Comparação de í­ndices morfológicos e cardiovasculares entre praticantes do treinamento de força, treinamento aeróbio e treinamento concorrente

  • Luana Pianezzer Universidade do Vale do Itajaí­ (UNIVALI), Itajaí­-SC, Brasil.
  • Patrick Rodrigues School of Exercise and Nutrition Science, Queensland University of Technology (QUT), Brisbane, Queensland, Australia.
Palavras-chave: Composição corporal, Treinamento de força, Treinamento aeróbio, Treinamento concorrente, VO2máximo

Resumo

Doenças não transmissí­veis são respostas de um estilo de vida sem hábitos saudáveis, destacando-se inatividade fí­sica que está entre os fatores de risco para doenças e mortes no mundo. Ainda há controvérsias quanto ao melhor e mais eficiente método de treinamento, seja ele treinamento aeróbio (TA), força (TF) ou concorrente (TF+AE). O estudo teve como objetivo analisar se há diferenças nos í­ndices morfológicos e cardiovasculares entre praticantes do treinamento de força, aeróbio e concorrente. A amostra deste estudo foi composta por 27 homens saudáveis (31,5 ± 13 anos) divididos em 4 grupos: grupo AE (n: 6); TF (n: 6); TF+AE (n: 10); e grupo controle (CON) (n: 5). Para os í­ndices morfológicos foram realizadas coletas de circunferência abdominal, relação cintura quadril, í­ndice de massa corporal e percentual de gordura. Para índices cardiovasculares foram coletados dados de VO2 máx, FC pós exercí­cio, e PA de repouso. Os grupos de treinamento apresentaram dados menores de %G e circunferência abdominal comparados com grupo CON. O grupo AE apresentou melhores í­ndices de RCQ e IMC comparado com CON e melhores í­ndices de VO2máx e FCpós que todos os grupos. O grupo TF+AE apresentou valores menores de PAD comparado com grupo CON, e apresentou melhores valores de VO2máx e FCpós comparado com os grupos TF e CON. Todos os grupos de treinamento foram eficazes para diminuição de í­ndices morfológicos e cardiovasculares. Porém, parece que o AE e o TF+AE são mais recomendados para o controle e prevenção de doenças que estão associadas com o aumento destes í­ndices.

Referências

-American College of Sports Medicine. Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 8thed. Lippincott Williams &Wilkins. 2010.

-Barroso, T.A.; Marins, L.B.; Alves, R.; Gonçalves, A.C.; Barroso, S.G.; Rocha, G.D. Association of central obesity with the incidence of cardiovascular diseases and risk factors. International Journal of Cardiovascular Sciences. Vol. 30. Num. 5. 2017. p. 416-424.

-Bello, P.B.D.; Coelho, C.C.R.; Rapatoni L.; Peria, F.M. Relationship between obesity and breast câncer. Official Journal of the Brazilian Society of Mastology. Vol. 28. Num. 1. 2018 p. 46-50.

-Carvalho, C.A.; Fonseca, P.C.; Barbosa, J.B.; Machado, S.P.; Santos, A.M.; Silva, A.A. Associação entre fatores de risco cardiovascular e indicadores antropométricos de obesidade em universitários de São Luís, Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 20. Num. 2. 2015. p. 479-90.

-Cayres, S.U.; Christofato, D.G.; Oliveira, B.A.; Antunes, B.M.; Silveira, L.S.; Júnior, I.F. Efeito de dois modelos de treinamento físico na composição corporal, variáveis metabólicas e hepáticas de jovens obesos. Journal of Physical Education. Vol. 25. Num. 2. 2014. p. 285-95.

-Costa, D.D.; Oliveira, L.D.; Lima, F.F.; Martins, C.M.; Lemos, L.F.; Silva, A.S. Monitoração das sensações auto-referidas dos estados de humor, estresse e recuperação e desempenho físico em atletas de tae kwon do durante um período pré competitivo. Motricidade. Vol. 13. 2017. p. 41-50.

-Freitas, A.V.; Prado, R.L.; Santos Silva, R.J.; Associação entre o percentual de gordura e o VO2máximo na estimativa de fatores de riscos relacionados à saúde em policiais militares do município de Aracaju-SE. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol. 1. Num. 1. 2007. p. 87-95.

-Flegal, K.M.; Carroll, M.D.; Kit, B.K.; Ogden, C.L. Prevalence of obesity and trends in the distribution of body mass index among US adults, 1999-2010. Jama. Vol. 307. Num 5. 2012. p. 491-497.

-Fontoura, A.S.D.; Formentin, C.M.; Abech, E.A. Guia Prático de Avaliação Física: Uma abordagem didática, abrangente e atualizada. Phorte. 2013. p. 261.

-Gomes, A.E.; Breda, L.; Canciglieri, P.H. Análise da composição corporal em função do treinamento concorrente em mulheres ativas. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 11. Num. 67. 2017. p. 461-468.

-Guedes, D.P.; Rocha, A.C. Avaliação Física para Treinamento Personalizado, Academias e Esportes: Uma Abordagem Didática, Prática e Atual. Phorte. 2013. p. 392.

