Alongamento estático e exercícios de mobilidade de tornozelo aumentam o padrão de movimento do agachamento livre

  • Vanessa Mariano Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil
  • Walace Mauricio da Silva Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil
  • Estêvão Rios Monteiro Escola de Educação Fí­sica e Desporto - Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Victor Gonçalves Corrêa Neto Centro Universitário Gama e Souza. Rio de Janeiro, Brasil
  • Felipe da Silva Triani Centro Universitário Gama e Souza
Palavras-chave: Flexibilidade, Alongamento, Padrão de movimento

Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito agudo do alongamento estático e de exercícios de mobilidade articular sobre a amplitude de movimento do exercí­cio de agachamento livre. Fizeram parte do presente estudo 20 participantes de ambos os sexos fisicamente ativos e aparentemente saudáveis. Os participantes realizaram dois protocolos com entrada aleatória, conduzidos pela técnica do quadrado latino, sendo eles: 1) exercí­cios de alongamento (PEA) e 2) exercí­cios de mobilidade (PEM). PEA compreendeu exercí­cios rotacionais do tornozelo com um elástico, em série única com 10 repetições em cada lado do corpo. PEM para o tornozelo consistiu em movimentos articulares de flexão plantar e a dorsiflexão de tornozelo no plano sagital, onde o participante permaneceu ou sentado ou deitado em decúbito dorsal com os joelhos fletidos para minimizar a ação dos músculos posteriores da coxa, onde o participante realizou uma série única com 10 repetições. Ainda, PEM para o quadril consistiu em exercí­cios de mobilidade realizados em posição de cócoras, em série única com 30 segundos. A amplitude do movimento foi mensurada em graus através da avaliação cinemática com o uso do 2D Kinovea®. Foram encontradas diferenças significativas entre as medidas angulares quando comparado os momentos pré e pós intervenção tanto para o grupo PEA (p = 0,012) quanto para o grupo PEM (p = 0,005) ilustrando uma melhora na amplitude do movimento. Em relação a comparação intergrupos não existiram diferenças significativas entre os momentos pré (p = 0,285) nem entre os momentos pós (p = 0,131). Em conclusão, ambas as técnicas parecem ser modalidades efetivas para ganhos agudos no padrão de movimento do agachamento livre. Esses resultados possuem boa aplicabilidade prática tanto no cenário do desempenho quanto da reabilitação, principalmente no que tange aos efeitos globais de ambas as técnicas.

Biografia do Autor

Vanessa Mariano, Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil

Bacharel em Educação Fí­sica pelo Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil.

Walace Mauricio da Silva, Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil

Bacharel em Educação Fí­sica pelo Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, Brasil.

Estêvão Rios Monteiro, Escola de Educação Fí­sica e Desporto - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doutorando em Educação Fí­sica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Professor do curso de Educação Fí­sica do Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, Brasil.

Victor Gonçalves Corrêa Neto, Centro Universitário Gama e Souza. Rio de Janeiro, Brasil

Programa de Pós-Graduação em Educação Fí­sica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doutorando em Educação Fí­sica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Professor do curso de Educação Fí­sica do Centro Universitário Gama e Souza e da Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, Brasil.

Felipe da Silva Triani, Centro Universitário Gama e Souza

Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercí­cio e do Esporte, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Doutorando em Ciências do Exercí­cio e do Esporte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Professor do curso de Educação Fí­sica do Centro Universitário Gama e Souza e da Universidade Estácio de Sá

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Publicado
2021-10-10
Como Citar
Mariano, V., da Silva, W. M., Monteiro, E. R., Corrêa Neto, V. G., & Triani, F. da S. (2021). Alongamento estático e exercícios de mobilidade de tornozelo aumentam o padrão de movimento do agachamento livre. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 14(93), 820-826. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2249
Seção
Artigos Científicos - Original