Análise aguda da força máxima após treinamento aeróbico

  • Eliene Nunes de Sousa Pós-graduação lato sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Gama Filho
  • Fábio Borges Nunes Pós-graduação lato sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Gama Filho
Palavras-chave: Treinamento de força, Treinamento concorrente, Interferência

Resumo

Objetivo: O presente estudo se dedica em analisar se há interferência do treinamento aeróbico na produção da força nos exercícios supino reto (SR), leg press 45º (LP) e rosca bíceps (BC). Metodologia: A amostra foi composta por 8 indivíduos treinados de ambos os sexos com idade média de 27,2 anos ± 5,12 e altura de 169,7 cm ± 10,7. Na primeira fase do experimento se deu a coleta de dados e verificação da força máxima através do teste de 1RM; na segunda fase foi executado um protocolo de treinamento de força (TF) a 70% de 1RM com três séries até a falha concêntrica e intervalo de três minutos entre as séries e na terceira fase se deu a execução de um protocolo de treinamento concorrente (TC) com 20 minutos de treinamento aeróbico a 70-75% da FCmáx. precedendo o TF. Resultados: Os resultados dos testes demonstramque não houve diferença significativa na média de repetições no protocolo TF quando comparado com a média de repetições no protocolo TC para os exercícios LP 48,7±10,32; 45,1±15,01 e BC 29,5±3,82; 29,1±4,45 (p>0,05), porém foi verificada diferença significativa entre os protocolos no exercício SR 36,7±6,57; 34,7±5,49 (p<0,05). Conclusão: O treinamento aeróbico com intensidade de 70 a 75% da FCmáx. Quando executado durante 20 minutos antes do treinamento de força afetou o desempenho da força no exercício SR, porém, não houve diferença significativa nos exercícios LP e BC.

Biografia do Autor

Fábio Borges Nunes, Pós-graduação lato sensu em Musculação e Treinamento de Força, Universidade Gama Filho

Graduação em Educação Fí­sica pela Universidade Estadual de Goiás (2009), especialização em Musculação e Treinamento de Força pela Universidade Gama Filho - RJ (2011), especialização em Fisiologia do exercí­cio: Prescrição de exercí­cios pela Universidade Gama Filho - RJ (2013). Tem experiência na área de Educação Fí­sica, com ênfase em Treinamento de Força e Atividade Fí­sica na Qualidade de Vida.

Referências

-Alves, B. P. Treinamento concorrente: influência de um exercício aeróbico no número máximo de repetições realizadas no exercício supino livre. 2009.

-Bell, G.; e colaboradores. Effect of concurrent strength and endurance training on skeletal muscle properties and hormone concentrations in humans. Eur J Appl Physiol. Vol. 81. Núm. 5. p. 418-27. 2000.

-Ben, C.; Sporer, H.A. Wenger. Effects of Aerobic Exercise on Strength Performance Following Various Periods of Recovery. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 17. Núm. 4. p. 638-644. 2003.

-Guedes, D. P. Treinamento concorrente-abordagem atual. Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício. 2004.

-Docherthy, D.; Sporer, B. A proposed model for examining the interference phenomenon between concurrent aerobic and strength training. Sports Med. Vol. 30. p. 385-94. 2000.

-Kraemer, W.J.; Patton, J.F.; Gordon, S.E.; Harman, E.A.; Seschenes, M.R.; Reynolds, K.; Newton, R.U.; Triplett, N.T.; Dziados, J.D. Compatibility of high-intensity strength and endurance training on hormonal and skeletal muscle adaptations. J Appl Physiol. Vol. 78. p. 976-989. 1995.

-Leveritt, M.; Abernethy, P.J.; Barry, B.K.; Logan, P.A. Concurrent strength and endurance training. Sports Med. Vol. 28. p. 413-27. 1999.

-Leveritt, M.; Abernethy, P.J.; Barry, B.; Logan, P.A. Concurrent strength and endurance training: the influence of dependent variable selection. J Strength Cond Res. Vol. 17. Núm. 3. p. 503-8. 2003.

-Lemos, A. L. P. G.; Simão, R.; Monteiro, W.; Polito, M. D.; Novaes, J. Desempenho da força em idosas após duas intensidades do exercício aeróbio. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 14. p. 28-32. 2008.

-Lira, F. S.; Oliveira, R. S. F.; Julio, U. F.; Franchine, E. Consumo de oxigênio pós-exercícios de força e aeróbio: efeito da ordem de execução. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 13, p. 1-5, 2007.

-McCarthy, J.P.; Pozniak, M.A.; Agre, J.C. Neuromuscular adaptations to concurrent strength and endurance training. Med Sci Sports Exerc. Vol. 34. Núm. 3. p. 511-519. 2002.

-Raddi, L. L. O.; Gomes, R.; Charro, M. A.; Bacurau, R. F.; Aoki, M. S. Treino de corrida não interfere no desempenho de força de membros superiores. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 14. p. 544-547. 2008.

-Robergs, R.A.; Roberts, S.O. Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício: para aptidão, Desempenho e Saúde.Phorte. 2002.

-Silva, D. A.; Navarro, A. C. Interferências do Treinamento de Endurance no ganho de Força e Massa Muscular. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. p. 37-46. 2007.

-Volek, J.S.; e colaboradores. Testosterone and cortisol in relationship to dietary nutrients and resistence exercice. J Appl Physiol. Vol. 82. p. 49-54. 1997.

Publicado
2014-12-12
Como Citar
Sousa, E. N. de, & Nunes, F. B. (2014). Análise aguda da força máxima após treinamento aeróbico. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 8(49), 680-685. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/679
Seção
Artigos Científicos - Original