Avaliação do grau de desidratação após uma prova realizada em ambiente quente por praticantes de Cross-training

  • Jefferson Fernando Coelho Rodrigues Júnior Departamento de Educação Física, Universidade Estadual do Piauí, Teresina, Brasil.
  • Yago Costa Vasconcelos Departamento de Educação Física, Universidade Estadual do Piauí, Teresina, Brasil.
  • Thiago Teixeira Mendes Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Maranhão, Pinheiro, Brasil.
  • Alyson Felipe da Costa Sena Núcleo de esporte, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Brasil.
  • Christian Emmanuel Torres Cabido Departamento de Educação Física, Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Brasil.
Palavras-chave: Cross-training, Desidratação, Exercicío Físico

Resumo

Objetivo: Examinar as respostas de hidratação e desidratação durante uma sessão de Cross-training realizado em ambiente quente. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 10 homens (28,4 ±4,7 anos; 79,5 ±6,6 kg; 25,8 ±1,49 kg/m2), com experiência mínima de 12 meses de Cross-training, frequência semanal de treinamento de cinco dias na semana e sem histórico de lesões nos últimos seis meses. Todos os voluntários realizaram um protocolo de treinamento no Cross-training denominado “Murph”. A massa corporal, a coloração e a gravidade específica da urina (GEU) foram avaliadas antes e imediatamente após. A massa corporal foi utilizada para os cálculos da taxa % desidratação, % perda de peso e da taxa de sudorese. As variáveis ambientais: temperatura ambiente, temperatura de globo, umidade relativa do ar e o Índice de Bulbo Úmido (IBUTG) também foram monitorados. Resultados: O protocolo “Murph” foi concluído em 97,8 ±12,4 min, todos os voluntários realizaram o protocolo de exercício simultaneamente, sob mesmas condições ambientais. Os voluntários apresentaram um aumento na coloração da urina de 3,30 ±1,77 para 5,60 ±1,17 (p=0,002), com um tamanho de efeito classificado como grande. Além disso, foram observadas uma redução no %desidratação e no %perda corporal 1,28 ±0,40% e 1,20 ±0,39% respectivamente e aumento na taxa de sudorese total de 4,66 ±1,57 g/m2/min. Conclusões: Uma sessão de protocolo de “Murph” em ambiente quente, pode contribuir para a desidratação em praticantes de cross-training.

Referências

-Armstrong, L. E.; Armstrong, L. E. Performing in extreme environments. Human kinetics Champaign, IL. 2000.

-Armstrong, L. E.; Casa, D. J.; Millard-Stafford, M.; Moran, D. S.; Pyne. S. W.; Roberts W. O. American College of Sports Medicine position stand. Exertional heat illness during training and competition. Medicine and science in sports and exercise. Vol. 39. Núm. 3. p. 556-572. 2007.

-Binkley, H. M.; Beckett, J.; Casa, D. J.; Kleiner, D. M.; Plummer, E. P. National Athletic Trainers' Association position statement: exertional heat illnesses. Journal of Athletic Training. Vol. 37. Núm. 3. p. 329. 2002.

-Borgman, M. A.; Zaar, M.; Aden, J. K.; Schlader, Z. J.; Gagnon D.; Rivas E.; Kern J.; Koons N. J.; Convertino V. A.; Cap A. P.; Crandall C. Hemostatic responses to exercise, dehydration, and simulated bleeding in heat-stressed humans. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and Comparative Physiology. Vol. 316. Núm. 2. p. R145-R156. 2019.

-Camerino, S.; Dantas, E.; Lima, R.; França, T.; Oliveira N. M.; Prado E. S. Efecto de diferentes estados de hidratación sobre el rendimiento físico y cognitivo‐motor de atletas sometidos a ejercicio en ambiente de bajo estrés térmico. Revista Andaluza de Medicina del Deporte. Vol. 10. Núm. 4. p. 181-186. 2017.

