Treinamento físico sistematizado de dezenove semanas otimizou desempenho de potência de membros inferiores em equipes de handebol universitário masculino e feminino

  • Clodoaldo José Dechechi Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
  • Vinícius Musa Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
  • Felipe Modolo Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
  • Rafael Pombo Menezes Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
  • Enrico Fuini Puggina Escola de Educação Física e Esportes, Universidade de São Paulo, Campus Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Palavras-chave: Potência muscular, Sprint, Esporte universitário

Resumo

O esporte universitário apresenta diferenças em nível de treinamento e formas de disputa em comparação ao profissional. O handebol universitário brasileiro é uma modalidade coletiva com longo histórico de disputa, com participação em torneios de nível nacional desde o início da década de 1970. Observamos uma lacuna de estudos de efeitos crônicos de performance para equipes universitárias de handebol. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de uma sistematização de treinamento físico para duas equipes de handebol universitário, sendo uma feminina e outra masculina. Participaram deste estudo jogadores de handebol universitário, sendo oito do sexo masculino (24±4 anos, 91±16 kg, 1,75±0,08 m de estatura), e nove do feminino (22±4,6 anos, 72,8±9,5 kg, 1,75±0,08 m). Os treinamentos, baseados no modelo de cargas distribuídas de força, teve a duração de 19 semanas. Foram aplicados os testes de arremesso de medicine ball 3kg (MB), salto horizontal parado (SH), melhor sprint (MS) e Índice de Fadiga (IF), nas semanas 1, 8 e 16. Os resultados para a equipe feminina foram: a) MB: 3,75±0,30 m, 3,82±0,41 m, e 3,86±0,31 m; b) SH, 1,60±0,20m, 1,65±0,20m, e 1,67±0,20m (p<0,05); c) MS: 7,28±0,27s, 7,16±0,37s, e 7,30±0,36s, e d) IF: 8,4±2%, 6,6 ±1%, e 6,6±2%. E para a equipe masculina: a) MB: 5,23±0,57m, 5,18±0,64m, e 5,38±0,66m; b) SH: 1,96±0,20m, 2,05±0,18m, e 2,00±0,15m; c) MS: 7,16±0,34, 6,89±0,22s, e 6,78±0,24s (p<0,05), e; d) IF: 7±3%, 2±3%, e 8±3%. Os treinamentos foram eficientes para o desenvolvimento da MS e IF dos jogadores de ambas as equipes.

Referências

-Ben-zaken, S.; Meckel, Y.; Nemet, D.; Eliakim, A.: Genetic score of power speed and endurance track and field athletes. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports. 2013.

-Borg, G.A.V. Psychophysical bases of perceived exertionMedicine and Science in Sports and Exercise. 1982.

-Buchheit, M.; Millet, G.P.; Parisy, A.; Pourchez, S.; Laursen, P.B.; Ahmaidi, S. Supramaximal training and postexercise parasympathetic reactivation in adolescents. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 40. Núm. 2. p. 362-371. 2008.

-Bullock, G.S.; Todd, W.; Arnold, M.D.; Plisky, P.J.; Butler, R.J. Basketball players’ dynamic performance across competition levels. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 32. Núm. 12. p. 3528-3533. 2018.

-Clemente, F.; Rocha, R.F.; Martin, F.; Mendes, R. Acute Effects of Different Formats of Small-Sided and Conditioned Handball Games on Heart Rate Responses in Female Students During PE ClassesSports. 2014. Disponível em: <http://www.mdpi.com/2075-4663/2/2/51/>

-Clemente, F. M. Estudo da quantidade de jogadores em jogos reduzidos de handebol : mudança na dinâmica técnica e tática. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 28. Núm.1. 2014.

-Foster, C.; Florhaug, J.A.; Franklin, J.; Gottschall, L.; Hrovatin, L.A.; Parker, S.; Doleshal, S.; Dodge, C. A new approach to monitoring exercise training. Journal of Streght and Conditioning Research. Vol. 15. Núm. 1. p.109-115. 2001.

-Fullagar, H. H. K.; Govus, A.; Hanisch, J.; Murray, A. The Time Course of Perceptual Recovery Markers Following Match Play in Division-I Collegiate American Footballers. International Journal of Sports Physiology and Performance. 2016.

-Gorostiaga, E. M.; Granados, C.; Ibañez, J.; Izquierdo, M. Differences in Physical Fitness and Throwing Velocity Among Elite and Amateur Male Handball Players. International Journal of Sports Medicine. Vol. 26. Núm. 3. p. 225-232. 2005.

-Gorostiaga, E. M.; Granados, C. Ibañez, J.; Gonzalles-Badillo, J.J.; Izquierdo, M. Effects of an entire season on physical fitness changes in elite male handball players. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 38. Núm. 2. p. 357-366. 2006.

-Granados, C.; Izquierdo, M.; Ibañez, J.; Maite, R.; Gorostiaga, E.M. Effects of an entire season on physical fitness in elite female handball players. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 40. Núm. 2. p.351-361. 2008.

-Ingebrigtsen, J.; Jeffreys, I.; Rodahl, S. Physical characteristics and abilities of junior elite male and female handball players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 27. Núm. 2. p. 302-309. 2013.

-Karcher, C.; Buchheit, M. On-Court demands of elite handball, with special reference to playing positions. Sports Medicine. Vol. 44. Núm. 6. p. 797-814. 2014.

-Matveev, D. L. P. Preparação Desportiva : fundamentos da teoria geral do treinamento desportivo. p. 69-71. 2001.

-Pereira, L. A.; Abad, C.C.C.; Kobal, R.; Kitamura, K.; OrsI, R.C.; Ramirez-Campillo, R.; Loturco, I. Differences in Speed and Power Capacities between Female National College Team and National Olympic Team Handball Athletes. Journal of Human Kinetics. Vol. 63. Núm. 1. p. 85-94. 2018.

-Sheikh, J. A.; Hassan, M. A. Effect of plyometric training with and without weighted vest on physical variables among college men volleyball players. Vol. 3. Núm. 1. p. 703-706. 2018.

-Spurrs, R. W.; Murphy, A. J.; Watsford, M. L. The effect of plyometric training on distance running performance. European Journal of Applied Physiology. Vol. 89. Núm. 1. p.1-7. 2003.

-Stanforth, P. R.; Crim, B.N.; Stanforfh, D.; Stults-Kolehmainem, M.A. Body Composition Changes Among Female NCAA Division 1 Athletes Across The Competitive Season and Over a Multiyear Time Frame. Journal of Strenght and Conditioning Research. Vol. 28. Núm. 2. p. 300-307. 2014.

-Vossen, J. F. Comparison of dynamic push-up training and plyometric push-up training on upper-body power and strength. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 14. p. 248-253. 2000.

-Ziv, G.; Lidor, R. Physical characteristics, physiological attributes, and on-court performances of handball players: A review. European Journal of Sport Science. Vol. 9. Núm. 6. p. 375-386. 2009.

Publicado
2021-11-07
Como Citar
Dechechi, C. J., Musa, V., Modolo, F., Menezes, R. P., & Puggina, E. F. (2021). Treinamento físico sistematizado de dezenove semanas otimizou desempenho de potência de membros inferiores em equipes de handebol universitário masculino e feminino. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(96), 221-227. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2411
Seção
Artigos Científicos - Original