-Guyton, A.C.; Hall, J.E. Fundamentos da fisiologia. São Paulo. Elsevier Editora.2012. p. 727.

-Kneubuehler, P.A.; Mueller, D. Aplicação e análise dos efeitos de sessões de exercício físico aeróbico e de resistência aplicada na academia ao ar livre no controle da hipertensão arterial. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. Vol.10. Num. 61. 2016. p. 663-670.

-Lemke, L.; Fernandes, D.Z.; Perussolo, L.; Weber, V.; Kihn, A.L.; Luz Eltchenchem, C.; Malfatti, C.R.; da Silva, L.A. Efeitos do treinamento resistido sobre parâmetros fisiológicos em homens destreinados. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 11. Num. 68. 2017. p. 582-587.

-Lins, T.C.; Valente, L.M.; Sobral Filho, D.C.; Barbosa, O. Relação entre a frequência cardíaca de recuperação após teste ergométrico e índice de massa corpórea. Revista Portuguesa de Cardiologia. Vol. 34. Num. 1. 2015. p. 27-33.

-Machado, F.R.; Cardoso, L.A.S.; Gonçalves, F.A. Comportamento da pressão arterialem uma sessão de treinamento concorrente. EFDeportes.com. Revista Digital. Vol.16. Num. 163. 2011.

-Mcardle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V.L. Fisiologia do Exercício: Nutrição, energia e desempenho humano. 8ªedição.Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2015.

-Moraes, C.D.; Zanesco, A. Pollock: Fisiologia Clínica do Exercício. Manole. 2013. p. 477.

-Moura, J.A.R. Antropometria e Composição Corporal: Protocolos de medidas, equações preditivas e novas estratégias de análise. Blumenau. Legere. 2014. 230 p.

-Neufer, P.D.; Bamman, M.M.; Muoio; D.M.; Bouchard, C.; Cooper, D.M.; Goodpaster, B.H.; Booth, F.W.; Kohrt, W.M.; Gerszten, R.E.; Mattson, M.P.; Hepple, R.T. Understanding the cellular and molecular mechanisms of physical activity-induced health benefits. Cell metabolism. Vol. 22. Num. 1. 2015. p. 4-11.

-Oliveira, B.A.; Rossi, F.E.; Buonani, C.; Diniz, T.A.; Monteiro, P.A.; Antunes, B.D.; Fernandes, R.A.; Freitas Júnior, I.F. Comparison between two models of training with regard to resting energy expenditure and body composition in obese adolescents. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Vol. 18. Num. 3. 2016. p. 268-276.

-World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva. WHO. 2010.

-Pattyn, N.; Cornelissen, V.A.; Eshghi, S.R.; Vanhees, L.; The effect of exercise on the cardiovascular risk factors constituting the metabolic syndrome. Sports medicine. Vol. 43. Num. 2. 2013. p. 121-33.

-Polito, M.D.; Cyrino, E.S.; Gerage, A.M.; do Nascimento, M.A.; Januário, R.S. Efeito de 12 semanas de treinamento com pesos sobre a força muscular, composição corporal e triglicérides em homens sedentários. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 16. Num. 1. 2010. p. 29-32.

-Schjerve, I.E.; Tyldum, G.A.; Tjonna, A.E.; Stolen, T.; Loennechen, J.P.; Hansen, H.E.; Haram, P.M.; Heinrich, G.; Bye, A.; Najjar, S.M.; Smith, G.L. Both aerobic endurance and strength training programmes improve cardiovascular health in obese adults. Clinical science. Vol. 115. Num. 9. Nov 1. 2008. p. 283-293.

-Silva, K.S.; Nahas, M.V.; Hoefelmann, L.P.; Lopes, A.D.; Oliveira, E.S. Associações entre atividade física, índice de massa corporal e comportamentos sedentários em adolescentes. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 11. Num. 1. 2008. p.159-168.

-Silva, L.A.; Watanabe, E.A.; Oliveira, R.D.; Junior, V.D. Correlação entre índice de massa corporal e circunferência abdominal em adultos e idosos. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. Vol.14. Num. 3. 2017. p. 275-285.

-Souza, L.; Garcia, D.R.; Ferreira, L.L. Fatores de risco cardiovascular e qualidade de vida em idosos ativos e sedentários. Revista Brasileira de Qualidade de Vida. Vol. 9. Num. 3. 2017. p. 223-233.

-Stewart, A.; Jones, M.M. International Society for Advancement of Kinanthropometry: International standards for anthropometric assessment.New Zealand. Lower Hutt. 2011. p. 137.

-Strasser, B.; Schobersberger, W. Evidence for resistance training as a treatment therapy in obesity. Journal of obesity. Vol. 2011. 2011. p. 01-09.

-Vaisberg, M.; Mello, M.T.D. Exercícios na saúde e na doença. Manole. 2010. p. 488.

Publicado
2020-05-03
Como Citar
Pianezzer, L., & Rodrigues, P. (2020). Comparação de í­ndices morfológicos e cardiovasculares entre praticantes do treinamento de força, treinamento aeróbio e treinamento concorrente. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 13(86), 995-1003. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1841
Seção
Artigos Científicos - Original