O perfil da massa óssea em médicos: um estudo observacional

  • Alexandre Waszcenko Teixeira Ceulji/Ulbra
  • Rogério da Cunha Voser ESEFID/UFRGS
  • João Feliz Duarte de Moraes PUCRS
  • Luciana Zaniratti Tavares IPUC
  • Rodolfo Herberto Schneider PUCRS
Palavras-chave: Densidade mineral óssea, Atividade física, Homens, Médicos

Resumo

Alterações da massa óssea ocorrem no envelhecimento e estão relacionadas ao estilo de vida, como a atividade fí­sica (AF) e atividade ocupacional profissional. Este estudo observacional e transversal tem como objetivo verificar a densidade mineral óssea da coluna lombar e fêmur proximal de 22 médicos do sexo masculino, com idade média de 64,0±4,9 anos. Neste estudo utilizou-se o equipamento DXA HOLOGIC WI software da coluna lombar, colo do fêmur e fêmur total. Utilizou-se o programa estatí­stico SPSS 18.0 para Windows para realizar a estatí­stica descritiva. Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS, sob o número 11/05713. Os resultados mostraram a DMO da coluna lombar de 1,08 ± 0,17 e T-score de 0,04 ± 1,47; no colo do fêmur DMO de 0,74 ± 0,11 e do T-score de -1,33 ± 0,82 e no fêmur total com DMO 0,92 ± 0,10 e do T-score de -0,64 ± 0,70. Destes médicos avaliados 7 (31,8%) apresentaram a classificação dentro da normalidade; 13 (59,1%) com osteopenia e 2 (9,1%) com osteoporose. Estes achados mostram que as profissões que tenham baixo grau de atividade fí­sica podem ser um fator predisponente a diminuição da densidade mineral óssea. Para tanto, estes profissionais devem ser estimulados a compensarem com atividades fí­sicas moderadas após a sua jornada de trabalho. Destaca-se que polí­ticas públicas de atividades fí­sicas poderão atingir uma maior parcela da população.

Biografia do Autor

Alexandre Waszcenko Teixeira, Ceulji/Ulbra

Mestre em Gerontologia Biomédica pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2013. Especialista em Gestão no Esporte, Faculdade Sogipa 2011. Especialista em a Ciência Aplicada ao Futebol e Futsal, UFRGS 2009. Graduado em Educação Fí­sica pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2007. Atualmente é professor do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA. Já trabalhou também na Faculdade de Educação e Meio Ambiente FAEMA, onde foi coordenador e Professor do curso de Licenciatura em Educação Fí­sica (2014). Técnico das escolinhas da base do Sport Clube Internacional- Poa/Rs (2005); Técnico da equipe Universitária de Futsal feminino da PUCRS (2006); Técnico da equipe Juvenil de Futsal feminino do Lindóia Tênis Clube - POA/RS (2009/2010); Técnico da equipe de Futsal Feminino dos Correios (2013/2014); Preparador Fí­sico da equipe Universitária de Futsal feminino da PUCRS (2004/2005); Gestor Esportivo no Lindóia Tênis Clube (2009/2011). Professor e Idealizador do Grupo de Ginástica para a 3ª Idade no Lindóia Tênis Clube (2007/2011) e do Grupo de Ginástica para 3ª Idade da Associação de Moradores do Bairro Jardim Itu-Poa-RS (2012/2014). Ministrou aulas de ginástica laboral em diversas empresas dentre elas: Correios, Polí­cia Rodoviária Federal e Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego/RS.

