Associação da aptidão muscular isolada e combinada com fatores de risco cardiovascular em adolescentes brasileiros: um estudo transversal
Resumo
O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre aptidão muscular e fatores de risco cardiovascular em adolescentes. A amostra foi composta por 1752 adolescentes (907 do sexo feminino), com idade média de 14,24±1,6 anos. A aptidão muscular foi mensurada pelos testes de pressão manual, salto horizontal e resistência abdominal. O escore da aptidão muscular foi calculado por meio da média da soma do z-escore de cada teste muscular. Os fatores de risco cardiovascular avaliados foram índice de massa corporal (IMC), pressão arterial sistólica e diastólica, e aptidão cardiorrespiratória (ACR) (vai e vem 20 metros). O escore do risco cardiovascular agrupado (RCV) foi calculado por meio da média da soma do z-escore de cada fator de risco. O sexo masculino apresentou melhor desempenho em todos os testes em comparação ao feminino (p<0,01). A força de preensão manual, a distância do salto horizontal e o número de repetições do teste de resistência abdominal apresentaram associações inversas significativas com o IMC e RCV, e positivas com ACR em ambos os sexos. Considerando o escore de aptidão muscular agrupado no sexo masculino, foram encontradas associações significativas com IMC (β= -0,360; p <0,01), ACR (β= 0,352; p <0,01) e RCV (β= -0,303; p <0,01). Para o sexo feminino, associações significativas foram encontradas para ACR (β= 0,407; p <0,01) e RCV (β= -0,278; p <0,01). O presente estudo sugere que uma maior aptidão muscular está relacionada com um menor risco cardiovascular em adolescentes de ambos os sexos.
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