Análise da frequência cardí­aca de atletas de powerlifting em situação competitiva

  • Rafael Mafra Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio/Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Licenciado em Educação Fí­sica pela Fundação Universitária Regional de Blumenau - FURB
  • Francisco Carlos da Costa Programa de Pós Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercí­cio/Prescrição do Exercí­cio da Universidade Gama Filho - UGF. Licenciado em Educação Fí­sica pela Fundação Universitária Regional de Blumenau - FURB
  • João Augusto Reis de Moura Doutor em Avaliação e Prescrição de Exercí­cio Fí­sico pela UFSM
Palavras-chave: Frequência cardíaca, Exercício, Powerlifting

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar o comportamento da Freqüência Cardíaca (FC) de atletas de powerlifting em situação competitiva e a possível modulação da FC em função do gênero do atleta, tipo de exercício realizado na competição, momento competitivo (aproximação versus performance) e tentativa inicial ou final de levantamento da quilagem. Vinte atletas de elite nacional (nove homens e onze mulheres) voluntários, saudáveis e participantes do XXIII Campeonato Brasileiro de Powerlifting no ano de 2004 foram monitorados a partir do aquecimento até o momento em que o atleta deixava o tablado competitivo. A FC foi monitorada somente nos exercícios agachamento e levantamento através do cinto, sensor e relógio de frequencímetro, e registrou-se a FC somente na primeira e última tentativa e para efeito de registro estatísticos da variável dependente (FC), o menor valor computado no intervalo de tempo entre aquecimento e execução do movimento e saída do tablado competitivo foi considerado a Freqüência Cardíaca de Aproximação (FCA) e o maior valor foi considerado a Freqüência Cardíaca de Pico (FCP). De forma geral nossos resultados demonstram que não há diferença significativa no comportamento da FC entre gêneros (p= 0,667), tentativa (p= 0,567) e exercícios (p= 0,741) somente o momento competitivo apresentou diferenças altamente significativas (p= 0,000). Conclui-se que não há diferença significativa no comportamento da FC entre gêneros, tentativa e exercício e que o fator preponderante na modulação da FC é a intensidade de contração muscular realizada.

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Publicado
2011-12-11
Como Citar
Mafra, R., da Costa, F. C., & Moura, J. A. R. de. (2011). Análise da frequência cardí­aca de atletas de powerlifting em situação competitiva. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 2(7). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/72
Seção
Artigos Científicos - Original