Efeitos do exercí­cio fí­sico de força sobre o desenvolvimento ósseo em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática

  • José Nunes da Silva Filho Universidade Gama Filho (RJ) Stricto Sensu
  • Roberto Claudio da Fonseca e Silva e Costa Cordeiro Universidade Estácio de Sá (UNESA/RJ)
  • Adelmax Pedral Cruz Faculdade de Ciências Humanas e Sociais [AGES - Paripiranga/BA].
  • José Roberto de Maio Godoi Filho Docente da Universidade Federal de Rondônia [UNIR - Porto Velho/RO].
  • Bruno Saraiva Especialista em Fisiologia do Exercí­cio (UFSCAR - São Carlos/SP].
  • Robson Alex Ferreira Docente da Universidade Estadual do Mato Grosso [UNEMAT - Cáceres/MT].
Palavras-chave: Atividade física, Treinamento, Crescimento, Osso, Crianças

Resumo

Introdução: ainda há muita controversa sobre os benefícios e riscos sobre os exercícios de força para crianças e adolescentes. Objetivo: da presente revisão foi verificar a influência do exercício físico força no crescimento ósseo de crianças e adolescentes, buscando encontrar indícios científicos sobre hipóteses de lesões ou problemas ósseos em crianças e adolescentes oriundas do exercício físico de força. Métodos: O estudo foi uma revisão Sistemática previamente cadastrada na PROSPERO, seguindo as instruções metodológicas descritas nas Normas PRISMA. A busca de dados iniciou com a escolha dos termos chaves e seus sinônimos, seguindo os descritores de saúde no Desc (http://decs.bvs.br) e no Mesh (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/), seguida de filtros nas bases de dados nacionais e internacionais: PubMed, Scielo, PEDro, e Google Acadêmico. Resultados: foram encontrados depois de atendidos os critérios de inclusão dos estudos, uma seleção de 14 artigos originais, e 12 revisões sistemáticas que abordavam o tema. Conclusão: a presente pesquisa detectou que o exercício físico de força mostra-se inteiramente confiável para o treinamento de crianças e adolescentes.

Biografia do Autor

José Nunes da Silva Filho, Universidade Gama Filho (RJ) Stricto Sensu

Mestrando em Educação Fí­sica (Ciências do Exercí­cio e do Esporte - UGF/RJ); Pós Graduando em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição do Exercí­cio (UGF/SP - 2013); Pós Graduado em Psicopedagogia Clí­nico-Institucional (ESAB/ES - 2011); Graduado em Educação Fí­sica (ESEFAP/Tupã-SP - 2009). Experiência profissional em Treinamento Resistido na Saúde e na Doença. Fui Coordenador Geral de Atividade Fí­sica na Empresa Corpo & Vida e SESI Academia,Body e Life Academia (Dez/2011 a Fev/2013).

 

Adelmax Pedral Cruz, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais [AGES - Paripiranga/BA].

Docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais [AGES - Paripiranga/BA].

Bruno Saraiva, Especialista em Fisiologia do Exercí­cio (UFSCAR - São Carlos/SP].

Especialista em Fisiologia do Exercí­cio (UFSCAR - São Carlos/SP].

Robson Alex Ferreira, Docente da Universidade Estadual do Mato Grosso [UNEMAT - Cáceres/MT].

Doutorando em Educação pela UNESP de Presidente Prudente/SP.

Referências

-ACSM (American College of Sports Medicine). Diretrizes do ACMS para os Testes de Esforço e sua Prescrição. Guanabara. 2010.

-Alves, C.; Lima, R.V.B. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Revista Paulista de Pediatria. Vol. 26. Núm. 4. p. 383-91. 2008.

-Anliker, E.; e colaboradores.Effects of jumping exercise on maximum ground reactionforce and bone in 8-to 12-year-old boys and girls: a 9-month randomized controlled trial. J Musculoskelet Neuronal Interact. Vol. 12. Núm. 2. p. 56-67. 2012.

-Arruda,M. C. Musculação: Diabéticos, Osteoporóticos, Idosos, Crianças e Obesos. 3ª edição. Sprint. 2004.

-Barbanti, V. Manifestações da força motora no esporte de rendimento. In. Barbanti, V.; Amadio, A.; Bento, J.; Marques, A. (Eds.). Esporte e atividade física. Manole. 2002.

-Braga, F. Programas de Treinamento de Força para Escolares sem uso de Equipamentos. Ciência E Conhecimento: Rev. Ele Ulbra. Vol. 3. p. 1-8. 2008.

-Câmara, L.C.; Santarém, J.M. Exercícios resistidos para crianças e adolescentes: segurança, eficácia e treinamento. Revista Médica Hospital Ana Costa. Vol. 4. Núm. 8. p. 1-10. 2006.

-Faigenbaum, A. Youth resistance Training. President’s Council on Physical Fitness and Sports. Vol. 4. Núm. 3. 2003.

-Fleck,S.J.;Kraemer. W. Otimizando o Treinamento de Força: Programas de Periodização não-linear. Manole. 2009.

-Fuchs, R.K.; Snow, C.M. Gains in hip bone mass from high-impact training are maintained: a randomized controlled trial in children. J Pediatr. Vol. 141. Núm.3. p. 357-362. 2002.

-Gallagher, J.D. Oliveira, A.R.O. Treinamento de Força Muscular em Crianças: Novas Tendências. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Vol. 2. Núm. 3. p. 79-90. 1997.

