Respostas da razão testosterona/cortisol no Triathlon distância olí­mpica

  • Julia Souto de Jesus Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
  • Renan Alberton Ramos Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
  • Ericson Pereira Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
  • Keith Sato Urbinati Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
Palavras-chave: Medicina esportiva, Hormônios, Metabolismo

Resumo

Introdução: O triathlon é uma prova com elevadas demandas metabólicas, especialmente em situações competitivas. Maiores intensidades de esforço podem apresentar característica catabólica no organismo, prejudicando o desempenho esportivo. Objetivo: Os objetivos do trabalho foram; definir a razão Testosterona/ Cortisol até 24 horas após a realização de uma prova de triathlon olímpico; identificando o comportamento anabólico / catabólico e sua relação com o desempenho físico. Materiais e Métodos: Foram avaliados os 9 primeiros colocados da categoria elite masculina de uma prova de triathlon (26 ± 3,3 anos, 75,3 ± 7,0 kg, 1,71 ± 0,07 m). Mediu-se os níveis da testosterona e cortisol 12 horas antes, imediatamente e 24h após a prova. Foram identificadas diferenças significativas (p<0,05) para o cortisol, aumentando em todas as situações, para tal razão no pós-teste e 24h pós quando comparadas ao 12h antes da prova. Resultados: O cortisol 24 horas pós prova (483,22 ± 73,23 nmol/L; p=0,0001) foi superior as medidas de 12 horas antes (187,88 ± 32,39 nmol/L) e pós prova (351,66 ± 123,32 nmol/L; p=0,001). Não foram identificadas diferenças para a testosterona 12h Pré (18,23 ± 4,35 nmol/L), Pós Prova (19,25 ± 5,86 nmol/L) e 24h Pós (21,01 ± 3,18 nmol/L). A razão T:C 12h antes da prova (0,096 ± 0,012) foi maior do que pós-prova (0,056 ± 0,013; p=0,0001) e 24h pós prova (0,044 ± 0,005; p=0,0001). Conclusão: Conclui-se que o processo de uma prova de triathlon possui uma característica catabólica após um período de 24h pós prova.

 

ABSTRACT 

 

Backgroud: The triathlon sport needs high metabolic demands, especially in competitive situations. Greater effort intensities can be induce catabolic feature in the body, affecting sports performance. Purpose: The aim were; determine the testosterone / cortisol ratio up to 24 hours after the completion of a proof of Olympic triathlon; identifying the anabolic / catabolic behavior and its relationship to physical performance. Materials and Methods: We evaluated the 9 placed the male elite category of triathlon (26 ± 3.3 years, 75.3 ± 7.0 kg, 1.71 ± 0.07 m). We measured the levels of testosterone and cortisol 12 hours before, immediately and 24 hours after the competition. Significant differences were identified (p <0.05) for cortisol, increasing in all circumstances, for this reason the post-test and post 24 compared to 12 hours before the competition. Results: Cortisol 24 pot-test (483.22 ± 73.23 nmol / L; p = 0.0001) was superior measurements than 12 hours before (187.88 ± 32.39 nmol / L) and post-test (351.66 ± 123.32 nmol / L, p = 0.001). No difference was found for testosterone 12h Pre (18.23 ± 4.35 nmol / L), Post-test (19.25 ± 5.86 nmol / L) and 24 post (21.01 ± 3.18 nmol / L). The reason T: C 12 hours before the test (0.096 ± 0.012) was higher than post-test (0.056 ± 0.013; p = 0.0001) and 24 hours after test (0.044 ± 0.005; p = 0.0001). Conclusion: We conclude that the process of a triathlon competition has a catabolic feature after a period of 24 hours after the test.

Referências

-Adlercreutz, H.; Härkönen, M.; Kuoppasalmi, K.; Näveri, H.; Huhtaniemi, I.; Tikkanen, H.; Remes, K.; Dessypris, A.; Karvonen, J. Effect of training on plasma anabolic and catabolic steroid hormones and their response during physical exercise. International Journal of Sports Medicine. Vol. 7. Núm. 1. p. 27-28. 1986.

-Argus, C. K.; Gill, N. D.; Keogh, J. W.; Hopkins, W. G.; Beaven, C. M. Changes in Strength, Power, and Steroid Hormones During a Professional Rugby Union Competition. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 23. Núm. 5. p. 1583-1592. 2009.

