Relação entre biomarcadores salivares e desempenho em corrida de longa distância

  • Barbara de Moura Mello Antunes UNESP - Presidente Prudente
  • José Gerosa-Neto Exercise and Immunometabolism Research Group, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Camila Yuri Haraguchi Exercise and Immunometabolism Research Group, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Rodrigo Xavier Neves Cancer Metabolism Research Group, Department of Cell Biology, Institute of Biomedical Sciences, University of Sao Paulo (USP), São Paulo, Brazil.
  • Helton S Souza Departamento de Psicobiologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, Brazil.
  • Romulo Araujo Fernandes Laboratory of Investigation in Exercise, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente, São Paulo , Brazil
  • Fabio Santos Lira Laboratory of Investigation in Exercise, Department of Physical Education, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente, São Paulo , Brazil
Palavras-chave: Corrida, Hormônios, Saliva, Desempenho esportivo

Resumo

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar os níveis de cortisol e alfa amilase salivar em resposta a corrida de longa distância de acordo com variáveis de desempenho como distância acumulada, tempo total e velocidade de corrida em atletas. Métodos: Oito atletas (idade entre 21 ± 2 anos, í­ndice de massa corporal de 20 ± 1 kg / m2) completaram um total de 259 km em 17 horas, ao longo de 3 dias. A distância, tempo total e velocidade durante a corrida foram computados, e amostras de saliva foram coletadas no perí­odo da manhã e noite, durante 3 dias. Para análises estatí­sticas, correlações de Pearson entre as variáveis foram realizadas. Resultados: A variação de distâncias foi ≈ 7-54 km, tempo total foi ≈ 32 a 198 minutos e a velocidade de execução foi entre 13 e 16,5 km / h. Correlações de Pearson mostraram relações positivas entre cortisol salivar e a distância (r = 0,81, p <0,01), tempo total de corrida (r = 0,77, p <0,02) e velocidade durante a corrida (r = 0,89, p <0,002). Além disso, não foi observado correlaçes com a alfa-amilase salivar. Conclusões: Com base nesse resultado, a distância acumulada, o tempo total e velocidade exibem correlações positivas com cortisol salivar, mas não com a alfa-amilase salivar. Estes dados mostram que uma resposta endócrina é continuamente exigida na corrida de longa distância.

Referências

-Allgrove, J.E.; Gomes, E.; Hough, J.; Gleeson, M. Effects of exercise intensity on salivary antimicrobial proteins and markers of stress in active men. Journal of Sports Sciences. Vol. 26. Num. 6. 2008. p. 653-661.

-Costa, R.J.S.; Fortes, M.B.; Richardson, K.; Bilzon, J.L.J.; Walsh, N.P. The effects of post-exercise feeding on saliva IgA and anti-microbial proteins. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolim. Vol. 22. Num. 3. 2012. p. 184-191.

-Djken, H.; Kelle, M.; Colpan, L.; Tomer, C.; Ermet, A. Effect of physical exercise on complement and immunoglobulin levels in wrestlers and sedentary controls. Journal Medical School. Vol. 27. 2000. p. 39-45.

-Filaire, E.; Ferreira, J.P.; Oliveira, M.; Massart, A. Diurnal patterns of salivary alpha-amylase and cortisol secretion in female adolescent tennis players after 16 weeks of training. Psychoneuroendocrinology. Vol. 38. Num. 7. 2013. p. 1122-1132.

-Fragala, M.S.; Kraemer, W.J.; Denegar, C.R.; Maresh, C.M.; Mastro, A.M.; Volek, J.S. Neuroendocrine-immune interactions and responses to exercise. Sports Medicine. Vol. 41. 2011. p. 621-639.

-Granger, D.A.; Kivlighan, K.T.; el-Sheikh, M.; Gordis, E.B.; Stroud, L.R. Salivary alpha-amylase in biobehavioral research: recent developments and applications. Annals of New York Academy of Science. Vol. 1098. 2007. p. 122-144.

-Hackney, A.C. The male reproductive system and endurance exercise. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 28. Num. 2. 1996. p. 180-189.

-Mckune, A.J.; Smith, L.L.; Semple, S.J.; Wadee, A.A. Influence of ultra-endurance exercise on immunoglobulin isotypes and subclasses. British Journal of Sports Medicine. Vol. 39. Num. 9. 2005. p. 665-670.

-Mckune, A.J.; Bach, C.W.; Semple, S.J.; Dyer, D.J. Salivary cortisol and α-amylase responses to repeated bouts of downhill running. American Journal of Human Biology. Vol. 26. Num. 6. 2014. p. 850-855.

-Nater, U.M.; Rohleder, N. Salivary alpha-amylase as a non-invasive biomarker for the sympathetic nervous system: current state of research. Psychoneuroendocrinology. Vol. 34. Num. 4. 2009. p. 486-496.

-Vidarsson, G.; Dekkers, G.; Rispens, T. IgG subclasses and all o types: from structure to effector functions. Frontiers in Immunology. Vol. 5. 2014. p. 520

-Viru, A. Mechanism of general adaptation. Medical Hypotheses. Vol. 38. Num. 4. 1992. p. 296-300.

Publicado
2017-06-20
Como Citar
Antunes, B. de M. M., Gerosa-Neto, J., Haraguchi, C. Y., Neves, R. X., Souza, H. S., Fernandes, R. A., & Lira, F. S. (2017). Relação entre biomarcadores salivares e desempenho em corrida de longa distância. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(66), 278-283. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1119
Seção
Artigos Científicos - Original