Carga interna de treinamento em atletas de basquete em cadeira de rodas: percepção dos atletas versus percepção do técnico

  • Amanda Vitória Fabris UNICENTRO, departamento de Educação Física, Brasil.
  • Marcos Vinicius Soares Martins UNICENTRO, departamento de Educação Física, Brasil.
  • André Lucas Moraes UNICENTRO, departamento de Educação Física, Brasil.
  • Veronica Volski Mattes UNICENTRO, departamento de Educação Física, Brasil.
  • Ana Paludo Professora Colaboradora da UNICENTRO, departamento de Educação Física, Brasil.
Palavras-chave: Basquetebol em cadeira de roda, Carga de treino, Treinamento

Resumo

Introdução: A manipulação das cargas de treinamento é um componente chave para o aumento do desempenho do atleta e da equipe. Por isso torna-se importante que as cargas percebidas pelos atletas sejam semelhantes a carga planejada pelo técnico. Objetivo: analisar as respostas de carga interna de treinamento em atletas de basquete em cadeira de rodas com a carga planejada pelo técnico. Materiais e Métodos: Foram analisados sete atletas de uma equipe recreacional de basquete em cadeira de rodas, no Brasil. A carga interna de treinamento foi avaliada em quatro sessões (duas leves e duas moderadas) através da multiplicação da percepção subjetiva de esforço da sessão pela duração da sessão. A percepção subjetiva do esforço foi analisada pela escala de Borg CR-10, preenchida pelos atletas 30min após as sessões de treinamento e pelo técnico antes das sessões de treinamento. Resultados: Em todas as sessões, os atletas perceberam a intensidade de maneira diferente, entre eles (exemplo: atleta 1). As sessões caracterizadas como leve apresentaram maior semelhança entre a carga pretendida pelo técnico e a percebida pelos atletas, já as sessões moderadas apresentaram maior discrepância. Conclusão: Conclui-se que a intensidade do treinamento pode ser percebida de maneira diferente entre os atletas de uma equipe de basquete em cadeira de rodas, assim como sessões de treinamento com cargas moderadas cargas tendem a ser apresentar uma maior variação, sendo subestimada para uns e superestimada para outros. Assim, ajustes contínuos no planejamento do treinamento devem ser realizados, para potencializar o desempenho da equipe como um todo.  

Referências

-Foster, C.; Heimann, K.M.; Esten, P.L.; Brice, G.; Porcari, J.P. Differences in perceptions of training by coaches and athletes. South African Journal of Sports Medicine. Vol. 8. 2001. p. 3-7.

-Foster, C. Monitoring training in athletes with reference to overtraining syndrome. Medicine Science and Sports Exercise. Vol. 30.1998. p.1164-1168.

-Halson, S.L. Monitoring training load to understand fatigue in athletes. Sports Medicine. Vol.44. 2014. p.139-147.

-Iturricastillo, A.; Granados, C.; Cámara, J.; Reina, R.; Castillo, D.; Barrenetxea, I; Yanci, J. Differences in physiological responses during wheelchair basketball matches according to playing time and competition. Research Quarterly for Exercise Sport. Vol. 89. 2018.p. 474-481.

-Iturricastillo, A.; Granados, C.; Yanci, J. The intensity and match load comparison between high spinal cord injury and non-spinal cord injury wheelchair basketball players: a case report. Spinal Cord Series and Cases. Vol. 2. 2016a. p.16035.

-Iturricastillo, A.; Yanci, J.; Granados, C.; Goosey-Tolfrey, V. Quantifying wheelchair basketball match load: a comparison of heart-rate and perceived-exertion methods. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 11. 2016b. p. 508-514.

-Iturricastillo, A.; Yanci, J.; Los Arcos, A.; Granados, C. Physiological responses between players with and without spinal cord injury in wheelchair basketball small-sided games. Spinal Cord. Vol. 54. 2016c. p.1152-157.

-IWBF. International Wheelchair Basketball Federation. A Guide to the functional of Wheelchair Basktball Players. IWBF. 2014.

-Lambert, M.I.; Borresen, J. Measuring training load in sports. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 5. 2010. p. 406-411.

-Nakamura, F.Y.; Moreira, A.; Aoki, M.S. Training load monitoring: is the session rating of perceived exertion a reliable method? Revista da Educação Física da UEM. Vol. 21. 2010. p. 1-11.

-Oliveira, L.C.R.; Moraes, A.L.; Mattes, V.V.; Dal'Maz, G.; Paludo, A.C. Efeito de sessões de treinamento nas respostas de estado de humor em atletas de uma equipe de basquete em cadeira de rodas. Revista da Educação Física da UEM. Vol. 32. 2021.

-Rabelo, F. N.; Pasquarelli, B. N.; Gonçalves, B.; Matzenbacher, F.; Campos, F. A.; Sampaio, J.; Nakamura, F. Y. Monitoring the intended and perceived training load of a professional futsal team over 45 weeks: a case study. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 30. 2016. p. 134-140.

-Rodriguez-Marroyo, J.A.; Medina, J.; Garcia-Lopez, J.; Garcia-Tormo, J.V.; Foster, C. Correspondence between training load executed by volleyball players and the one observed by coaches. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 28. 2014. p. 1588-1594.

-Seron, B.B.; Carvalho, E.M.O.; Modesto, E.L.; Almeida, E.W.; Moraes, S.M.F.; Greguol, M. Does the type of disability influence salivary cortisol concentrations of athletes in official wheelchair basketball games? International Journal of Sports Science and Coach. Vol.4. 2019. p. 507-513.

-Van der Slikke, R.M.A.; Bregman, D.J.J.; Berger, M.A.M.; de Witte, A.M.H.; Veeger, D.H.E.J. The future of classification in wheelchair sports; can data science and technological advancement offer an alternative point of view? International Journal of Sports Physiology Performance. Vol. 13. 2018. p.742– 749.

-Viru, A.; Viru M. Nature of training effects. In: Garret WE, Kirkendall DT, editors. Exercise and Sport Science. Philadelphia: Lippincott Williams and Wilkins. 2000.

-Viveiros, L.; Costa, E.C.; Moreira, A.; Nakamura, F.Y.; Aoki, M.S. Monitoramento do treinamento no judô: comparação entre a intensidade da carga planejada pelo técnico e a intensidade percebida pelo atleta. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 1. 2011. p.266-269.

-Weissland, T.; Faupin, A.; Borel, B.; Leprêtre, P.M. Comparison between 30-15 intermittent fitness test and multistage field test on physiological responses in wheelchair basketball players. Frontiers of Physiology. Vol. 6. 2015. p. 380.

Publicado
2022-08-31
Como Citar
Fabris, A. V., Martins, M. V. S., Moraes, A. L., Mattes, V. V., & Paludo, A. (2022). Carga interna de treinamento em atletas de basquete em cadeira de rodas: percepção dos atletas versus percepção do técnico. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(99), 594-600. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2527
Seção
Artigos Científicos - Original