-Carreker, J. D. D.; Grosicki, G. J. Physiological Predictors of Performance on the Cross-training “Murph” Challenge. Sports. Vol. 8. Núm. 7. p. 92. 2020.

-Carvalho, T. D.; Mara, L. S. Hidratação e nutrição no esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 16. Núm. 2. p. 144-148. 2010.

-Castro Pinto, K. M.; Rodrigues, L. O. C.; Paula Viveiros, J.; Silami-Garcia, E. Efeitos da temperatura da água ingerida sobre a fadiga durante o exercício em ambiente termoneutro. Rev. paul. Educ. Fís. Vol. 15. Núm. 1. p. 45-54. 2001.

-Casa, D. J.; Armstrong, L. E.; Hillman, S. K.; Montain, S. J.; Reiff R. V.; Rich B. S. E.; Roberts W. O.; Stone J. A. National Athletic Trainers' Association position statement: fluid replacement for athletes. Journal of athletic training. Vol. 35. Núm. 2. p. 212. 2000.

-Chachula, L. A.; Cameron, K. L.; Svoboda, S. J. Association of prior injury with the report of new injuries sustained during Cross-training training. Athletic Training & Sports Health Care. Vol. 8. Núm. 1. p. 28-34. 2016.

-Charlot, K.; Faure, C.; Antoine-Jonville, S. Influence of hot and cold environments on the regulation of energy balance following a single exercise session: a mini-review. Nutrients. Vol. 9. Núm. 6. p. 592. 2017.

-Cheuvront, S. N.; Haymes, E. M. Ad libitum fluid intakes and thermoregulatory responses of female distance runners in three environments. Journal of sports sciences. Vol. 19. Núm. 11. p. 845-854. 2001.

-Cipryan, L.; Tschakert, G.; Hofmann, P. Acute and post-exercise physiological responses to high-intensity interval training in endurance and sprint athletes. Journal of sports science & medicine. Vol. 16. Núm. 2. p. 219. 2017.

-Claudino, J. G.; Gabbett, T. J.; Bourgeois, F.; Sá Souza, H.; Miranda R. C.; Mezêncio B.; Soncin R.; Cardoso Filho; C. A.; Bottaro M.; Hernandez A. J.; Amadio A. C.; Serrão J. C. CrossFit overview: systematic review and meta-analysis. Sports medicine-open. Vol. 4. Núm. 1. p. 1-14. 2018.

-Cosgrove, S. J.; Crawford, D. A.; Heinrich, K. M. Multiple fitness improvements found after 6-months of high intensity functional training. Sports. Vol. 7. Núm. 9. p. 203. 2019.

-Daries, H. N.; Noakes, T. D.; Dennis, S. C. Effect of fluid intake volume on 2-h running performances in a 25 degrees C environment. Medicine and science in sports and exercise. Vol. 32. Núm. 10. p. 1783-1789. 2000.

-Du Bois, D. A formula to estimate the approximate surface area if height and weight be known. Nutrition. Vol. 5. p. 303-313. 1989.

-Fritz, C. O.; Morris, P. E.; Richler, J. J. " Effect size estimates: Current use, calculations, and interpretation": Correction to Fritz e colaboradores (2011). 2012.

-Garcia, E. S.; Rodrigues, L. O. C. Hipertermia durante a prática de exercícios físicos: riscos, sintomas e tratamento. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 19. Núm. 3. 2010.

-Glassman, G. What is cross-training. The Cross-training Journal. Vol. 56. p. 1-7. 2004.

-Glassman, J. Consortium for Health and Military Performance and American College of Sports Medicine Consensus Paper on Extreme Conditioning Programs in Military Personnel: An Answer. Cross-training Journal. p. 1-92. 2012.

-Goulet, E. D. Dehydration and endurance performance in competitive athletes. Nutrition Reviews. Vol. 70. Núm. suppl 2. p. S132-S136. 2012.

