Discrepância na geração de força entre ações musculares excêntricas e concêntricas

  • Bernardo Neme Ide Laboratório de Bioquí­mica do Exercí­cio - LABEX, Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Charles Ricardo Lopes Laboratório de Bioquí­mica do Exercí­cio - LABEX, Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Clodoaldo José Dechechi Laboratório de Bioquí­mica do Exercí­cio - LABEX, Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Faculdades Estácio de Sá - FAESO - Ourinhos, São Paulo
  • René Brenzikofer Laboratório de Instrumentação para Biomecânica (LIB), Faculdade de Educação Fí­sica, Unicamp, Campinas, Brasil
  • Denise Vaz de Macedo Laboratório de Bioquí­mica do Exercí­cio - LABEX, Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Faculdades Estácio de Sá - FAESO - Ourinhos, São Paulo
Palavras-chave: Força muscular, Ação excêntrica, Intensidade de treinamento

Resumo

Objetivamos com o presente estudo observar as discrepâncias em relação à produção de força muscular para as ações concêntricas e excêntricas nos testes de uma repetição máxima concêntrica (1RMcon) e uma repetição máxima excêntrica (1RMexc) para os exercícios de Supino Horizontal (SH), Leg Press 45° (LP), e Remada Curvada (RC). Participaram do experimento 16 jovens saudáveis (9 homens - idade= 23,4 ± 3 anos; massa=74,2 ± 9,9 Kg; altura=1,76±0,06m. 7 mulheres - idade= 25,4±1,5 anos; massa=60,5 ±9,1Kg; altura=1,67 ±0,06m). As cargas de 1RMcon e 1RMexc foram averiguadas em sessões distintas, e separadas por uma semana cada. A análise estatística foi realizada através de uma ANOVA two-way com post test de Tukey e Kramer multiple comparison test, sendo adotado como valor de referência significativa p<0,05. Observamos que as cargas de 1RMexc foram significantemente maiores (p<0,01) que as de 1RMcon nos 3 exercícios analisados. Para o LP a diferença foi de 53%, para o SH de 70%, e para a RC 62% maior. Os dados observados sustentaram nossa hipótese e ainda enfatizam a importância de uma distinção da intensidade empregada para as ações excêntricas no treinamento de força.

Referências

- Barstow, I.K.; Bishop, M.D.; e colaboradores. Is enhanced-eccentric resistance training superior to traditional training for increasing elbow flexor strength? Journal of Sports Science and Medicine. Num. 2. 2003. p. 62-69.

- Brown, L.E.; Weir, J.P. ASEP Procedures recommendation I: accurate assessment of muscular strength and power. Num. 4. 2001. p. 1-21.

- Campos, G.E.; Luecke, T.J.; e colaboradores. Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. Eur J Appl Physiol. Vol. 88. Num. (1-2). 2002. p. 50-60.

- Doan, B.K.; Newton, R.U.; e colaboradores. Effects of increased eccentric loading on bench press 1RM. J Strength Cond Res. Vol. 16. Num. 1. 2002. p. 9-13.

- Dudley, G.A.; Tesch, P.A.; e colaboradores. Importance of eccentric actions in performance adaptations to resistance training. Aviat Space Environ Med. Vol. 62. Num. 6. 1991. p. 543-550.

- Friden, J.; Lieber, R.L. Eccentric exercise-induced injuries to contractile and cytoskeletal muscle fibre components. Acta Physiol Scand. Vol. 171. Num. 3. 2001. p. 321-326.

- Friedmann, B.; Kinscherf, R.; e colaboradores. Muscular adaptations to computer-guided strength training with eccentric overload. Acta Physiol Scand. Vol. 182. Num. 1. 2004. p. 77-88.

- Glaister, M. Multiple sprint work: physiological responses, mechanisms of fatigue and the influence of aerobic fitness. Sports Med. Vol. 35. Num. 9. 2005. p. 757-777.

- Hather, B.M.; Tesch, P.A.; e colaboradores. Influence of eccentric actions on skeletal muscle adaptations to resistance training. Acta Physiol Scand. Vol. 143. Num. 2. 1991. p. 177-185.

- Herzog, W.; Lee, E.J.; e colaboradores. Residual force enhancement in skeletal muscle. J Physiol. Num. 574(Pt 3). 2006. p. 635-642.

- Hollander, D.B.; Kraemer, R.R.; e colaboradores. Maximal eccentric and concentric strength discrepancies between young men and women for dynamic resistance exercise. J Strength Cond Res. Vol. 21. Num. 1. 2007. p. 34-40.

- Hortobagyi, T.; DeVita, P. Favorable neuromuscular and cardiovascular responses to 7 days of exercise with an eccentric overload in elderly women. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. Vol. 55. Num. 8. 2000. p. B401-410.

- Hortobagyi, T.; Devita, P.; e colaboradores. Effects of standard and eccentric overload strength training in young women. Med Sci Sports Exerc. Vol. 33. Num. 7. 2001. p. 1206-1212.

- Kraemer, W.J.; Fry, A.C. Strength testing: development and evaluation of methodology. 1995.

- Ojasto, T.; Hakkinen, K. Effects of different accentuated eccentric load levels in eccentric-concentric actions on acute neuromuscular, maximal force, and power responses. J Strength Cond Res. Vol. 23. Num. 3. 2009. p. 996-1004.

- Ojasto, T.; Hakkinen, K. Effects of different accentuated eccentric loads on acute neuromuscular, growth hormone, and blood lactate responses during a hypertrophic protocol. J Strength Cond Res. Vol. 23. Num. 3. 2009a. p. 946-53.

- Rassier, D.E.; Herzog, W. Force enhancement and relaxation rates after stretch of activated muscle fibres. Proc Biol Sci. Vol. 272. Num. 1562. 2005. p. 475-80.

- Rassier, D.E.; Herzog, W. Relationship between force and stiffness in muscle fibers after stretch. J Appl Physiol Vol. 99. Num. 5. 2005. p. 1769-1775.

- Rassier, D.E.; MacIntosh, B.R.; e colaboradores. Length dependence of active force production in skeletal muscle. J Appl Physiol. Vol. 86. Num. 5. 1999. p. 1445-1457.

- Smith, L.L.; Anwar, A.; e colaboradores. Cytokines and cell adhesion molecules associated with high-intensity eccentric exercise. Eur J Appl Physiol. Vol. 82. Num. (1-2). 2000. p. 61-67.

- Toigo, M.; Boutellier, U. New fundamental resistance exercise determinants of molecular and cellular muscle adaptations. Eur J Appl Physiol. Vol. 97. Num. 6. 2006. p. 643-663.

Publicado
2011-12-31
Como Citar
Ide, B. N., Lopes, C. R., Dechechi, C. J., Brenzikofer, R., & Macedo, D. V. de. (2011). Discrepância na geração de força entre ações musculares excêntricas e concêntricas. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 4(20). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/232
Seção
Artigos Científicos - Original

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##