Análise da desidratação em sujeitos treinados aerobiamente e anaerobiamente em uma aula de bike indoor

  • Roberta Jaqueline Hilgemann Centro Universitário do Vale do Taquari
  • Daniel Carlos Garlipp Universidade Luterana do Brasil
  • Gabriela Jacinto Centro Universitário do Vale do Taquari
  • Ivana Behm Caberlon Centro Universitário do Vale do Taquari
  • Leonardo Ross Centro Universitário do Vale do Taquari
  • Minoru Otsuka Centro Universitário do Vale do Taquari
  • André Luiz Lopes Centro Universitário do Vale do Taquari
Palavras-chave: Desidratação, Exercício, Desempenho atlético

Resumo

Introdução e objetivos: Um atleta, ao iniciar seu treinamento, com níveis de hidratação baixos, tende a ter seu desempenho reduzido, aumentar a frequência cardíaca e temperatura central, além de comprometimentos orgânicos mais sérios, como colapso respiratório, choque hipertérmico e morte. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar os níveis de desidratação em homens treinados, nas modalidades bike indoore musculação. Materiais e Métodos: A amostra contou com 19 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 20 e 49 anos, divididos em dois grupos (10 no grupo aeróbio: bikeindoor e 9 no grupo anaeróbio: musculação). Submetidos à avaliação antropométrica e coletas de urina pré e pós-intervenção para verificar cor, volume da urina e diferença da massa corporal total em pré e pós-teste. Resultados: o grupo anaeróbio ingeriu mais água durante a intervenção. O grupo anaeróbio apresentou volume urinário maior pós-teste quando comparado com o pré-teste. Diferenças estatisticamente significativa foram identificadas na massa magra, massa gorda e idade dos participantes. Houve correlação significativa para massa corporal com consumo de água no grupo aeróbio. Conclusões: sujeitos treinados aerobiamente apresentam nível maior de desidratação, mesmo adaptados à modalidade e com consumo de água durante a intervenção. Desta forma, se expostos ao teste com restrição hídrica, seu nível de desidratação teria resultado em valores mais significativos, podendo levá-los a perdas consideradas graves.

Referências

-Armstrong, L.E.; Maresh, C.M.; Castellani, J.W.; Bergeron, M.F.; Kenefick, R.W.; LaGasse, K.E.; Riebe, D. Urinary Indices of hydration status. International Journal of Sport Nutrition. Vol. 4. 1994. p. 265-79.

-Armstrong, L.E.; Soto, J.A.H.; Hacker, F.T.; Casa, D.J.; Kavouras, S.A.; Maresh, C.M. Urinary indices during dehydration, exercise, and rehydration. International Journal of Sport Nutrition. Vol. 8. 1998. p. 345-355.

-Bacurau, R.F. Nutrição e Suplementação Esportiva. Guarulhos. Phorte. 2000.

-Biesek, S.; Alves, L. A.; Guerra, I. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte. São Paulo. Manole. 2005.

-Caputo, F.; Lucas, R.D.; Greco, C.C.; Denadai, B.S. Características da braçada em diferentes distâncias no estilo crawl e correlações com performance. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 8. 2000. p. 7-13.

-Carvalho, T.; Mara, L. S. Hidratação e Nutrição no Esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 16. Num. 2. 2010. p. 144-148.

-Cheuvront, S.N.; Sawka, M.N. Avaliação da Hidratação de Atletas. Sports Science Exchange, Gatorade Sports Science Institute. Vol. 18. Num. 2. 2006.

-Fernández, M.D.; Saínz, A.G.; Garzón, M.J. Treinamento Físico-Desportivo e Alimentação: da Infância à Idade Adulta. Porto Alegre. Artmed. 2002.

-Katch, F.I.; McArdle, W.D. Nutrição, Exercício e Saúde. Rio de Janeiro. Medsi. 1996.

-Lopes, A.L.; Ribeiro, G.S. Antropometria Aplicada à Saúde e ao Desempenho Esportivo: uma abordagem a partir da metodologia ISAK. Rio de Janeiro. Rubio. 2014.

-Marins, J.C.B. Estudo da função Gastrointestinal. Revista Mineira de Educação Física. Vol. 1. Num. 2. 1993. p. 20-27.

-Marquezi, M.L.; Lancha Junior, A.H. Estratégias de Reposição Hídrica: Revisão e Recomendações Aplicadas. Revista Paulista de Educação Física. Vol. 12. Num. 2. 1998. p. 219-227.

-Mello,D.B.; Dantas, E.H.M.; Novaes, J.S.; Albergaria, M.B. Alterações Fisiológicas no Ciclismo Indoor. Fitness & Performance Journal. Vol. 2. 2003. p. 30-40.

-Montain, S.J.; Coyle, E.F. Influence of graded dehydration on hypertermia and cardiovascular drift during exercise. Journal Applied Physiology. Vol. 73. 1992. p. 1340-50.

-Pollock, M.L.; Gaesser, G.A.; Butcher, J.D.; Després, J.P.; Dishman, R.K.; Franklin, B.A.; Garber, C.E. ACSM Position Stand: The recommended quantily and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness, and flexibility in health adults. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 30. Num. 6. 1998. p. 975-991.

-Popowsky, L.A.; Oppliger, R.A.; Lmbert, G.P.; Johnson, R.F.; Johnson, A.K.; Gisolfi, C.V. Blood and urinary measures of hydration status during progressive acute dehydration. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 33. Num. 5. 2001. p. 747-753.

-Sawka, M.N.; Cheuvront, S.N.; Carter, R. Human water needs. Nutrition reviews. Vol. 63. Num, 6. 2005. p. S30-39.

-Silami-Garcia, E.; Rodrigues, L.O.C. Hipertermia durante a prática de exercícios físicos: risco, sintomas e tratamento. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 19. 1998. p. 85-94.

-Waitberg, D.L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. São Paulo. Atheneu. 2004.

-Welsh, R.S.; Davis, J.M.; Burke, J.R.; Williams, H.G. Carbohydrates and physical/mental performance during intermittent exercise to fatigue. Medicine & Science in Sports and Exercise. Vol. 34. 2002. p. 723-731.

-Williams, M.H. Nutrição para a Saúde, Condicionamento Físico e Desempenho Esportivo. São Paulo. Manole. 2002.

Publicado
2016-03-24
Como Citar
Hilgemann, R. J., Garlipp, D. C., Jacinto, G., Caberlon, I. B., Ross, L., Otsuka, M., & Lopes, A. L. (2016). Análise da desidratação em sujeitos treinados aerobiamente e anaerobiamente em uma aula de bike indoor. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 9(54), 438-445. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/852
Seção
Artigos Científicos - Original