduzir os riscos de lesões e melhorar o desempenho da atividade seguinte. Recentemente, o foam rolling (FR) recebeu maior atenção entre atletas e treinadores de diversas modalidades para atingir tais finalidades com o objetivo de melhorar o rendimento da atividade principal ou pelo menos não interferir negativamente a mesma. O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos de diferentes protocolos de FR no desempenho do salto vertical em atletas de basquete masculino. Para isso, foram avaliados 12 participantes homens (23,75 ± 2,89 anos) em três protocolos distintos após uma sessão de familiarização (total de quatro visitas com intervalo de 48-72h). O primeiro protocolo, crânio caudal (CRCA), o sujeito realizava três séries de 30 segundos de FR nas musculaturas do peitoral, grande dorsal, glúteos, quadríceps, isquiotibiais e tríceps sural para então realizar o salto vertical. No segundo protocolo, caudal cranial (CACR), era realizada a técnica nas mesmas musculaturas, porém na ordem oposta para então realizar o salto vertical. No protocolo controle, os indivíduos realizavam apenas o teste do salto vertical. Os resultados não mostraram diferenças significativas entre os protocolos. Dessa forma, pelo menos de maneira aguda, a técnica parece não ser prejudicial aos parâmetros avaliados no teste do salto vertical, como altura do salto e tempo de voo, sendo assim uma alternativa interessante para incluir na rotina de treino dos praticantes dessa modalidade sem que ocorram efeitos deletérios no desempenho subsequente.

Referências

-Alemdaroglu, U. The relationship between muscle strength, anaerobic performance, agility, sprint ability and vertical jump performance in professional basketball players. Journal of Human Kinetics. Vol. 31. 2012. p. 149-158.

-Ajimsha, M.S.; Al-Mudahka, N.R.; Al-Madzhar, J.A. Effectiveness of myofascial release: systematic review of randomized controlled trials. Journal of Bodywork and Movement Therapies. Vol. 19. Núm. 1. 2015. p. 102-112.

-Atwood, C.P.; Collum, H.L.; Olson C.J.; Pavlicek, A.J.; Beltz, N.M. Ratio of hamstring to quadríceps strength in female collegiate basketball players in relation to the performance of 10 meter sprint and vertical jump: A pilot study. International Journal of Research in Exercise Physiology. Vol. 13. Núm. 1. 2017. p. 48-58.

-Barnes, M.F. The basic science of myofascial release: morphologic change in connective tissue. Journal of Bodywork and Movement Therapies. Vol. 1. Núm. 4. 1997. p. 231-238.

-Beardsley, C.; Skarabot, J. Effects of self-myofascial release: A systematic review. Journal of Bodywork and Movement Therapies. Vol. 19. Núm. 4. 2015. p. 747-758.

-Behm, D.G.; Blazevich, A.J.; Kay, A.D.; McHugh, M. Acute effects of muscle stretching on physical performance, range of motion, and injury incidence in healthy active individuals: a systematic review. Applied Physiology Nutrition and Metabolism. Vol. 41. Núm. 1. 2016. p; 1-11.

-Behm, D.G.; Chaouachi, A. A review of the acute effects of static and dynamics stretching on performance. European Journal of Applied Physiology. Vol. 111. Núm. 11. 2011. p. 2633-2651.

-Behm, D.G.; Wike, J. Do self-myofascial release devices release moyfascia? Rolling mechanisms: A narrative review. Sports Medicine. 49. Núm. 8. 2019. p. 1173-1181.

-Cheatham, S.W.; Kolber, M.J.; Cain, M.; Lee, M. The effects of self-myofascial release using a foam roll or roller massager on joint range of motion, muscle recovery, and performance: a systematic review. International Journal of Sports Physical Therapy. Vol. 10. Núm. 6. 2015. p. 827-838.

-Gallardo-Fuentes, F.; Gallardo-Fuentes, J.; Ramírez-Campillo, R.; Balsalobre-Fernández, C.; Martínez, C.; Caniqueo, A.; Cañas, R.; Banzer, W.; Loturco, I.; Nakamura, F.Y.; Izquierdo, M. Intersession and intrasession reliability and validity of my jump app for measuring different jump actions in trained male and female athletes. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 30. Núm. 7. 2016. p. 2049-2056.

-Halpering, I.; Aboodarda, S.J.; Button, D.C.; Andersen, L.L.; Behm, D.G. Roller massager improves range of motion of plantar flexor muscle without subsequente decreases in force parameters. International Journal of Sports Physical Therapy. Vol. 9. Núm. 1. 2014. p. 92-102.

-Healey, K.C.; Hatfield, D.L.; Blanpied, P.; Dorfman, L.R.; Riebe, D. The effects of myofascial release with foam rolling on performance. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 28. Núm. 1. 2013. p. 61-68.

-MacDonald, G.Z.; Penney, M.D.; Mullaley, M.E.; Cuconato, A.L.; Drake, C.D.; Behm, D.G.; Button, D.C. An acute bout of self-myofascial release increases range of motion without a subsequente decrease in muscle activation or force. Journal of Strength Conditioning Research. Vol. 27. Núm. 3. 2016. p. 812-821.

-Miranda, H.; Souza, J.A.A.A.; Scudese, E.; Paz, G.A.; Salerno VP, Vigário PS, Willardson JM. Acute hormone responses subsequent to agonist-antagonist paired set vs. traditional straight set resistance training. Journal Strength Conditioning Research. Vol. 34. Núm. 6. 2020. p. 1591-1599.

-Paz, G.A.; Maia, M.F.; Santana, H.; Silva, J.B.; Lima, V.P.; Miranda, H.; Electromyographic analysis of muscles activation during sit-and-reach test adopting self-myofascial release with foam rolling versus traditional warm up. Journal of Athletic Enhancement. Vol. 6. Núm. 1. 2017.

-Paz, G.A.; Soler, E.I.; Willardson, J.M.; Maia, M.F.; Miranda, H. Postexercise hypotension and heart rate variability responses subsequent to traditional, paired set, and superset resistance training methods. Journal Strength Conditioning Research. Vol. 33. Núm. 9. 2019. p. 2433-2442.

-Peacock, C.A.; Krein, D.D.; Silver, T.A.; Sanders, G.J.; Carlowitz, K.P.A.V. An acute bout of self-myofascial release in the form of foam rolling improves performance testing. International Journal of Exercise Science. Vol. 7. Núm. 3. 2014. p. 202-211.

-Phillips, J.; Diggin, D.; King, D.L.; Sforzo, G.A. Effect of varying self-myofascial release duration on subsequente Athletic Performance. Journal Strength Conditioning Research. 2018.

-Romero-Franco, N.; Romero-Franco, J.; Jiménez-Reyes, P. Jogging and practical-duration foam-rolling exercises and range of motion, proprioception, and vertical jump in athletes. Journal of Athletic Trainining. Vol. 54. Núm. 11. 2019. p. 1171-1178.

-Su, H.; Chang, N.J.; Wu, W.L.; Guo, L.Y.; Chu, I.H. Acute effects of foam rolling, static stretching and dynamics stretching during warm-ups on muscular flexibility and strength in young adults. Journal of Sports Rehabilitation. Vol. 26. Núm. 6. 2016. p. 469-477.

Publicado
2022-08-31
Como Citar
Souza, C. R. de, Emmerick, I. V., Pinheiro, R. F. B., Cabral, F., & Miranda, H. (2022). A utilização do foam rolling em diferentes ordens não influencia no desempenho do salto vertical em atletas de basquete. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(100), 714-720. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2216
Seção
Artigos Científicos - Original