Efeito de uma sessão de alongamento passivo estático sobre a flexibilidade e desempenhos de força máxima e potência

  • Samuel Oliveira Amaral Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Walison Rocha Ribeiro Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Henrique de Oliveira Castro Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Gustavo Cunha Peixoto Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.
  • Richard Diego Leite Universidade Federal do Maranhão, UFMA, São Luí­s, MA, Brasil.
  • Flávio de Oliveira Pires Universidade Federal do Maranhão, UFMA, São Luís, MA, Brasil.
Palavras-chave: Alongamento, Passivo estático, Potência, Força máxima, Flexibilidade

Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito de uma sessão da técnica de alongamento passiva estática sobre a flexibilidade e desempenhos de força máxima e potência. A amostra foi composta por 13 homens fisicamente ativos (média de idade de 24,7±5,7 anos). A flexibilidade foi avaliada por meio do Teste Sentar e Alcançar, a potência com o Sargent Jump Test (SJT) e a força pelo Teste de1RM. Utilizou-se o alongamento passivo estático nos músculos posterioresda coxa. A análise descritiva é apresentada através da média e desvio padrão. Para a comparação entre as médias das variáveis obtidas no pré e pós testes foi realizado o teste t de Student pareado, adotando-se significância de p˂0,05. O Teste Sentar e Alcançar apresentou um aumento significativo na ADM após a realização da sessão de alongamento (p<0,001). No Teste de 1RM verificou-se uma redução significa comparando-se o pré e o pós-alongamento (p<0,001). Em relação ao desempenho de potência, não foram encontradas diferenças significativas. Observa-se um aumento da ADM e uma redução no desempenho de força máxima com a realização de uma sessão de alongamento passivo estático prévio. Quando o alongamento precede os exercícios de potência, não verificou-se alterações no desempenho.

Referências

-ACSM. Position stand.Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 43. Num. 7. p. 1334-1359. 2011.

-Arruda, F. L. B.; Faria, L. B.; Silva, V.; Senna, G. W.; Simão, R.; Novaes, J.; Maior, A. S. A Influência do Alongamento no Rendimento do Treinamento de Força. Revista Treinamento Desportivo. Vol. 7. Num. 1. p. 1-5. 2006.

-Bacurau, R. F. P.; Monteiro, G. A.; Ugrinowitsch, C.; Tricoli, V.; Cabral, L. F.; Aoki, M. S. Acute effect of a ballistic and a static stretching exercise bout on flexibility and maximal strength. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 23. Num. 1. p. 304-308. 2009.

-Baltaci, G.; Un, N.; Tunay, V.; Besler, A.; Gerçeker, S. Comparison of three different sit and reach tests for measurement of hamstring flexibility in female university Students. British Journal of Sports Medicine. Vol. 37. p. 59-61. 2003.

-Bandy, W. D.; Irion, J. M.; Briggler, M. The Effect of Time and Frequency of Static Stretching on Flexibility of the Hamstring Muscles. Physical Therapy. Vol. 77. Num. 10. p. 1090-1096. 1997.

-Bastos, C. L. B.; Rosário, A. C. S.; Portal, M. N. D.; Neto, G. R.; Silva, A. J.; Novaes, J. S. Influência aguda do alongamento estático no comportamento da força muscular máxima. Revista Motricidade. Vol. 10. Num. 2. p. 90-99. 2014.

-Bley, A. S.; Nardi, O. S.; Marchetti, P. H. Alongamento passivo agudo não afeta a atividade muscular máxima dos ísquiotibiais. Revista Motricidade. Vol. 4. Num. 8. p. 80-86. 2012.

-Bradley, P. S.; Olsen, P. D.; Portas, M. D. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 21. Num. 1. p. 223-226. 2007.

-Davis, D. S.; Ashby, P. E.; McCale, K. L.; McQuain, J. A.; Wine, J. M. The effectiveness of 3 stretching techniques on hamstring flexibility using consistent stretching parameters. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 19. Num. 1. p. 27-32. 2005.

-Endlich, P. W.; Farina, G. R.; Dambroz, C.; Gonçalves, W. L. S.; Moyses, M. R.; Mill, J. G.; Abreu, G. R. Efeitos Agudos do Alongamento Estático no Desempenho da Forca Dinâmica em Homens Jovens. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 15. Num. 3. p. 200-203. 2009.

-Fabrício, D. L. M. L.; Araújo, A. M. A. M.; Oliveira, M. N. M.; Brollo, C. H. J.; Oliveira, R. R. Influência do Alongamento Estático Agudo nas Valências Força e Potência Muscular em Jovens Futebolistas. Revista Fisioterapia e Saúde Funcional. Vol. 1. Num. 1. p. 4-9. 2012.

