Comparação entre a força máxima unilateral versus bilateral em membros superiores

  • Petrus Gantois Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Lagoa Nova-RN, Brasil.
  • Gledson Tavares de Amorim Oliveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Lagoa Nova-RN, Brasil.
  • Leonardo de Sousa Fortes Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Campus Vitória de Santo Antão-PE, Brasil.
  • Pedro Pinheiro Paes Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife-PE, Brasil.
Palavras-chave: Força muscular, Exercício, Membro superior

Resumo

O sistema neuromuscular humano é capaz de realizar tarefas motoras de grande complexidade, porém quando os membros homólogos agem de forma simultânea, observa-se uma incapacidade gerar a força máxima, sendo este fenômeno denominado de déficit bilateral. O presente estudo teve como objetivo comparar a força máxima em condição unilateral e bilateral. A amostra foi composta por n=12 sujeitos saudáveis do sexo masculino com experiência em treinamento de força. Os sujeitos foram submetidos ao teste de uma repetição máxima em condição unilateral e bilateral. Para verificar a diferença de força entre as duas condições recorreu-se ao cálculo do índice bilateral. Foi verificado de acordo com o í­ndice bilateral valores superiores a 0 (4,49 + 2,27), caracterizando uma facilitação bilateral. Na comparação entre o somatório unilateral e bilateral observou-se diferenças significativas (p<0,001), tendo a condição bilateral apresentado maior desempenho. Os dados apontaram para uma facilitação bilateral no exercí­cio de supino reto para sujeitos com experiência no treinamento de força.

Referências

-American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine & Science in Sports Exercise. Vol. 41. Núm. 3. p. 687-708. 2009.

-Botton, C. E.; Pinto, R. S. Déficit bilateral: origem, mecanismos e implicações para o treino de força. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. V.14. Núm. 6. p. 749-761. 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/23631>

-Chaves, C. P. G.; Guerra, C. P. C.; Moura, S. R. G.; Nicoli, A. I. V.; Idemar, F.; Simão, R. Déficit bilateral nos movimentos de flexão e extensão de perna e flexão do cotovelo. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, V. 10. Núm. 6. p. 505-508. 2004.

-Dickin, D. C.; Sandow, R.; Dolny, D. G. Bilateral deficit in power production during multi-joint leg extensions. European Journal of Sport Science. V. 11. Núm. 6. p. 437-445. 2011.

-Howard, J. D.; Enoka, R. M. Maximum bilateral contractions are modified by neurally mediated interlimb effects. Journal of Applied Physiology. Vol. 70. Núm. 1. p. 306-316. 1991.

-Jakobi, J. M.; Cafarelli, E. Neuromuscular drive and force production are not altered during bilateral contractions. Journal of Applied Physiology. Vol. 84. Núm. 1. p. 200-206. 1998.

-Jakobi, J. M.; Chilibeck, P. D. Bilateral and unilateral contractions: possible differences in maximal voluntary force. Canadian Journal of Applied Physiology. Vol. 26. Núm. 1. p. 12-33. 2001.

-Janzen, C. L.; Chilibeck, P. D.; Davison, K. S. The effect of unilateral and bilateral strength training on the bilateral deficit and lean tissue mass in post-menopausal women. European Journal of Applied Physiology. Vol. 97. Núm. 3. p. 253-260. 2006.

-Kuruganti, U.; Seaman, K. The bilateral leg strength deficit is present in old, young and adolescent females during isokinetic knee extension and flexion. European Journal of Applied Physiology. Vol. 97. Núm. 3. p. 322-326. 2006.

-Lemos, A.; Pereira, C.; Chaves, G. Déficit bilateral nos movimentos de flexão e extensão de perna e flexão do cotovelo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 10. Núm. 6. p. 505-508. 2004.

-Magnus, C. R. A.; Farthing, J. P. Greater bilateral deficit in leg press than in handgrip exercise might be linked to differences in postural stability requirements. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism. Vol. 33. Núm. 6. p. 1132-1139. 2008.

-Marfell-Jones, M.; Stewart, A.; Ridder,J. International standards for anthropometric assessment. International Society for the Advancement of Kinanthropometry. 2012.

-Matkowski, B.; Martin, A.; Lepers, R. Comparison of maximal unilateral versus bilateral voluntary contraction force. European Journal of Applied Physiology. Vol. 111. Núm. 8. p. 1571-1578. 2001.

-Rezende, F.N.; Haddad, E. G.; Sousa, G. C.; Agostini, G. G.; Nunes, J. E. D.; Marocolo Jr., M. Déficit bilateral em exercício multiarticular para membros superiores. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte. Vol. 18. Núm. 6. p. 385-389. 2012.

-Nijem, R. M.; Galpin, A. J. Unilateral Versus Bilateral Exercise and the Role of the Bilateral Force Deficit: Journal of Strength and Conditioning Research, Vol. 36. Núm. 5. p. 113-118. 2014.

-Pinto, R. S.; Botton, C. E.; Kuckartz, B. T.; Lima, C. S.; Moraes, A. C.; Bottaro, M. Avaliação do déficit bilateral em contrações isométricas dos extensores de joelhos. Revista Brasileira de Cineantropometria E Desempenho Humano. Vol. 14. Núm. 2. 202-211. 2012.

-Ritti-Dias, R. M.; Cyrino, E. S.; Salvador, E. P.; Caldeira, L. F. S.; Nakamura, F. Y.; Papst, R. R.; Gurjão, A. L. D. Influência do processo de familiarização para avaliação da força muscular em testes de 1-RM. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte. Vol. 11. Núm. 1. p. 34-38. 2005.

-Secher, N. H.; Rube, N.; Elers, J. Strength of two-and one-leg extension in man. Acta Physiologica Scandinavica. Vol. 134. Núm. 3. p. 333-339. 1988.

-Seo, D.I.; Kim, E.; Fahs, C. A.; Rossow, L.; Young, K.; Ferguson, S. L.; So, W.Y. Reliability of the one-repetition maximum test based on muscle group and gender. Journal of Sports Science & Medicine. Vol. 11. Núm. 2. p. 221-225. 2012.

-Simão, R.; Poly, M. A.; Lemos, A. Prescrição de exercícios através do teste de 1RM em homens treinados. Fitness & Performance Journal. 2004. Vol. 3. Núm. 1. p. 47-51. 2004.

-Škarabot, J.; Cronin, N.; Strojnik, V.; Avela, J. Bilateral deficit in maximal force production. European Journal of Applied Physiology. Vol. 116. Núm. 11. p. 2057-2084. 2016.

-Taniguchi, Y. Relationship between the modifications of bilateral deficit in upper and lower limbs by resistance training in humans. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. Vol. 78. Núm. 3. p. 226-230. 1998.

Publicado
2018-06-03
Como Citar
Gantois, P., Oliveira, G. T. de A., Fortes, L. de S., & Paes, P. P. (2018). Comparação entre a força máxima unilateral versus bilateral em membros superiores. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(73), 175-181. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1359
Seção
Artigos Científicos - Original