Efeito agudo de duas técnicas de alongamento sobre a força muscular isométrica

  • Nuno Manuel Frade de Sousa Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio e Medidas e Avaliação, Faculdade Estácio de Vitória-ES, Brasil
  • Demétrius Pereira Baia Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio e Medidas e Avaliação, Faculdade Estácio de Vitória-ES, Brasil
  • Guilherme Pereira da Silva Alvarenga Vieira Laboratório de Fisiologia do Exercício e Medidas e Avaliação, Faculdade Estácio de Vitória-ES, Brasil
  • Raquel de Souza Mairinck Laboratório de Fisiologia do Exercí­cio e Medidas e Avaliação, Faculdade Estácio de Vitória-ES, Brasil
  • Richard Diego Leite Centro de Educação Fí­sica e Desporto, Universidade Federal do Espí­rito Santo, Vitória-ES, Brasil
Palavras-chave: Alongamento estático passivo, Facilitação neuromuscular proprioceptiva, Peitoral maior

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar o efeito agudo do alongamento estático passivo (AEP) e do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) sobre a força pico e força média, em um teste isométrico realizado em duas angulações diferentes (-20° e +20°). Dezesseis homens praticantes de treinamento de força realizaram o movimento de adução horizontal do ombro sem alongamento prévio (CON) e logo após execução dos protocolos de AEP, FNP, composto por três séries de cinco segundos de contração isométrica, seguida de sustentação estática de 30 segundos, com intervalo de 20 segundos entre as séries, até posição de ligeiro desconforto. A força média e força pico foram avaliadas por meio de um dinamômetro de tração compressão (EMG System do Brasil, TS, São José dos Campos, SP). Apenas o alongamento AEP+20 promoveu uma diminuição da força pico. Não foram observadas diferenças na geração de força média com a prévia realização dos diferentes protocolos de alongamento. A força pico foi superior em todos os protocolos realizados com angulação negativa (-20°), sugerindo uma relação comprimento-tensão do músculo mais favorável para a produção de força.

Referências

-Amaral, P. R.; Araújo, S. R.; Chagas, M. H. Stretching exercises used to warm up do not improve 1RM performance of volleyball players. In: XXV ISBS Symposium. 2007.

-Avela, J.; Kyröläinen, H.; Komi, P. V. Altered reflex sensitivity after repeated and prolonged passive muscle stretching. Journal of Applied Physiology. Vol. 86. Núm. 4. p. 1283-1291. 1999.

-Behm, D. G.; Button, D. C.; Butt, J. C. Factors affecting force loss with prolonged stretching. Canadian Journal of Applied Physiology. Vol. 26. Núm. 3. p. 262-272. 2001.

-Behm, D. G.; Chaouachi, A. A review of the acute effects of static and dynamic stretching on performance. European journal of applied physiology. Vol. 111. Num. 11. p. 2633-2651. 2011.

-Bradley, P. S.; Olsen, P. D.; Portas, M. D. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 21. Núm. 1. p. 223-226. 2007.

-César, E. P.; e colaboradores. Modificações Agudas dos Níveis Séricos de Creatina Quinase em Adultos Jovens Submetidos ao Trabalho de Flexionamento Estático e de Força Máxima. Motricidade. Vol. 4. Núm. 3. p. 49-55. 2008.

-Church, J. B.; e colaboradores. Effect of warm-up and flexibility treatments on vertical jump performance. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 15. Núm. 3. p. 332-336. 2001.

-Cornwell, A.; Nelson, A. G.; Sidaway, B. Acute effects of stretching on the neuromechanical properties of the triceps surae muscle complex. European journal of applied physiology. Vol. 86. Núm. 5. p. 428-434. 2002.

-Cramer, J. T.; e colaboradores. Acute effects of static stretching on peak torque in women. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 18. Núm. 2. p. 236-241. 2004.

-Cramer, J. T.; e colaboradores. Mechanomyographic and electromyographic responses of the superficial muscles of the quadriceps femoris during maximal, concentric isokinetic muscle actions. Isokinetics and exercise science. Vol. 8. Núm. 2. p. 109-117. 2000.

-Devries, H. A. The “looseness” factor in speed and O2 consumption of an anaerobic 100-yard dash. Research Quarterly. American Association for Health, Physical Education and Recreation. Vol. 34. Núm. 3. p. 305-313. 1963.

-Egan, A. D. e colaboradores. Acute effects of static stretching on peak torque and mean power output in National Collegiate Athletic Association Division I women's basketball players. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 20. Núm. 4. p. 778-782. 2006.

-Fowles, J. R.; Sale, D. G.; Macdougall, J. D. Reduced strength after passive stretch of the human plantarflexors. Journal of applied physiology. Vol. 89. Núm. 3. p. 1179-1188. 2000.

-Galdino, L. A.; e colaboradores. Ação entre níveis de força explosiva de membros inferiores antes e após flexionamento passivo. Fitness & Performance Journal. Vol. 4. Núm. 1. p. 12. 2005.

