Perfil morfofisiológico de atletas de esgrima após 12 semanas de treinamento

  • Oswado de Almeida Monteiro Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.
  • Marcelo Romanovitch Ribas Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.
  • Nelson Wasch Junior Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.
Palavras-chave: Esgrima, Força, Composição corporal

Resumo

O presente estudo teve por objetivo determinar o perfil morfofisiológico de mulheres esgrimistas, após 12 semanas de treinamento periodizado. A amostra foi constituí­da por quatro atletas de Esgrima do sexo feminino com idade média de 25,4 anos, com treinos cinco vezes por semana com duração de três horas por dia. As atletas passaram por duas avaliações antropométricas, uma pré e outra pós-treinamento de 12 semanas. Tais avaliações constaram das seguintes mensurações: massa corporal total, estatura, envergadura, percentual de gordura, testes biomotores de resistência muscular localizada, flexão de braço e abdominal em um minuto. Os dados foram tabulados e avaliados estatisticamente por meio da mediana, primeiro e terceiro quartil, amplitude (mínimo e máximo) desvio interquartilílico e coeficiente de variação (CV). A diferença estatí­stica foi estabelecida pelo teste não paramétrico Mann - Whitney (p<0,05), calculada no software BioStat 5.0, ano 2007. A massa corporal total apresentou um aumento de 3,7% da primeira para a segunda avaliação, devido ao aumento da massa magra 7,3%, diminuição da massa gorda 4,9% e do percentual de gordura 9,5%. As dobras cutâneas que mais tiveram alterações em sua espessura foram as dobras peitoral 42,9% e axilar média 20,5%. Os testes biomotores, de flexão de braço e de abdominal em um minuto, apresentaram um acréscimo na força muscular esquelética de 29,9% e 13,4% respectivamente. Sendo assim, os dados encontrados, sugerem uma melhora da performance das atletas após doze semanas de treinamento periodizado.

Biografia do Autor

Oswado de Almeida Monteiro, Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.

Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercício - Faculdade Dom Bosco - Campus Mercês - Curitiba - PR

Marcelo Romanovitch Ribas, Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.

Coordenador do Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio - Faculdade Dom Bosco - Campus Mercês - Curitiba - PR

Nelson Wasch Junior, Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio, Faculdade Dom Bosco, Campus Mercês, Curitiba-PR, Brasil.

Laboratório de Bioquí­mica e Fisiologia do Exercí­cio - Faculdade Dom Bosco - Campus Mercês - Curitiba - PR

Referências

-Bottoms, L. M.; Sinclair, J.; Gabrysz, T.; Szmatlan-Gabrysz, U.; Price, M.J. Physiological responses and energy expenditure to simulated epee fencing in elite female fencers. Serbian Journal of Sports Sciences. Vol. 5. Num. 1. 2011. p. 17-20.

-Cunha, R. S. P.; Filho, J. F. Identificação do perfil dermatoglífico, somatotípico e das qualidades básicas da equipe brasileira feminina de esgrima. Fitness &Performance. Vol. 4. Num. 1. 2005. p. 34-44.

-Gabbett, T.; Georgieff, B. Physiological and anthropometric characteristics of Australian junior national state, and novice volleyball players. J Strength Cond Res. Vol. 21, Num. 3. 2007. p. 902-908.

-Jackson, A. S.; Pollock, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. The British Journal of Nutrition. Vol. 40. 1978. p. 497-504.

-Jackson, A. S.; Pollock, M. L.; Ward, A. Generalized equations for predicting body density of women. Medicine Science Sports Exercise. Vol. 12. 1980. p. 175-182.

-Marinho, B. F.; Marins, J. C. B. Teste de força/resistência de membros superiores: análise metodológica e dados normativos. Fisioterapia em Movimento. Curitiba. Vol. 25. Num. 1. 2012. p. 219-230.

-Mcardle, W. D.; Katch, F. I.; Katch, V. L. Exercise Physiology: Nutrition, Energy, and Human Performance. editors. Lippincott Williams -Wilkins. 2010. p. 1038.

-Moura, J. A. R de; Albano, T.; Veller, G.; Machado, W.; Peixoto, E. Efeito de 24 sessões de treinamento aeróbio, força-resistência muscular e flexibilidade, realizados em academia de ginástica sobre parâmetros neuromotores, cardiovasculares e morfológicos. EFDeportes.com Revista Digital. Buenos Aires. 2011. Num. 155.

-Obmiński, Z.; Ladyga, M.; Starczewska-Czapowska, J.; Borkowski, L. Physiological and biomechanical symptoms of physical adaptation to anaerobic and endurance exercises after 3-month period of increased sport activity in female fencers. Journal of Combat Sports and Martial Art. Vol. 1. Num. 2. 2011. p. 13-18.

-Prado, W. L.; Botero, J. P.; Guerra, R. L. F.; Rodrigues, C. L.; Cuvello, L. C.; Dâmaso, A. R. Perfil antropométrico e ingestão de macronutrientes em atletas profissionais brasileiros de futebol, de acordo com suas posições. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Num. 2. 2006. p. 61-65.

-Pollock, M. L.; Wilmore, J. H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. São Paulo. Médica e Científica. 1993.

-PROESP-BR. Manual do Projeto Esporte Brasil. 2012. Disponível em: <http://www.proesp.ufrgs.br/proesp>.

-Reilly, T.; Duran, D. Fitness assessment. In: Reilly, T.; Williams, A.M. editors. Science and soccer. 2ªedição London. Routledge. 2003. p. 21-48.

-Ribeiro, C.; Campos, D. História da Esgrima, da criação à atualidade. Revista de Educação Física. 2007. p. 137-165.

-Roi, G. S.; Bianchedi, D. The science of fencing: implications for performance and injury prevention. Sports Medicine, Vol. 38. Num. 6. 2008. p. 465-481.

-Siri, W. E. Body composition from fluid spaces and density. In: Brozek, J.;Henschel A. (Eds.). Techniques for measuring body composition. Washington: National Academy of Science. 1961. p. 223-244.

-Tsolakis, C.; Kostaki, E.; Vagenas, G. Anthropometric, flexibility, strength-power, and sport-specific correlates in elite fencing. Percept Mot Skills. Vol. 110. Num. 3. 2010.

-Velázquez, J. R. La nueva didáctica de la esgrima. Buenos Aires. 2004.

Publicado
2017-09-24
Como Citar
Monteiro, O. de A., Ribas, M. R., & Junior, N. W. (2017). Perfil morfofisiológico de atletas de esgrima após 12 semanas de treinamento. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(69), 748-755. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1264
Seção
Artigos Científicos - Original