Influência da utilização de pesos livres e máquinas no desenvolvimento da força máxima de membros inferiores

  • Fabio Rocha Lima Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Laboratório de Fisiologia e Metabolismo aplicados a Atividade Fí­sica (LAPEF)
  • Fernanda Cristina da Silva Pereira Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
  • Maristela da Rocha e Silva Nascimento Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
  • Maria Eliege de Araújo Vale Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
  • Verginia Rodrigues Martins Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
  • Marcelo Luí­s Marquezi Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Laboratório de Fisiologia e Metabolismo aplicados a Atividade Fí­sica (LAPEF)
Palavras-chave: Treinamento, Exercício físico, Musculação

Resumo

O treinamento de força (popularmente conhecido como musculação), quando comparado com outras práticas, aumenta a força (nas suas diversas valências) e hipertrofia muscular de maneira significativa. Os exercí­cios que estão presentes nesse tipo de treinamento apresentam diferenças entre si, tais como os ambientes que esses são executados (máquina ou livre), sendo a ativação muscular a principal diferença entre eles. O objetivo do presente estudo foi então comparar o desenvolvimento da força máxima (avaliada pelo teste de 1RM) entre pesos livres e máquinas, para o exercí­cio agachamento. Metodologia: Foram selecionados 10 sujeitos do gênero masculino (23 ± 2,3 anos) com experiência anterior ao treinamento de força de no mí­nimo 3 meses e afastado da prática a 6 meses. Os sujeitos realizaram o agachamento livre (Livre, n=4) e agachamento máquina (Máquina, n=6), ambos com amplitude de flexão de joelho até 135º. Resultados: Os resultados revelaram que não houve diferença significativa no 1RM entre os grupos após o treinamento (p>0,05). Entretanto, o cálculo da magnitude do efeito revelou í­ndices de 0,87 para o grupo livre e 0,34 para o grupo máquina, sendo classificados como moderado e pequeno, respectivamente. Conclusão: Os resultados do presente estudo mostraram que os ganhos com relação à  força máxima foram semelhantes entre os grupos, porém a magnitude de efeito do tratamento (exercí­cio) foi diferente, podendo está diferença ser justificada pela atividade eletromiográfica e ambiente hormonal/metabólico entre eles.

Biografia do Autor

Fabio Rocha Lima, Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Laboratório de Fisiologia e Metabolismo aplicados a Atividade Fí­sica (LAPEF)

Graduado em Educação Fí­sica (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Atualmente faz parte do Laboratório de Pesquisa em Educação Fí­sica (LAPEF) da UNICID, com ênfase em estudos voltados para área de fisiologia e metabolismo aplicados a atividade fí­sica. Membro do Grupo de Estudos em Psicofisiologia e Treinamento Aplicados ao Exercí­cio e ao Esporte (GEPTAEE) da Universidade São Judas Tadeu (USJTD). Membro do laboratório de Fisiologia Celular da Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Aluno no programa de Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde da UNICSUL na linha de pesquisa "Mecanismos moleculares e celulares envolvidos na saúde e na doença".

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Publicado
2017-09-24
Como Citar
Lima, F. R., Pereira, F. C. da S., Nascimento, M. da R. e S., Vale, M. E. de A., Martins, V. R., & Marquezi, M. L. (2017). Influência da utilização de pesos livres e máquinas no desenvolvimento da força máxima de membros inferiores. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(69), 676-683. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1246
Seção
Artigos Científicos - Original