-Gordon, A. M.; Huxley, A. F.; Julian, F. J. The variation in isometric tension with sarcomere length in vertebrate muscle fibres. The Journal of physiology. Vol. 184. Núm. 1. p.170-192.1966.

-Kay, A. D.; Blazevich, A. J. Reductions in active plantarflexor moment are significantly correlated with static stretch duration. European Journal of Sport Science. Vol. 8. Num. 1. p. 41-46. 2008.

-Kay, A. D.; Blazevich, A. J. Effect of acute static stretch on maximal muscle performance: a systematic review. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 44. Num. 1. p. 154-164. 2011.

-Knudson, D. V.; e colaboradores. Stretching has no effect on tennis serve performance. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 18. Núm. 3. P. 654-656. 2004.

-Little, T.; Williams, A. G. Effects of differential stretching protocols during warm-ups on high-speed motor capacities in professional soccer players. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 20. Núm. 1. p. 203-307. 2006.

-Magnusson, S. P.; e colaboradores. A mechanism for altered flexibility in human skeletal muscle. The Journal of Physiology. Vol. 497. Núm. Pt 1. p. 291-298. 1996.

-Marek, S. M.; e colaboradores. Acute effects of static and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on muscle strength and power output. Journal of Athletic Training. Vol. 40. Núm. 2. p. 94. 2005.

-Nelson, A. G.; e colaboradores. Chronic stretching and running economy. Scandinavian journal of medicine & science in sports. Vol. 11. Núm. 5. p. 260-265. 2001.

-Nelson, A. G.; Kokkonen, J.; Arnall, D. A. Acute muscle stretching inhibits muscle strength endurance performance. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 19. Núm. 2. p. 338-343. 2005.

-Nogueira, C. J.; e colaboradores. Efeito agudo do alongamento submáximo e do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva sobre a força explosiva. HU rev. Vol. 35. Núm. 1. p. 43-48.2009.

-Ogura, Y.; e colaboradores. Duration of static stretching influences muscle force production in hamstring muscles. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 21. Num. 3. p. 788.2007.

-Power, K.; e colaboradores. An acute bout of static stretching: effects on force and jumping performance. Medicine and science in sports and exercise. Vol. 36. p. 1389-1396. 2004.

-Prati, J. E.; e colaboradores. O efeito agudo do flexionamento passivo sobre a força máxima: um estudo experimental. Fitness & Performance Journal. Vol. 5. Núm. 5. p. 311-317. 2006.

-Ramos, G. V.; Santos, R. R.; Gonçalves, A. Influência do alongamento sobre a força muscular: uma breve revisão sobre as possíveis causas. Rev Bras Cineantropom DesempenhoHum. Vol. 9. Núm. 2. p. 203-206. 2007.

-Rubini, E. C.; Costa, A. L. L; Gomes, P. The effects of stretching on strength performance. Sports medicine. Vol. 37. Núm. 3. p. 213-224. 2007.

-Ryan, E. D.; e colaboradores. Do practical durations of stretchingalter muscle strength? A dose-response study. Medicine and science in sports and exercise. Vol. 40. Num. 8. p. 1529-1537. 2008.

-Shrier, I. Does stretching improve performance?: a systematic and critical review of the literature. Clinical Journal ofSport Medicine. Vol. 14. Núm. 5. p. 267-273. 2004.

-Siatras, T.; e colaboradores. Static and dynamic acute stretching effect on gymnasts' speed in vaulting. Pediatric Exercise Science. Vol. 15. Núm. 4. p. 383-391. 2003.

-Simic, L.; Sarabon, N.; Markovic, G. Does pre‐exercise static stretching inhibit maximal muscular performance? A meta‐analytical review. Scandinavian journal of medicine & science in sports. Vol. 23. Num. 2. p. 131-148. 2013.

-Unick, J.; e colaboradores. Theacute effects of static and ballistic stretching on vertical jump performance in trained women. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 19. Núm. 1. p. 206-212. 2005.

-Yamaguchi, T.; Ishii, K. Effects of static stretching for 30 seconds and dynamic stretching on leg extension power. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 19. Núm. 3. p. 677-683. 2005.

-Young, W.; e colaboradores. Acute effects of static stretching on hip flexor and quadriceps flexibility, range of motion and foot speed in kicking a football. Journal of Science and Medicine in Sport. Vol. 7.Núm. 1. p. 23-31. 2004.

-Young, W.; Elliott, S. Acute effects of static stretching, proprioceptive neuromuscular facilitation stretching, and maximum voluntary contractions on explosive force production and jumping performance. Research quarterly for exercise and sport. Vol. 72. Núm. 3. p. 273-279. 2001.

Publicado
2018-01-28
Como Citar
Sousa, N. M. F. de, Baia, D. P., Vieira, G. P. da S. A., Mairinck, R. de S., & Leite, R. D. (2018). Efeito agudo de duas técnicas de alongamento sobre a força muscular isométrica. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(70), 855-862. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1290
Seção
Artigos Científicos - Original