O uso do método de repetições forçadas no treinamento de força para incremento das respostas hormonais e neuromusculares

  • Rafael Rodrigues de Sousa Frois Universidade de Brasí­lia (UnB)
  • Paulo Roberto Viana Gentil Universidade de Brasília(UnB)
Palavras-chave: Treinamento de força, Respostas hormonais, Hipertrofia muscular, Repetições forçadas

Resumo

Esta revisão bibliográfica analisou artigos científicos sobre o tema Repetições Forçadas, explorando as respostas hormonais e neuromusculares geradas com a utilização deste método em comparação a outros sistemas de treinamento. Foram selecionados estudos que pesquisaram as respostas fisiológicas agudas e crônicas geradas pela utilização do método de repetições forçadas, acessados pelas bases de dados Medline e Scielo. A busca resultou em 5 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão, sendo apenas 1 relacionado a respostas crônicas. A pesquisa revelou que o referido método produz maiores elevações na concentração dos hormônios Testosterona, GH e Cortisol de forma aguda quando comparado a sistemas convencionais de treino. Além disso, os estudos incluídos demonstraram maior redução da força isométrica máxima pós-treino com repetições forçadasem comparação a métodos tradicionais, assim como o prolongamento no tempo da atividade da proteína CK pós-treino utilizando repetições forçadas. Os estudos demonstraram ainda que a carga total aplicada ao músculo é maior no treino com RF do que com sistemas de treino convencionais. Estes dados reforçam a eficiência do método de repetições forçadasem gerar respostas hormonais agudas. Tais respostas, de forma crônica, podem promover resultados superiores no tocante a ganhos de força e hipertrofia, o que tornaria o método de repetições forçadascapaz de promover melhores respostas ao treinamento de forçado que um protocolo de treino convencional.

Referências

-Ahtiainen, J.P.; Häkkinen, K. Strength Athletes Are Capable to Produce Greater Muscle Activation and Neural Fatigue During High-Intensity Resistance Exercise Than Nonathletes. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 23. Num. 4. p. 1129-1134 July 2009.

-Ahtiainen, J.P.; Pakarinen, A.; Alen, M.; Kraemer, W.J.; Hakkinen, K. Muscle hypertrophy, hormonal adaptations and strength development during strength training in strength-trained and untrained men. Eur J Appl Physiol. Vol. 89. Num. 6. p. 555-63, Aug 2003.

-Ahtiainen, J.P.; Pakarinen, A.; Kraemer, W. J.; Hakkinen, K. Acute hormonal and neuromuscular responses andrecovery to forced vs maximum repetitions multiple resistance exercises. Int J Sports Med. Vol. 24. Num. 6. p. 410-8, Aug 2003.

-Ahtiainen, P.J.; Kraemer, W.J.; Hakkinen, K. Acute Hormonal Responses to Heavy Resistance Exercise in Strength Athletes Versus Nonathletes. Canadian Journal of Applied Physiology. Vol. 29. Num. 5. p. 527-543, February 2004.

-Clarkson, P.M.; Hubal, M.J. Exercise-induced muscle damage in humans. Am J Phys Med Rehabil. Vol. 81. Num. 11 Suppl, p. S52-69, Nov 2002.

-Drinkwater, E.J.; Lawton, T.W.; Mckenna, M.J.; Lindsell, R.P.; Hunt, P.H.; Pyne, D.B. Increased number of forced repetitions does not enhance strength development with resistance training. J Strength Cond Res, Vol. 21. Num. 3. p. 841-7, Aug 2007.

-Fleck, S.J. Periodized Strength Training: A Critical Review. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 13. Num. 1. p. 82-89. 1999.

-Fleck, S.J.; Kraemer, W.J. Designing Resistance Training Programs. 3ª. Human Kinetics, 2004.

-Fujita, S.; Abe, T.; Drummond, M.J.; Cadenas, J.G.; Dreyer, H.C.; Sato, Y.; Volpi, E.; Rasmussen, B.B. Blood flow restriction during low-intensity resistance exercise increases S6K1 phosphorylation and muscle protein synthesis. J Appl Physiol. Vol. 103. Num. 3. p. 903-910, Sep 2007.

