Comportamento de parâmetros fisiológicos e a eficácia do auto selecionamento de carga em supino reto

  • Autran José da Silva Júnior Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, campus Muzambinho. Muzambinho, Minas Gerais, Brasil; Educação Física, Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé, Minas Gerais, Brasil.
  • Natália Araújo Assis Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, campus Muzambinho. Muzambinho, Minas Gerais, Brasil.
  • Higor Fulas de Castro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, campus Muzambinho. Muzambinho, Minas Gerais, Brasil.
Palavras-chave: Auto selecionamento de carga, Teste de 10RM, Supino reto, Parâmetros fisiológicos

Resumo

Atualmente há um grande interesse no treinamento resistido em academias e clubes, popularizando e tornando uma modalidade de esforço físico tanto para os homens quanto para as mulheres. Este interesse elevou o número dos alunos matriculados, o que exigiu uma maior atenção dos professores. Os tradicionais modelos de prescrição de treinamento passaram a não ser mais eficientes para um número elevado de interessados. Assim, prescrever treinamento pelas metodologias de 1RM e zonas de treinamento foram inviabilizadas, surgiu outro modelo: o auto selecionamento de carga. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da metodologia de auto selecionamento de carga para 10 repetições máximas (10RM) no exercício supino reto em duas execuções e comparar o comportamento dos parâmetros antropométricos, cardiovasculares, cansaço subjetivo no esforço e bioquímicos pré e pós a realização deles. O estudo constou de 13 voluntários, sexo masculino, 25,1±5,9 anos, 6 meses de treinamento de hipertrofia muscular e realizaram 3 testes, 1RM e dois 10RM. Foram analisados, carga, %1RM, número de repetições, parâmetros cardiovasculares, glicemia e OMNI. Quando comparados os testes de 10RM observou-se que no 2º teste um percentual de 55% de acerto do auto selecionamento de cargas em relação ao 1º 10RM. Não foram observadas diferenças significativas entre os parâmetros estudados. Os autores concluíram que o auto selecionamento de carga é uma ferramenta importante na prescrição de treinamento em academias de musculação, porém necessita de aprendizagem.

Referências

-ACSM. American College of Sports Medicine. Progression models in resistance training for healthy adults. Med Sci Sports Exerc. Vol. 34. Núm. 2. p.364-80. 2002.

-Barbosa Netto, S.; D’ancelino e Porto, O.; Almeida, M. B. Self-selected resistance exercise load: implications for research and prescription. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 31. Núm. 10. 2017.

-Bezerra, E. S.; Guimarães, T. M.; Gailey, A. W.; Leone, R.; Brennecke, A.; Acquesta, F.; Serrão, J. C.; Amadio, A. C.; Sena, R.; Miranda, H.; Simão, R. Variabilidade da carga no teste de 10RM em indivíduos treinados. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 3. Núm.18. p.559-565. 2009.

-Brown, L. E.; Weir, J. P. ASEP Procedures Recommendation I: Accurate Assessment of Muscular Strength and Power. JEPonline. Vol. 4. Núm. 3. p.1-21.2001.

-Buçard, R. N.; Nunes, C. N. B.; Luchi, T.; Melo A. B.; Carvalho, J. R.; Curty, V. M. A experiência e inexperiência com o treinamento de força podem influenciar o número de repetições máximas previstas para carga de 10RM declarada. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 11. Núm. 70. Suplementar 1. p.801-808. 2017.

-Delavier, F. Guia dos movimentos de musculação abordagem anatômica. São Paulo. Manole. 2022.

-Figueiredo, V. C.; Salles, B. F.; Trajano, G. S. Volume for muscle Hypertrophy and Health Outcomes: The Most Effective Variable in Resistence Training. Sports Med. 2018

-Fry, A. C. The role of resistance exercise intensity on muscle fibre adaptations. Sports Med. Vol. 34. Núm. 10. p.663-679. 2004.