-Ferreira, V. S.; Muller, B. C.; Junior, A. A. Efeito agudo de exercícios de alongamento estático e dinâmico na impulsão vertical de jogadores de futebol. Motriz. Vol. 19. Num. 2. 2013. p. 450-459.

-Fleck, S. J.; Kraemer,W. J. Otimizando o treinamento de força: programas de periodização não-linear. Manole. 2009.

-Fowles, J. R.; Sale, D. G.; MacDougall, J. D. Reduced strength after passive stretch of the human plantar flexors. Journal of Applied Physiology. Vol. 89. p. 1179-1188. 2000.

-Harman, E. A.; Rosenstein, M. T.; Frykmam, P. N.; Rosenstein, R. M.; Kraemer, W. J. Estimation of Human Power Output from Vertical Jump. The Journal of Applied Sport Science Research. Vol. 5. Num. 3. p. 116-120. 1991.

-Hough, P. A.; Ross, E. Z.; Howatson, G. Effects of dynamic and static stretching on vertical jump performance and electromyographic activity. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 23. Num. 2. p. 507-512. 20.

-Júnior, R. S.; Leite, T.; Reis, V.M. Influence of the Number of Sets at a Strength Training in the Flexibility Gains. Journal of Human Kinetics. Special Issue. p. 47-52. 2011.

-Knudson, D.; Bennett, K.; Corn, R.; Leick, D.; Smith, C. Acute effects of stretching are not evident in the kinematics of the vertical jump. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 15. p. 98-101. 2001.

-Magnusson, P.; Renstrom, P. The European College of Sports Sciences Position statement: The role of stretching exercises in sports. European Journal of Sport Science. Vol. 6. Num. 2. p. 87-91. 2006.

-McMillian, D. J.; Moore, J. H.; Hatler, B. S.; Taylor, D. C. Dynamic vs. static-stretching warm up: the effect on power and agility performance. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. Num. 3. p. 492-499. 2006.

-Nelson, A. G.; Kokkonen, J. Acute ballistic muscle stretching inhibits maximal strength performance. Research Quarterly for Exercise and Sport. Vol. 72. Num. 4. p. 415-419. 2001.

-Paulo, A. C.; Tavarez, L. D.; Cardoso, R. K.; Lamas, L.; Pivetti, B.; Tricoli, V. Influência do nível de forca máxima na produção e manutenção da potência muscular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 6. Num. 16. p. 422-426. 2010.

-Penha, P. J.; João, S. MA. Avaliação da flexibilidade muscular entre meninos e meninas de 7 e 8 anos. Revista Fisioterapia e Pesquisa. Vol. 15. Num. 4. p. 387-391. 2008.

-Polachini, L. O.; Fusazaki, L.; Tamaso, M.; Tellini, G. G.; Masiero, D. Estudo comparativo entre três métodos de avaliação do encurtamento de musculatura posterior de coxa. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 9. Num. 2. p. 187-193. 2005.

-Ribeiro, C. C. A.; Abad, C. C. C.; Barros, R. V.; Neto, T. L. B. Nível de flexibilidade obtida pelo teste de sentar e alcançar a partir de estudo realizado na Grande São Paulo. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 12. Num. 6. p. 415-421. 2010.

-Silva, A. S.; Oliveira, D. J.; Jaques, M. J. N.; Araújo, R. C. Efeito da crioterapia e termoterapia associados ao alongamento estático na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Revista Motricidade. Vol. 4. Num. 6. p. 55-62. 2010.

-Tricoli, V.; Paulo, A. C. Efeito agudo dos exercícios de alongamento sobre o desempenho de força máxima. Revista Atividade Física e Saúde. Vol. 7. p. 6-13. 2002.

-Wallmann, H. V.; Mercer, J. Á.; McWhorter, J. W. Surface eletromyographicassessment of the effect of static stretching of the gastrocnemius on vertical jump performance. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 19. Num. 3. p. 684-698. 2005.

-Wells, K. F.; Dillon, E. K. The sit and reach: a test of back and leg flexibility. Research Quarterly for Exercise andSport. Vol. 23. p. 115-118. 1952.

Publicado
2016-07-17
Como Citar
Amaral, S. O., Ribeiro, W. R., Castro, H. de O., Peixoto, G. C., Leite, R. D., & Pires, F. de O. (2016). Efeito de uma sessão de alongamento passivo estático sobre a flexibilidade e desempenhos de força máxima e potência. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 10(59), 377-385. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/975
Seção
Artigos Científicos - Original