Rogério da Cunha Voser, ESEFID/UFRGS

Doutor em Ciências da Saúde na PUCRS, em 2006. Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Fí­sica da UFRGS, em 1998. Especialista em Ciências do Futebol e do Futebol de Salão pelas Faculdades Integradas Castelo Branco Centro Educacional de Realengo, em 1990. Licenciado em Educação Fí­sica pela ESEF-UFPEL, em 1988. Graduado em Fisioterapia pela ULBRA, em 1999. Foi atleta de várias equipes de Futsal do estado, atuou na Espanha, preparador fí­sico do Inter/ULBRA e técnico da equipe juvenil da ULBRA. Tem experiência em escolas do municí­pio e particular. Consultor de vários cursos de Graduação e Especialização. É avaliador de Cursos Superiores e.MEC-INEP. Atualmente é Professor Associado ní­vel 1 da Escola de Educação Fí­sica, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul nas Disciplinas de Futsal, Bases das Práticas Corporais: esporte, Supervisão de estágio do Bacharelado e de TCC1 e TCC2. Na mesma Instituição é coordenador do NAU (Núcleo de Avaliação da Unidade - ESEFID/UFRGS). É um dos lideres do Grupo de Estudos em Esporte (GEE) da UFRGS/CNPQ. É coordenador do Programa Institucional de Bolsa de iniciação à Docência/PIBID - Educação Fí­sica da UFRGS. É vice-coordenador da Equipe Colaboradora 18 (RS) do Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte. Desenvolve Projetos de Extensão Universitária na área do Futsal. Já trabalhou também na ULBRA, PUCRS, Facos e São Judas Tadeu/RS. Ministra cursos de Futsal e Iniciação aos Esportes por todo o Brasil (extensão e pós-graduação).

João Feliz Duarte de Moraes, PUCRS

Possui graduação em Licenciatura de Curta Duração em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Licenciatura em Ciências com Habilitação em Matemática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bacharelado em Estatí­stica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1986), Mestrado em Educação pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991) e Doutorado em Gerontologia Biomédica pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2004). Atualmente é professor titular da Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e professor associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul . Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS e relator Ad hoc da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Tem experiência na área de Probabilidade e Estatí­stica, com ênfase em Probabilidade e Estatística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino, qualidade de vida, estatí­stica, envelhecimento e educação básica. e estatí­stica aplicada à área da saúde.

Luciana Zaniratti Tavares, IPUC

Possui Curso Técnico em Radiologia e Curso Superior de Tecnólogo em Radiologia. Tem experiência nas áreas de mamografia e densitometria óssea sendo docente dessas disciplinas em curso técnico em radiologia. Domina as técnicas de exame, tendo sempre a preocupação do custo benefí­cio em relação aos parâmetros técnicos usados para cada caso em estudo, prima pelo conforto e bem estar de suas pacientes.

Rodolfo Herberto Schneider, PUCRS

Possui graduação em Medicina pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), residência médica em Clí­nica Médica-Geriatria pelo Hospital São Lucas da PUCRS (1992-1994), tí­tulo de especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (2008), Habilitação em Densitometria óssea pela Sociedade Brasileira de Densitometria Clí­nica, Colégio Brasileiro de Radiologia (1996), International Society for Clinical Densitometry (2006), Certificado de Atuação na área de Densitometria óssea da Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Certificado de Atuação na área de Densitometria óssea pelo Conselho Federal de Medicina e Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, mestrado em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997) e doutorado em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifí­cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica do Instituto de Geriatria e Gerontologia. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da PUCRS. Membro da Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica. Coordenador da Comissão Cientí­fica do Instituto de Geriatria e Gerontologia. Consultor da CAPES na área Interdisciplinar. Chefe do Serviço de Densitometria óssea do Hospital São Lucas da PUCRS. Pesquisador responsável pelo Grupo de Pesquisa em Envelhecimento Osteomuscular e Osteoporose (GEOMO)-CNPQ. Participação na disciplina de graduação Patologia da Enfermagem. Tem experiência nas áreas de Medicina e Pesquisa, com ênfase em Geriatria e Gerontologia, atuando principalmente nos seguintes temas: geriatria clí­nica, envelhecimento, qualidade de vida, aspectos psicológicos do envelhecimento, envelhecimento muscular, sarcopenia, metabolismo ósseo, osteoporose e DXA.

Referências

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Publicado
2017-06-25
Como Citar
Teixeira, A. W., Voser, R. da C., Moraes, J. F. D. de, Tavares, L. Z., & Schneider, R. H. (2017). O perfil da massa óssea em médicos: um estudo observacional. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(67), 492-497. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1192
Seção
Artigos Científicos - Original