-Gibson, A. L.; Holmes, J. C.; Desautels, R. L; Edmonds, L. B; Nuudi, L. Ability of new octapolar bioimpedance spectroscopy analyzers to predict 4-component–model percentage body fat in Hispanic, black, and white adults. The American Journal of Clinical Nutrition. Vol. 87. Núm. 2. p. 332-338. 2008. http://dx.doi.org/10.1093/ajcn/87.2.332.

-Glass, S. C. Effect of a learning trial on self-selected resistance training load. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 22. Núm. 3. p1025-1029. 2008.

-Guedes, D. P. Personal training na musculaçâo. 2ª edição. Rio de Janeiro. 1997.

-Hoeger, W.; Hopkins, D. R.; Barette, S. L.; Hale, D. F. Relationship between repetitions and selected percentages of one repetition maximum. J Appl Sport Sci Res. Vol. 4. p. 47-54. 1990.

-Johnson, J. H.; Phipps, L. K. Preferred method of selecting exercise intensity in adult women. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 20. Núm. 2. p.446-9. 2006.

-Kandel, E. R.; Schwartz, J. H.; Jessel, T. M.; Siegelbaum, S. A.; Hudspeth, A. J. Principles of neural science. 5ª edição. New York: McGrawn Hill. 2013.

-Kenney, W. L.; Wilmore, J. H.; Costill, D. L. Physiology of sport and exercise. 8a edição. Champaign. 2021.

-Koeppen, B. M.; Stanton, B. A. Berne & Levy physiology. 7a edição. Philadelphia. Elsevier. 2018.

-Kraemer, W. J.; Fleck, S. J. Otimizando o treinamento de força: programas de periodização não-linear. Manole. 2009.

-Lagally, K.M.; Robertson, R. J. Construct valid- ity of the OMNI Resistance Exercise Scale. J. Strength Cond. Res. Vol. 20. Núm. 2. p.252-256. 2006.

-McArdle, W. D.; Katch, F. I.; Katch, V. L. Fisiologia do Exercício nutrição, energia e desempenho humano. 8ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2016.

-Matuszak, M. E.; Fry, A. C.; Weiss, L. W.; Ireland, T. R.; McKnight, M. M. Effect of rest interval length on repeated 1 repetition maximum back squats. J Strength Cond Res. Vol. 17. Núm. 4. p.634-637. 2003.

-Rhea, M. R.; Alvar, B. A.; Burkett, L. N.; Ball, S. D. A Meta-Analysis to Determine the Dose Response for Strength Development. Med. Sci. Sports Exerc. Vol. 35. Núm. 3. p.456-464. 2003.

-Schoenfeld, B. J. The Mechanisms of Muscle Hypertrophy and Their Application to Resistance Training. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 24. Núm. 10. 2010.

-Silva Junior, A. J.; Souza, M. V. C.; Tomaz, L. M.; Bertucci, D. R.; Souza, G. S.; Vanevazzi, G. H. R.; Filho, J. C.; Neto, C. J.; Ruffoni, L. D.; Souza, N. M. F.; Arakelian, V. M.; Ramos, A. P. P; Neiva, C. M.; Baldissera, V. Estudo do comportamento cortisol, GH e insulina após uma sessão de exercício resistido agudo. Rev Bras Med Esporte. Vol. 20. Núm. 1. 2014.

-Soares, V. G.; Fernandes, Y. A.; Garcia, W. J. M., Lemes, S. R. Análise comparativa entre a glicemia laboratorial e o teste rápido de glicose. Revista da Faculdade União Goyazes, Trindade-GO. Vol. 13. Núm.1. 2019.

Publicado
2023-07-27
Como Citar
Silva Júnior, A. J. da, Assis, N. A., & Castro, H. F. de. (2023). Comportamento de parâmetros fisiológicos e a eficácia do auto selecionamento de carga em supino reto. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 17(109), 259-271. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2735
Seção
Artigos Científicos - Original