Determinação do risco coronariano em estudantes de uma universidade pública do Brasil

  • Pedro Henrique Gondim Gomides Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Florestal, Florestal-MG, Brasil.
  • Claudia Eliza Patrocinio de Oliveira Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa-MG, Brasil.
  • Dihogo Gama de Matos Departamento de Ciências do Esporte, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal.
  • Mauro Lúcio Mazini Filho Departamento de Educação Fí­sica, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora-MG, Brasil.
  • Felipe José Aidar Departamento de Educação Fí­sica, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristovão-SE, Brasil.
  • Osvaldo Costa Moreira Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Florestal, Florestal-MG, Brasil.
Palavras-chave: Saúde pública, Epidemiologia, Doenças cardiovasculares

Resumo

Objetivo: Determinar o risco coronariano em estudantes de uma universidade pública do Brasil, segmentado por sexo e faixa etária. Métodos: Realizou-se um estudo transversal em 148 estudantes dos dez cursos superiores da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal, com idade média de 22,32 ± 5,15 anos.  Todos os avaliados responderam ao questionário RISKO da Michigan Heart Association (MHA). Os dados foram submetidos à análise descritiva. O teste Mann-Whitney foi utilizado para comparação do risco coronariano entre os sexos e o teste de Kruskall-Wallis, para comparação entre as faixas etárias, ambos com ní­vel de significância de p <0,05. Foi calculada a razão de chances (OR) entre sexos, com um intervalo de confiança de 95%. Resultados: O risco coronariano obtido foi "abaixo da média" (17,32 ± 4,53 pontos), segundo classificação da MHA. Os homens apresentaram chance de desenvolvimento do risco coronariano 6,04 (1,09-43,88; p= 0,014) vezes maior que as mulheres. O risco coronariano aumentou conjuntamente com o aumento da idade. Isoladamente, os fatores de risco mais prevalentes foram: sedentarismo (53,38%), hereditariedade (52,03%), excesso de peso (37,84%) e hipercolesterolemia (13,51%). Conclusão: O risco coronariano dos estudantes foi classificado como "abaixo da média", sendo maior entre os homens e elevando-se à medida que os indiví­duos envelhecem.

Biografia do Autor

Osvaldo Costa Moreira, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Florestal, Florestal-MG, Brasil.

Bacharel e Licenciado em Educação Fí­sica pela Universidade Federal de Viçosa. Especialista em Musculação e Personal Trainning pela Universidade Castelo Branco. Mestre em Educação Fí­sica pela Universidade Federal de Viçosa. Doutorando em Ciencias de la Actividad Fí­sica y el Deporte pelo Instituto de Biomedicina (IBIOMED) da Universidad de León. Atualmente, é professor Adjunto 1 da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal. Membro e pesquisador do grupo de pesquisa em Bases Biológicas da Atividade Fí­sica e Saúde da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal e do grupo de estudo e pesquisa em Respostas Neuromusculares da Universidade Federal de Lavras (UFLA). É Editor Associado da Revista Brasileira de Futebol. Atua também, como revisor cientí­fico de periódicos nacionais e internacionais das áreas de Ciências do Esporte, Medicina, Enfermagem e Nutrição. Tem experiência na área de Ciências do Esporte, com ênfase em Atividade Fí­sica e Saúde, Fisiologia do Exercí­cio, Avaliação Fí­sica e Funcional, Treinamento de Força e Fatores de Risco Cardiovascular.

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Publicado
2018-07-23
Como Citar
Gomides, P. H. G., Oliveira, C. E. P. de, Oliveira, R. A. R. de, Matos, D. G. de, Mazini Filho, M. L., Aidar, F. J., & Moreira, O. C. (2018). Determinação do risco coronariano em estudantes de uma universidade pública do Brasil. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 12(74), 274-281. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1381
Seção
Artigos Científicos - Original