-Ascensão, A.; Magalhães, J.; Oliveira, J. Duarte, J.; Soares, J. Fisiologia da fadiga muscular. Delimitação conceptual, modelos de estudo e mecanismos de fadiga de origem central e periférica. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. 3. Núm. 1. p. 108-123. 2003.

-Balthazar, C. H.; Garcia, M. C.; Spadari-Bratfisch, R. C. Salivary concentrations of cortisol and testosterone and prediction of performance in a professional triathlon competition. Jounal Stress. Vol. 15. Núm. 5. 2012.

-Cormack, S. J.; Newton, R. U.; Mcguigan, M. R.; Cormie, P. Neuromuscular and endocrine responses of elite players during an Australian rules football season. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol. 3. p. 439-453. 2008.

-Coutts, A. J.; Reaburn, P.; Piva, T. J.; Rowsell, G. J. Monitoring for overreaching in rugby league players. European Journal of Applied Physiology. Vol. 99. Núm. 3. p. 313-324. 2007.

-Coutts, A.; Reaburn, P.; Piva, T.; Murphy, A. Changes in Selected Biochemical, Muscular Strength, Power, and Endurance Measures during Deliberate Overreaching and Tapering in Rugby League Players. International Journal of Sports Medicine. Vol. 28. Núm. 2. p. 116-124. 2007.

-Cunha, G. S.; Ribeiro, J. L.; Oliveira, A. R. Sobretreinamento: Teorias, diagnóstico e marcadores. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Núm. 5. p. 297-302. 2006.

-Doan, B.; Newton, R.; Kraemer, W.; Kwon, Y.-H.; Scheet, T. Salivary Cortisol, Testosterone, and T/C Ratio Responses during a 36-hole Golf Competition. International Journal of Sports Medicine. Vol. 28. Núm. 6. p. 470-479. 2007.

-Garcia, M. A. C.; Magalhães, J.; Imbiriba, L. A. Comportamento temporal da velocidade de condução de potenciais de ação de unidades motoras sob condições de fadiga muscular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 10. Núm. 4. p. 299-307. 2004.

-Goto, K.; Shioda, K.; Uchida, S. Effect of 2 days of intensive resistance training on appetite-related hormone and anabolic hormone responses. Clinical Physiology and Functional Imaging. Vol. 33. Núm. 2. p. 131-136. 2013.

-Machado, A. M. O.; Júnior, A. M.; Frigatto, E. A. M. Manual de Colheitas de material biológico. p. 24-31. 2015.

-Martínez, A. C.; Seco Calvo, J.; Tur Marí, J. A; Testosterone and Cortisol Changes in Professional Basketball Players Through a Season Competition. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 24. Núm. 4. p. 1102-1108. 2010.

-Silva, B. A. R. S.; Martinez, F. G.; Pacheco, A. M.; Pacheco, I. Efeitos da fadiga muscular induzida por exercícios no tempo de reação muscular dos fibulares em indivíduos sadios. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Núm. 2. p. 85-89. 2006.

-Silva, J. R.; Ascensão, A.; Marques, F. Neuromuscular function, hormonal and redox status and muscle damage of professional soccer players after a high-level competitive match. European Journal of Applied Physiology. Vol. 113. Núm. 9. p. 2193-2201. 2013.

-Thomas, J. R.; Nelson, J. K.; Silverman, S. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. Porto Alegre. 5ª edição. Artmed. 400p. 2007.

-Vanderford, M. L.; Meyers, M. C.; Skelly, W. A.; Stewart, C. C.; Hamilton, K. L. Physiological and sport-specific skill response of olympic youth soccer athletes. Journal of Strength Conditioning Research. Vol. 18. Núm. 2. p. 334-342. 2004.

-Jürimäe, T; Viru, A; Karelson, K; Smirnova, T. Biochemical changes in blood during the long and short triathlon competition. J Sports Med Phys fitness. Vol. 29. Núm. 4. p. 305-309. 1989.

Publicado
2017-06-25
Como Citar
de Jesus, J. S., Ramos, R. A., Pereira, E., & Urbinati, K. S. (2017). Respostas da razão testosterona/cortisol no Triathlon distância olí­mpica. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(67), 453-460. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1180
Seção
Artigos Científicos - Original