-Keteyian, S. J.; Brawner, C. A.; Savage, P. D.; Ehrman, J. K.; Schairer J.; Divinie G.; Aldred H.; Ophaug K.; Ades P. A. Peak aerobic capacity predicts prognosis in patients with coronary heart disease. American heart journal. Vol. 156. Núm. 2. p. 292-300. 2008.

-Machado-Moreira, C. A.; Vimieiro-Gomes, A. C.; Silami-Garcia, E.; Rodrigues, L. O. C. Hidratação durante o exercício: a sede é suficiente? Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12. Núm. 6. p. 405-409. 2006.

-Macinnis, M. J.; Gibala, M. J. Physiological adaptations to interval training and the role of exercise intensity. The Journal of physiology. Vol. 595. Núm. 9. p. 2915-2930. 2017.

-Niedermann, R.; Wyss, E.; Annaheim, S.; Psikuta, A.; Davey S.; Rossi R. M. Prediction of human core body temperature using non-invasive measurement methods. International journal of biometeorology. Vol. 58. Núm. 1. p. 7-15. 2014.

-Nielsen, B. Kubica R, Bonnesen A, Rasmussen IB, Stoklosa J, Wilk B. Physical work capacity adter dehydration and hyperthermia. Scand J Sports Sc. Vol. 3. p. 2-10. 1982.

-Nybo, L.; Rasmussen, P.; Sawka, M. N. Performance in the heat-physiological factors of importance for hyperthermia‐induced fatigue. Comprehensive Physiology. Vol. 4. Núm. 2. p. 657-689. 2011.

-Pescatello, L. S. Diretrizes Do ACSM: Para Os Testes de Esforço E Sua Prescrição. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2000. 8527726165.

-Rodrigues, R.; Baroni, B. M.; Pompermayer, M. G.; Oliveira Lupion, R.; Geremia J. M.; Meyer F.; Vaz M. A. Effects of acute dehydration on neuromuscular responses of exercised and nonexercised muscles after exercise in the heat. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 28. Núm. 12. p.3531-3536. 2014.

-Roy, B. A. High-Intensity Interval Training: Efficient, Effective, and a Fun Way to ExerciseBrought to you by the American College of Sports Medicine www. acsm. org. ACSM's Health & Fitness Journal. Vol. 17. Núm. 3. p. 3. 2013.

-Sawka, M. N.; Burke, L. M.; Eichner, E. R.; Maughan, R. J.; Montain S.J.; Stachenfeld N. S. American College of Sports Medicine position stand. Exercise and fluid replacement. Medicine and science in sports and exercise. Vol. 39. Núm. 2. p. 377-390. 2007.

-Souza Motta, A. M.; Quintão, D. F. Nível de desidratação e estratégias nutricionais utilizadas antes e durante o treino de Futebol de um grupo de adolescentes de Espera Feliz-MG. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. 10. Núm. 59. p. 518-523. 2016.

-Smith-Ryan, A. E.; Melvin, M. N.; Wingfield, H. L. High-intensity interval training: Modulating interval duration in overweight/obese men. The Physician and sports medicine. Vol. 43. Núm. 2. p. 107-113. 2015.

-Tanasescu, M.; Leitzmann, M. F.; Rimm, E. B.; Willett, W. C.; Stampfer M. J.; Frank B. H. Exercise type and intensity in relation to coronary heart disease in men. Jama. Vol. 288. Núm. 16. p. 1994-2000. 2002.

Publicado
2024-04-24
Como Citar
Rodrigues Júnior, J. F. C., Vasconcelos, Y. C., Mendes, T. T., Sena, A. F. da C., & Cabido, C. E. T. (2024). Avaliação do grau de desidratação após uma prova realizada em ambiente quente por praticantes de Cross-training. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 18(115), 217-225. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2662
Seção
Artigos Científicos - Original