Ansiedade, qualidade de vida e intermédio do ciclo menstrual de jogadoras universitárias de voleibol em período competitivo
Resumo
Introdução e Objetivo: Este estudo investigou a ansiedade, qualidade de vida e ciclo menstrual em 12 jogadoras universitárias de voleibol representando o Maranhão nos Jogos Universitários Brasileiros em Brasília. O objetivo foi analisar as variações desses aspectos durante um período competitivo. Materiais e Métodos: Ansiedade, qualidade de vida e ciclo menstrual foram avaliados por IDATE, QQVA e anamnese. A ansiedade foi medida dentro e fora da competição, enquanto qualidade de vida e ciclo menstrual foram analisados apenas fora dela. O teste de normalidade de Shapiro-Wilk e associações pelo teste Qui-quadrado foram utilizados na análise estatística. Resultados: A maioria das jogadoras apresentou níveis médios de ansiedade traço e estado. Houve estabilidade na ansiedade traço, mas aumento no estado durante a competição. A maioria não estava na fase folicular, sem associação clara entre ciclo menstrual e ansiedade. Qualidade de vida foi mais afetada por relacionamentos sociais e sinais de supertreinamento, sendo a pergunta oito do QQVA relacionada à ansiedade estado durante a competição. Discussão: Os resultados indicam que, apesar do controle geral da ansiedade, seu aumento durante a competição pode ser atribuído a fatores como cansaço e fadiga, afetando a qualidade de vida. A influência de fatores específicos destaca a complexidade dessas interações. Conclusão: Conclui-se que, embora a ansiedade esteja geralmente controlada, seu aumento durante a competição pode impactar negativamente a qualidade de vida das jogadoras. A falta de associação clara entre ciclo menstrual e ansiedade destaca a necessidade de considerar múltiplos fatores ao abordar o bem-estar em atletas universitárias de voleibol.
Referências
-Almeida, S.L.M.; Siqueira, T.D.A. Incidência da síndrome pré-menstrual e ansiedade na fase pré competição e sua influência nos resultados das atletas na cidade de Manaus. Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogerontologia. Vol. 12. Num. 5. 2019. p. 1-26.
-Aplewicz, J.G.F.; Ecave, C.; Gomes, H.A.; Lima, H.H.; Laurindo, M.A.; Junior, G.B.V. Níveis de ansiedade em atletas escolares de voleibol de faixa etária de 15 a 17 anos. Revista do Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. 2009.
-Basso, A.L.; Oliveira, A.L. Condições de desempenho físico de atletas de voleibol em situações de treinamento e jogo e a síndrome pré-menstrual (spm). Anais da Jornada Científica dos Campos Gerais. 2020. https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/jornada/article/view/1880
-Becker Junior, B. Manual de psicologia do esporte e exercício. (Porto Alegre). Nova Prova. 2000.
-Biaggio, A.M.B.; Natalício, L.; Spielberger, C.D. Desenvolvimento da forma experimental em português do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger. Arquivos brasileiros de psicologia aplicada. Vol. 29. Num. 3. 1977. p. 31-44.
-Bizzocchi, C. O voleibol de alto nível: da iniciação à competição. Manole. 2008.
-Cunha, R.A. Elaboração e validação do questionário sobre qualidade de vida de atletas (QQVA). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais. Repositório Institucional da UFMG. 2008. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/KMCG-7NRM33
-Cunha, R.A.; Morales, J.C.P.; Samulski, D.M. Análise da percepção de qualidade de vida de jogadores de voleibol: uma comparação entre gêneros. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 22. Num. 4. 2008. p. 301-310. https://doi.org/10.1590/S1807-55092008000400007
-Costa, F.R.; Figueiredo, A.J. Reflexões sobre a dupla carreira - harmonia entre a universidade pública e o esporte de alto rendimento. The Journal of the Latin american Socio-cultural Studies of Sport (Alesde). Vol. 13. Num. 1. 2021. p. 1-16. http://dx.doi.org/10.5380/jlasss.v13i1.79904
-FIVB. (2022, 10 dezembro). O jogo. FIVB. https://www.fivb.com/en/volleyball/thegame_glossary/basicvolleyballrules
-Freitas Júnior, I.S. Padronização de medidas antropométricas e avaliação da composição corporal. (São Paulo). Coan. 2018.
