Relação de desequilí­brios musculares em jogadores de futebol: um estudo transversal

  • Carlos Viní­cius Herdy Departamento de Futebol Amador, Club de Regatas Vasco da Gama, Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Programa de doutorado em Epidemiologia, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
  • Roberto Simão Escola de Educação Fí­sica e Desportos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
  • Gabriel Vasconcellos de Lima Costa e Silva Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Risco de lesão, Força muscular, Futebol, Teste isocinético

Resumo

Objetivo: Obter informações sobre desequilí­brio muscular em atletas de elite do futebol brasileiro das categorias Sub-17, Sub-20 e Profissional, explorando relações com posições de jogo. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 105 atletas, divididos em três categorias: Sub-17, Sub-20 e Profissional. As posições de jogo estabelecidas foram: Goleiro, Lateral, Zagueiro, Volante, Meia e Atacante. Todos foram submetidos ao teste isocinético de força, realizados para as musculaturas do quadrí­ceps e isquiosurais à 60º/s, com cinco repetições máximas. Resultados: Após análise descritiva, 49% dos atletas possuem desequilíbrio. 40% dos atletas Sub-17, 37,1% dos atletas Sub-20 e 38,2% dos atletas profissionais apresentaram desequilí­brio. Em relação ao desequilí­brio bilateral, 20% dos atletas Sub-17, 28,6% dos atletas Sub-20 e 32,4% dos Profissionais apresentaram desequilí­brio. 66,7% dos goleiros tinham desequilí­brio unilateral e 33,3% bilateral. Entretanto, 70,6% dos atacantes demonstraram algum tipo de desequilí­brio (uniateral ou bilateral). Conclusão: Quase metade dos atletas avaliados apresenta situação de desequilí­brio muscular, sendo que atletas Sub-17 e Sub-20 ainda não estão fisicamente adaptados para treinar no nível de jogadores profissionais, haja vista que eles apresentam maior ní­vel de desequilí­brio muscular e, portanto, potencialmente maior risco de lesões. Além disso, a posição Atacante se destaca pelo mais elevado grau de desequilí­brio muscular entre as seis posições analisadas.

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Publicado
2017-06-20
Como Citar
Herdy, C. V., Simão, R., & Costa e Silva, G. V. de L. (2017). Relação de desequilí­brios musculares em jogadores de futebol: um estudo transversal. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 11(66), 309-314. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1125
Seção
Artigos Científicos - Original