-Graves, J.M; Franklin, B.A. Treinamento Resistido na Saúde e Reabilitação. Rio de Janeiro. Revinter. 2006.

-Gunter, K.; e Colaboradores. Impact Exercise Increases BMC During Growth: An 8-Year Longitudinal Study. Journal of Bone and Mineral Research. Vol. 23. Núm. 7. p. 986-993, 2008.

-Haapasalo, H.; e Colaboradores. Effect of Long-Term Unilateral Activity on Bone Mineral Density of Female Junior Tennis Players. Journal Of Bone And Mineral Research. Vol. 13. Num. 2. p. 310-319. 1998.

-Karam, F.C.; Meyer, F. Influência do esporte na fase de crescimento e maturação do esqueleto. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol. 3. Núm. 3. p. 79-81. 1997.

-Kontulainem, S.A.; e Colaboradores. Does previous participation in high-impact training result in residual bone gain in growing girls? One-year follow-up of a 9-month jumping intervention. IntJ Sports Med. Vol. 23. Núm. 8. p. 575-581. 2002.

-Lakatos, E.M.; Marconi, M.A. Fundamentos de Metodologia científica. 5ª edição. Atlas. São Paulo. 2003.

-Maia, C.T.M.; Araújo, D.M.E. Os Efeitos da Prática da Musculação em Jovens da Cidade de Teresina-Pi, na Faixa Etária dos 12 aos 16 Anos. In: ANAIS do II Encontro de Educação Física e Áreas Afins Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Física-NEPEF, UFPI. 26/10/2007. Disponível em:< http://www.fabiotadeupersonal.com.br/system/avatars/8/original/Musculacao%20prejudica%20jovem.pdf>. Acessado em: 22/07/2013.

-Marques Junior, N.K.; Silva Filho, J.N. Treino de força para o karateca do estilo Shotokan especialista no Kumite. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 7. Núm. 41. p. 506-533. 2013. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/585/521>

-Mackelvie, K.J.; e Colaboradores. A school-based exercise intervention increases bone mineral buildup in early pubertal girls. Med Sci Sports Exerc. Vol. 45. Núm. 1. p. 36-42. 2013.

-Maggio, A.B.; e Colaboradores. Physical activity increases bone mineral density in children with type 1 diabetes. Med Sci Sports Exerc. Vol. 44. Núm. 7. p. 1206-1211. 2012.

-Mccambridge, T. M., e Colaboradores. Strength training by children and adolescents. Pediatrics. Vol. 121. Núm. 4. p. 835-840. 2008.

-Moher, D.; Liberati, A.; Tetzlaff, J.; Altman, D.G, The PRISMA Group (2009). Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med 6(6). Disponível em:<http://www.prisma-statement.org/index.htm>. Acessado em: 15/12/2012.

-Pedro, Physiotherapy Evidence Database. Disponível em: <http://www.pedro.org.au/>. Acessado em: 15/07/2013.

-Prospero, Centre for Reviews and Dissemination. International propective register of systematic reviews. Disponível em:<http://www.york.ac.uk/inst/crd/index.htm>. Acessado em: 02/03/2013.

-Santarém, J.M. Musculação em todas as idades: Comece a praticar antes o seu médico recomende. Barueri. Manole. 2012.

-Segura, D.C.A. Efeitos Da Prática Da Grd Sobre A Densidade Mineral Óssea Em Adolescentes Pré-Púberes. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC. Santa Catarina. 2002.

-Silva Filho, J.N. Treinamento de Força e Seus Benefícios Voltados para Um Emagrecimento Saudável. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Vol. 7. Núm. 40. p. 329-338, 2013. Disponível em: <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/525/499>

-Simão, R. Treinamento de força na Saúde e Qualidade de Vida. São Paulo. Phorte. 2004.

-Simão, R. Fisiologia e Prescrição de Exercícios para grupos especiais. 3ª edição. Phorte. São Paulo. 2007.

-Sousa, C.A.; Barrerto, S.J. A influência da musculação no crescimento, tônus, força e obesidade de meninos entre 10 a 13 anos da escola de Barão do Rio Branco de Blumenau/SC. Revista Kinesis. Núm, 28. p. 21-29. 2003.

-Sandstedt, E.; e Colaboradores. Bone health in children and adolescents with juvenile idiopathic arthritis and the influence of short-term physical exercise. Pediatr Phys Ther. Vol. 24. Núm. 2. p. 155-161. 2012.

-Shanmugam, C.; Maffulli, N. Sports injuries in children. British Medical Bulletin. Vol. 33. Núm. 86. p. 33-57. 2008.

-Tournis, S.; e Colaboradores. Effect of Rhythmic Gymnastics on Volumetric Bone Mineral Density and Bone Geometry in Premenarcheal Female Athletes and Controls. J.Clin. Endocrinol Metab. Vol. 95. Núm. 6. p. 2755-2762. 2010.

-Yu, C.C.; e Colaboradores. Effects of strength training on body composition and bone mineral content in children who are obese. J Strength Cond Res. Vol. 19. Núm. 3. p. 667-672. 2005.

Publicado
2015-01-04
Como Citar
Silva Filho, J. N. da, Cordeiro, R. C. da F. e S. e C., Cruz, A. P., Godoi Filho, J. R. de M., Saraiva, B., & Ferreira, R. A. (2015). Efeitos do exercí­cio fí­sico de força sobre o desenvolvimento ósseo em crianças e adolescentes: uma revisão sistemática. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 9(51), 40-47. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/716
Edição
v. 9 n. 51 (2015)
Seção
Artigos Científicos - Original

Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).