Comportamento da frequência cardíaca e percepção subjetiva de esforço durante combate de Jiu-Jitsu brasileiro
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar o comportamento da frequência cardíaca (FC) e sua relação com a percepção subjetiva de esforço (PSE) em atletas de Jiu-Jitsu Brasileiro (JJB) com idade de 27±6,24 anos, 85,6±16,95 kg, 1,76±0,06 m e IMC 28 ± 4,33 kg/m². O protocolo experimental consistiu da simulação de um combate com utilização de tempo oficial (10 minutos) independente de ocorrer ou não a finalização do adversário. A FC foi aferida pré (113,4±13,2 bpm), durante todo combate, nos minutos 2,5 (165,1±11,9 bpm), 5 (170,1±15,9 bpm), 7,5 (170,1±13,9 bpm) e 10 (173,1±10,4 bpm) e pós, nos minutos 1 (139,8±13,0 bpm), 2 (132,4±10,6 bpm) e 3 (127,1±12,1 bpm), assim como a PSE (5,0±1,0) ao final da luta. De acordo com os resultados foi possível verificar que os lutadores mantiveram a frequência cardíaca elevada durante toda a luta, correspondendo a uma alta intensidade de esforço (91,6±5,5 %), assim como a PSE, que apresentou classificação próxima à PESADA. Deste modo, concluímos que a utilização da escala de Borg foi capaz de identificar a intensidade de esforço durante lutas de JJB.
Referências
-Borges, A. Jiu Jitsu, Ju Jitsu ou Ju Jutsu?. São Paulo. USP. 1989.
-Borg, G. A. Psychophysical bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc. Vol. 14. Núm. 5. p. 377-81. 1982.
-Del Vecchio, F. B.; e colaboradores. Análise morfo-funcional de praticantes de brazilian jiu-jitsu e estudo da temporalidade e da quantificação das ações motoras na modalidade. 2007. Disponível em: http://www.unipinhal.edu.br/movimentopercepção/viewartide.php?id=114. Acesso em: 15/06/2009.
-Franchini, E.; Takito, M. Y.; Lima, J. R. P.; Haddad, S.; Kiss, M. A. P. D. M.; Regazzini, M.; Böhme, M. T. S. “Características Fisiológicas em Testes Laboratoriais e Resposta da Concentração de Lactato Sanguíneo em 3 Lutas em Judocas das Classes Juvenil A, Júnior e Sênior”. Revista Paulista de Educação Física. Vol. 12. Núm. 1. p. 5-16. 1998.
-Franchini, E. Judô: Desempenho Competitivo. São Paulo. Manole. 2001.
-Franchini, E.; Pereiria, J. N. C.; Takito, M. Y. Frequência cardíaca e força de preensão manual durante a luta de jiu-jítsu. 2003. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd65/jiujitsu.htm. Acesso em: 10/09/2010.
-Franchini, E.; Del Vecchio, F. B. Preparação física para atletas de judô. São Paulo. Phorte. 2008.
-Franchini, E.; e colaboradores. Nível Competitivo, tipo de recuperação e remoção do lactato após uma luta de Judô. 2004. Disponível em: http://www.bath.ac.uk/sports/judoresearch/franchini%20literature/rbcdhjudo.pdf. Acesso em: 15/06/2009.
-Herdy, A. H.; e colaboradores. Importância da análise da frequência cardíaca no teste de esforço. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 9. Núm. 4. p. 147-254. 2003.
-Hirata, D. S.; Del Vechio, F. B. Preparação física para lutadores de Sanshou: proposta baseada no sistema de preparação de Tudor O. Bompa. Movimento e Percepção. Vol. 6. Núm. 8. p. 2-17. 2006.
-Mota, M. M.; Silva, T. L. T. B.; Chalita, M. A. Flexibilidade da articulação do quadril em atletas de Jiu-Jítsu no Estado de Sergipe. 2007, Disponível em: http://educacaofisica.org/joomla/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=149. Acesso em: 31/08/2009.
-Prado, É. J.; Lopes, M. C. A. Resposta Aguda da Frequência Cardíaca e da Pressão Arterial em Esportes de Luta (Jiu-Jítsu). 2009, Disponível em: http://www.uscs.edu.br/revistasacademicas/revista/sau22.pdf#page=65. Acesso em: 20/06/2010.
-Shinohara, M. Manual de Judô Shinohara 2000. São Paulo. 2000.
-Souza, T.M.F.; Assumpção, C.O.; Cesar, M.C. Avaliação Anaeróbia de Atletas de Judô. Anuário da Produção Acadêmica Docente. Anhanguera Educacional. Vol. 1. p. 62-67. 2007.
-Sugai, V.L. O Caminho do Guerreiro I: A Contribuição das Artes Marciais para o equilíbrio Físico e Espiritual: 2ªedição. São Paulo. Gente. 2000.
-Tanaka, H.; Monahan, D. K.; Seals, R. D. Age Predicted Maximal Heart Rate Reviset. Journal College Cardiology. Vol. 37. Núm. 1. p. 153-156. 2001.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).