Comparação dos métodos pirâmide crescente e decrescente no aumento da força muscular

  • Mauro Lúcio Mazini Filho Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Desporto - Universidade Trás os Montes e Alto Douro - UTAD - Vila Real - Portugal. Programa de Graduação em Educação Fí­sica - Faculdades Sudamérica - Cataguases - Minas Gerais - Brasil. Programa de Graduação em Ciências Biológicas, Pedagogia e Engenharia de Produção - Faculdades Integradas de Cataguases (FIC /Grupo UNIS) - Cataguases - Minas Gerais - Brasil
  • Bernardo Minelli Rodrigues Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Enfermagem e Biociências - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO - Rio de Janeiro - Brasil. Programa de Graduação em Educação Fí­sica - Faculdades Sudamérica - Cataguases - Mínas Gerais - Brasil. Programa de Graduação em Educação Fí­sica - Fundação Universitária de Itaperuna - Itaperuna - Rio de Janeiro - Brasil
  • Osvaldo Costa Moreira Programa de de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciencias de la Actividad Física y el Deporte pelo Instituto de Biomedicina (IBIOMED) da Universidad de León - Espanha Programa de Graduação em Educação Física (Campus Florestal) - Universidade Federal de Viçosa - Minas Gerais - Brasil
  • Dihogo Gama Matos Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Desporto - Universidade Trás os Montes e Alto Douro - UTAD - Vila Real - Portugal
  • Carlos Magno Rabelo Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Atividades de Academia - Centro Universitário de Volta Redonda - UNIFOA - Volta Redonda - Rio de Janeiro - Brasil
  • Felipe José Aidar Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Desporto - Universidade Trás os Montes e Alto Douro - UTAD - Vila Real - Portugal
  • Saulo Paula Costa Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciências do Desporto - Universidade Trás os Montes e Alto Douro - UTAD - Vila Real - Portugal
Palavras-chave: Pirâmide crescente e decrescente, Força muscular, Teste de uma repetição máxima

Resumo

O objetivo deste estudo foi comparar o aumento de força a partir da aplicaçãodo método de treinamento conhecido como pirâmide, que se divide em crescente e decrescente. Participaram do estudo 22 indivíduos (Grupo A = 22,5 ± 4,2 anos; 170,8 ± 0,1cm; 72,64 ± 12 Kg; Grupo B = 21,70 ± 4,4 anos; 172,4 ± 0,1; 71,80 ± 5,7Kg), com no mínimo 06 (seis) meses de prática de atividades física resistida, os quais trabalharam os dois métodos de trabalho piramidal, de forma distinta, estando os indivíduos devidamente matriculados em academia no município de Miracema-RJ. Os grupos foram submetidos à familiarização e posteriormente àaplicação do teste de 1RM, a fim de ter conhecimento de seus limites de força máxima e a partir de então foram submetidos ao protocolo de treinamento, sendo a intensidade para o trabalho de pirâmide crescente de o 70%, 75%, 80% e 85% de 1 RM e com o método decrescente aintensidade de 85%, 80%, 75 % e 70%. Ao final do período de treinamento os grupos foram reavaliados, sendo submetidos novamente ao teste de 1RM a fim de mensurar os ganhos reais no método de treinamento aplicado. O emprego de técnicas da Estatística Descritiva visou caracterizar o universo amostral pesquisado. A análise inferencial foi feita inicialmente pelo teste Shapiro-Wilk para verificar a normalidade e homogeneidade pelo teste (Bartlett criterion). Para comparar o nível de força em cada exercício foi utilizado uma (ANOVA) para medidas repetidas (one-way), seguido de um post-hoc de Tuckey. Os dados indicam que os métodos pirâmide crescente e decrescente não apresentam efeitos agudos diferenciados em relação ao aumento de força.

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Publicado
2015-05-06
Como Citar
Mazini Filho, M. L., Rodrigues, B. M., Moreira, O. C., Matos, D. G., Rabelo, C. M., Aidar, F. J., & Costa, S. P. (2015). Comparação dos métodos pirâmide crescente e decrescente no aumento da força muscular. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 9(53), 240-249. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/734
Seção
Artigos Científicos - Original

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