-Kinrys, G.; Wygant, L.E Transtornos de ansiedade em mulheres: gênero influência o tratamento?. Revista Brasileira de Psiquiatria. Num. 27. 2008. p. s43-s50. https://doi.org/10.1590/S1516-44462005000600003
-Langame, A.P.; Chehuen Neto, J.A.; Melo, L.N.B.; Castelano, M.L.; Cunha, M.; Ferreira, R. E. Qualidade de vida do estudante universitário e o rendimento acadêmico. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Vol. 29. Num. 3. 2016. p. 313-325. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p313
-Leão, A.M.; Gomes, I.P.; Ferreira, M.J.M.; Cavalcanti, L.P.D.G. Prevalência e fatores associados à depressão e ansiedade entre estudantes universitários da área da saúde de um grande centro urbano do Nordeste do Brasil. Revista brasileira de educação médica. Num. 42. 2018. p. 55-65. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n4RB20180092
-Moreira, N.B.; Vagetti, G.C.; Oliveira, V.; Campos, W. Associação entre lesão e qualidade de vida em atletas: uma revisão sistemática, 1980-2013. Apunts. Medicina de l'Esport. Vol. 49. Num. 184. 2014. p. 123-138.
-Moreira, N.B.; Mazzardo, O.; Vagetti, G.C.; Oliveira, V.; Campos, W. Qualidade de vida: comparação entre sexos e índice de massa corporal em atletas do basquetebol master brasileiro. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 33. Num. 1. 2019. p. 107-114. https://doi.org/10.11606/1807-5509201900010107
-Oliveira, F.S. Concepções de atletas de futebol sobre a síndrome de burnout. Tese de Doutorado. Universidade de Brasília. Repositório Institucional da Universidade de Brasília. 2022. http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/43974
-Macedo, F.L.; Roberto, T.G. A importância e os benefícios da psicologia do esporte: revisão da literatura. Revista InterCiência. Vol. 1. Num. 5. 2021. p. 2-2.
-Moreno, R.; Muniesa, C.; Bielsa, R.; López de Subijana, C. La experiencia de ser deportista de élite: una comparativa entre generaciones. Kronos. Vol. 16. Num. 1. 2017. p. 1-11.
-Santos, A.R.M.D.; Lofrano-Prado, M.C.; Moura, P.V.D.; Silva, E.A.P.C.D.; Leão, A.C.C.; Freitas, C.M.S.M.D. Ansiedade pré-competitiva em jovens atletas de nado sincronizado: uma análise à luz dos aspectos emocionais. Revista da Educação Física/UEM. Num. 24. 2013. p. 207-214. https://doi.org/10.4025/reveducfis.v24.2.16024
-Simões, C.S.M. Análise das percepções da qualidade de vida, do estresse e da recuperação de atletas de voleibol de diferentes categorias. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Minas Gerais. 2011.
-Sonoo, C.N.; Gomes, A.L.; Damasceno, M.L.; Silva, S.R.D.; Limana, M.D. Ansiedade e desempenho: um estudo com uma equipe infantil de voleibol feminino. Motriz: Revista de Educação Física. Num. 16. 2010. p. 629-637. https://doi.org/10.5016/1980-6574.2010v16n3p629
-Spengler, S.; Woll, A. Quanto mais fisicamente ativo, mais saudável? A relação entre atividade física e qualidade de vida relacionada à saúde em adolescentes: o estudo MoMo. Jornal de atividade física e saúde. Vol. 10. Num. 5. 2013. p. 708-715. https://doi.org/10.1123/jpah.10.5.708
-Trajano, F.M.P.; Almeida, L.N.A.; Araújo, R.A., Crisóstomo, F.L.S.; Almeida, A.A.F. Níveis de ansiedade e impactos na voz: uma revisão da literatura. Distúrbios Da Comunicação. Vol. 28. Num. 3. 2016. https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/26617
-Viana, D.F.W.; Mezzaroba, C. O esporte de alto rendimento faz mal à saúde? Uma análise das atletas da seleção brasileira de ginástica rítmica. Motrivivência. Vol. 1. Num. 41. 2013. p. 190-205. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2013v25n41p190
-Whoqol Group. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Social science & medicine. Vol. 41. Num. 10. 1995. p. 1403-1409. https://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-K
Copyright (c) 2024 Gabriela Souza de Oliveira, Jean Luiz Souza Maciel Gomes, Leticia Campos Aguiar, Alessandro Miranda Coelho, Maisa Carvalho Rezende Soares, Andréa Dias Reis
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).