Ní­vel de atividade fí­sica em crianças com indicativos do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

  • Tainara de Almeida Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil
  • Liana Lobato Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil
  • Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil
  • Elizângela Fernandes Ferreira Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil
Palavras-chave: Exercício, Educação física e treinamento, Estilo de vida sedentário

Resumo

A prática de atividade fí­sica é uma ferramenta na prevenção de doenças crônico-degenerativas, no entanto ainda se observa um elevado í­ndice de sedentarismo na população, em especial com pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar e comparar o ní­vel de atividade fí­sica em crianças com e sem sintomas de TDAH, em um municí­pio de Minas Gerais. Empregou-se o questionário SNAP-IV para detectar os indicativos de TDAH e o DAFA para verificar o ní­vel de atividade fí­sica. Os dados foram analisados mediante a estatí­stica descritiva e o teste de qui-quadrado pelo programa SPSS. 22.0. Os resultados indicaram que 73% da amostra não apresentava indicativos de TDAH e 13,50% apresentam sintomas de TDAH do tipo desatento e 13,50% misto. Em relação ao ní­vel de atividade fí­sica, as crianças com indicativos de TDAH apresentaram um estilo de vida intermediário (60%) e as que não apresentaram os s tiveram o estilo de vida menos ativo (55,60%). Nos tipos de atividades fí­sicas praticadas, jogar bola foi a mais praticada pelas crianças com indicativos de TDAH, enquanto que as crianças que não apresentaram os indicativos de TDAH praticaram mais a natação, diferenças estatí­sticas (p<0,05), em ambas as atividades. Concluiu-se que o ní­vel de atividade fí­sica de crianças com indicativos de TDAH é relativamente baixo. Além disso, quando comparado o ní­vel de atividade fí­sica entre crianças com e sem indicativos para TDAH, não houve diferenças estatí­sticas, sugerindo que o ní­vel de atividade fí­sica seja semelhante em ambos os grupos.

Biografia do Autor

Tainara de Almeida, Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil

Graduação em Educação Fí­sica - FAGOC.

Liana Lobato, Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil

Docente do curso de Educação Fí­sica-FAGOC. Mestre em Educação Fí­sica-UFV. Graduação em Educação Fí­sica-UFV.

Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira, Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil

Docente do curso de Educação Fí­sica-FAGOC. Mestre em Educação Fí­sica-UFV. Graduação em Educação Fí­sica-UFV.

Elizângela Fernandes Ferreira, Faculdade Governador Ozanam Coelho (FAGOC), Ubá-MG, Brasil

Docente do curso de Educação Fí­sica - FAGOC. Mestre em Educação Especial-UFSCar. Graduação em Educação Fí­sica-UFV.

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Publicado
2017-12-08
Como Citar
de Almeida, T., Lobato, L., Oliveira, R. A. R. de, & Ferreira, E. F. (2017). Ní­vel de atividade fí­sica em crianças com indicativos do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(70), 791-800. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1276
Seção
Artigos Científicos - Original