Ní­veis de dismorfia muscular em praticantes de treinamento resistido em Fortaleza-CE

  • Júlio César Chaves Nunes Filho Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.
  • Daniel Vieira Pinto Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.
  • Robson Salviano de Matos Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.
  • Marí­lia Porto Oliveira Nunes Universidade de Fortaleza, Fortaleza-CE, Brasil.
Palavras-chave: Dismorfia muscular, Treinamento de força, Insatisfação corporal

Resumo

O transtorno dismórfico muscular (DM) é um distúrbio psicológico que pode ser caracterizado pela preocupação excessiva com a aparência. Este estudo verificou a presença e o grau de DM e insatisfação corporal em adultos praticantes de treinamento resistido. A pesquisa foi quantitativa, transversal e de caráter descritiva desenvolvido em uma academia de atividades fí­sicas, localizada na cidade de Fortaleza, CE. Os dados foram coletados entre os meses de agosto 2017 a junho de 2018. Amostra foi composta por 370 adultos ativos, praticantes de TR. Foram utilizados o questionário do Complexo de Adônis (QCA) e a Escala de Silhuetas de Damasceno (ESD). Para a normalidade dos dados foi adotado o teste Kolmogorov-Sminorv, já para associação dos dados foi utilizado o Teste de Qui-Quadrado. Foi adotado o ní­vel de significância de 5%. Os participantes tinham a idade média de (34,6 + 5,2 anos) e IMC médio de (27,32 + 4,8kg/m2). Da amostra total, 61% era do sexo feminino. Houve associação estatisticamente positiva para o tempo de treino com QCA e ESD, bem como sexo e IMC com a ESD (p<0,05). O tempo de treino desempenha papel diretamente proporcional ao aparecimento de DM e insatisfação com o próprio corpo. Demonstrando que o ambiente da prática de atividade fí­sica pode influenciar na auto percepção corporal de sujeitos saudáveis.

Biografia do Autor

Júlio César Chaves Nunes Filho, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.

Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará, Depertamento de Ciências Médicas.

Daniel Vieira Pinto, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.

Trabalhou na área de preparação fí­sica vinvulado ao Instituto de Educação Fí­sica e Esportes da Universidade Federal do Ceará (UFC). Atualmente no Programa de Pós Graduação em Ciências Médicas da UFC vinvulado à Faculdade de Medicina.

Robson Salviano de Matos, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza-CE, Brasil.

Doutorando em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Médicas.

Marí­lia Porto Oliveira Nunes, Universidade de Fortaleza, Fortaleza-CE, Brasil.

Doutora em Biotecnoclogia pela Renorbio e professora da Universidade de Fortaleza

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Publicado
2020-05-03
Como Citar
Nunes Filho, J. C. C., Pinto, D. V., de Matos, R. S., & Nunes, M. P. O. (2020). Ní­veis de dismorfia muscular em praticantes de treinamento resistido em Fortaleza-CE. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(86), 1033-1040. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1854
Seção
Artigos Científicos - Original