Abordagem fisioterapêutica em paciente com lesão do nervo torácico longo dor associada à discinesia escapular: relato de caso

  • Catiúscia Martins de Santana Pereira Graduação em Fisioterapia, Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil.
  • Estevão Rios Monteiro Graduação em Fisioterapia, Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil; Graduação em Educação Física, Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil; Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil.
  • Alexsandro da Silva Oliveira Graduação em Fisioterapia, Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, Brasil.
Palavras-chave: Exercícios de alongamento muscular, Amplitude de movimento articular, Dor

Resumo

O nervo torácico longo é responsável pela inervação do músculo serrátil anterior, o principal estabilizador da escápula que uma vez comprometido, pode levar à fraqueza ou paralisia do músculo, ocasionando assim a discinesia escapular. Dentro desse contexto, o presente estudo tem como objetivo contribuir por meio de um relato de caso com as discussões referentes ao tratamento fisioterapêutico em pacientes com lesão do nervo torácico longo associado à discinesia escapular. Paciente do sexo masculino, 21 anos, com diagnóstico de lesão do nervo torácico longo. Apresentava dor na escápula e ombro direito, restrição de amplitude de movimento para os movimentos de flexão e abdução e diminuição na força de preensão palmar. Os instrumentos de avaliação usados foram a Escala Visual Analógica, a goniometria e o Teste do Esfigmomanômetro Modificado. A avaliação funcional do membro superior foi feita por meio da escala Shoulder Pain and Disability Index. O programa de tratamento proposto foi baseado em condutas de exercícios terapêuticos voltados para os músculos estabilizadores da escápula de forma gradual, durante 4 semanas. Os resultados apontaram que a proposta de tratamento fisioterapêutico foi eficaz na diminuição do quadro álgico, aumento da força muscular, aumento da amplitude de movimento e melhora da capacidade funcional. O Tratamento fisioterapêutico baseado em exercícios terapêuticos com ênfase nos músculos estabilizadores da escápula mostrou-se efetivo na recuperação de um paciente com lesão do nervo torácico longo associado à discinesia escapular.

Referências

-Andrew, D.; Vigotsky, R.; Bruhns, P. The Role of Descending Modulation in Manual Therapy and Its Analgesic Implications: A Narrative Review,” Pain Research and Treatment. Vol. 2015. 11 p. 2015. doi: 10.1155/2015/292805.

-Bley, A. S.; Lucarelli, P. R. G.; Marchetti, P. H. Discinesescapular: Revisão sobre implicações clínicas, aspectos biomecânicos, avaliação e reabilitação. Revista CPAQV. Vol. 8. Núm. 2. p. 2-10. 2016.

-Boonstra, A. M.; Schiphorst Preuper, H. R.; Reneman, M. F.; Posthumus, J. B.; Stewart, R. E. Reliability and validity the visual analougue scale for disability in patients with chronic musculoskeletal pain. Int J Rehabil Res. Vol. 31. Núm. 2. p. 165-169. 2008.

-Bunkhart, S. S.; Morgan, C. D.; Kibler, W. B. The disable throwing shoulder: spectrum of pathology part I: Pathoanatomy and biomechanics. Arthroscopy. Vol. 19. Núm. 4. p. 404-420. 2003.

-Cerqueira, W. A;, Barbosa, L. A.; Bergmann, A. Prosposta de conduta fisioterapêutica para o atendimento ambulatorial nas pacientes com escápula alada após linfadenectomia axilar. Rev Bras Can. Vol. 55. Núm. 2. p. 115-120. 2009.

-Ferreira, R.; Neuphart, M. J.; Ascensão, A.; Magalhães, J.; Duarte, J.; Amado, F. Atrofia muscular esquelética. Modelos experimentais, manifestações teciduais e fisiopatologia. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Vol. 4. Núm. 3. p. 94:111. 2004.

-Kibler, W. B.; Uhl, T. L.; Massux, J. W. Q.; Brooks, P. V.; Zeller, B.; McMullen, J. Qualitative clinical evaluation of scapular dysfunction: a reliability study. J Shoulder Elbow Sur. Vol. 11. Núm. 6. p. 550-556. 2002.

-Moura, K. F.; Monteiro, L. R.; Lucareli, P. R. G.; Fukuda, T. Y. Rehabilitation of subacromial pain syndrom emphasizing scapular dyskinesis in amatuer athletes: A case series. Int J Sports Phys Ther. Vol. 11. Núm. 4. p. 1-12. 2016.

-Otter, S. J.; Agalliu, B.; Baer, N.; Hales, G.; Harvey, K.; James, K. The reliability of a smartphone goniometer application compared with a traditional goniometer for measuring first metatarsophalangeal joint dorsiflexion. Journal of Foot and Ankle Resear. Vol. 8. Núm. 30. 2015.

-Pontin, J. C. B.; Stadniky, S. P.; Suehara, P. T.; Costa, T. H.; Chamlian, T. R. Avaliação estática do posicionamento escapular em indivíduos normais. Acta Ortop Bras. Vol. 21. Núm. 4. p. 208-212. 2013.

-Silva, J. B.; Gerhardt, S.; Pacheco, I. Síndrome do aprisionamento fascial do nervo torácico longo: escápula alada. Rev Bras Ortop. Vol. 50. Núm. 5. p. 573-577. 2015.

-Souza, L. A. C.; Martins, J. C.; Moura, J. B.; Teixeira-Salmela, L. F.; Paula, R. F. V.; Faria, C. D. C. M. Assessment of muscular strength with the modified sphygmomanometer test: what is the best method and source of outcome values? Braz J Phys Ther. Vol. 18. Núm. 2. p. 191-200. 2014.

-Stapait, E. L.; Dalsoglio, M.; Ehlers, A. M.; Santos, G. M. Fortalecimento dos estabilizadores da cintura scapular na dor no ombro: revisão sistemática. Fisioter Mov. Vol. 26. Núm. 3. p. 667-675. 2013.

-Virtuoso, J. F.; Balbé, G. P.; Hermes, J. M.; Amorim Júnior, E. E.; Fortunato, A. R.; Marzo, G. Z. Força de preensão manual e aptidões físicas: um estudo preditivo com idosos ativos. Rev Bras Geriatr. Vol. 17.Núm. 4. p. 775-784. 2014.

Publicado
2022-08-06
Como Citar
Pereira, C. M. de S., Monteiro, E. R., & Oliveira, A. da S. (2022). Abordagem fisioterapêutica em paciente com lesão do nervo torácico longo dor associada à discinesia escapular: relato de caso. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(98), 467-473. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2491
Seção
Artigos Científicos - Original