-Gentil, P. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. In: (Ed.). 3ª. Rio de Janeiro: Sprint, 2008.

-Gentil, P.; Oliveira, E.; Fontana, K.; Molina, G.; Oliveira, R.J.D.; Bottaro, M. The acute effects of varied resistance training methods on blood lactate and loading characteristics in recreationally trained men. Rev Bras Med Esporte. Vol. 12. Num. 6. p. 303-307, Nov/Dez 2006.

-Gibala, M.J.; Interisano, S.A.; Tarnopolsky, M.A.; Roy, B.D.; Macdonald, R.J.; Yarasheski, K.E.; Macdougall, J.D. Myofibrillar disruption following acute concentric and eccentric resistance exercise in strengthtrained men. Canadian Journal of Applied Physiology. Vol. 78. p. 656–661. July 2000.

-Hirose, L.; Nosaka, K.; Newton, M.; Laveder, A.; Kano, M.; Peake, J.; Suzuki, K. Changes in inflammatory mediators following eccentric exercise of the elbow flexors. Exerc Immunol Rev. Vol. 10. p. 75-90. 2004.

-Ibanez, J.; Izquierdo, M.; Arguelles, I.; Forga, L.; Larrion, J.L.; Garcia-Unciti, M.; Idoate, F.; Gorostiaga, E.M. Twice-weekly progressive resistance training decreases abdominal fat and improves insulin sensitivity in older men with type 2 diabetes. Diabetes Care. Vol. 28. Num. 3. p. 662-667.Mar 2005.

-Lindstedt, S.L.; Lastayo, P.C.;Reich, T.E. When Active Muscles Lengthen: Properties and Consequences of Eccentric Contractions. News Physiol Sci. Vol. 16. Num. 6. p. 256-261.December 1, 2001.

-Mcdonagh, M.J.N.; Davies, C.T.M. Adaptative response of mammalian skeletal muscle to exercise with high loads. European Journal of Applied Physiology. Vol. 52. p. 139-155, August 1984.

-Nosaka, K.; Newton, M. Concentric or eccentric training effect on eccentric exercise-induced muscle damage. Medicine& Science in Sports & Exercise. Vol. 34. Num. 1. p. 63-69, January 2002.

-Nosaka, K.; Sakamoto, K.; Newton, M.; Sacco, P. How long does the protective effect on eccentric exercise-induced muscle damage last? Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 33. Num. 9. p. 1490-1495. September 2001.

-Peterson, M.D.; Rhea, M.R.; Alvar, B.A. Maximizing Strenght Training in Athletes: a meta-analysis to determine the doseresponse relationship. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 18. Num. 2. p. 377-382. 2004.

-Schoott, J.; Mccully, K.; Rutherford, O.M. The role of metabolites in strength training II. Short versus long isometric contractions. European Journal of Applied Physiology. Vol. 71. p. 337-341. April 1995.

-Smith, R.C.; Rutherford, O.M. The role of metabolites in strenght training. European Journal of Applied Physiology. Vol. 71. p. 332-336, April 1995.

-Takarada, Y.; Takazawa, H.; Sato, Y.; Takebayashi, S.; Tanaka, Y.; Ishii, N. Effects of resistance exercise combined with moderate vascular occlusion on muscular function in humans. J Appl Physiol.Vol. 88. Num. 6. p. 2097-2106.Jun 2000.

-Tan, B. Manipulating Resistance Training Program Variables to Optimize Maximum Strength in Men: A Review. journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 13. Num. 3. p. 289-304. 1999.

Publicado
2012-03-03
Como Citar
Frois, R. R. de S., & Gentil, P. R. V. (2012). O uso do método de repetições forçadas no treinamento de força para incremento das respostas hormonais e neuromusculares. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 5(29). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/368
Seção
Artigos Científicos - Original