Avaliação da fadiga eletromiográfica dos músculos bí­ceps braquial e extensor dos dedos

  • Bianca Callegari Fisioterapeuta; Docente do curso de Fisioterapia da UFPA - Universidade Federal do Pará
  • Marí­lia Maniglia de Resende Fisioterapeuta; Docente da Faculdade SEAMA, Amapá
  • Luiz Armando Vidal Ramos Graduados (a) do curso de Fisioterapia da Faculdade SEAMA, Amapá
  • Diógo Rodrigues Martins Graduados (a) do curso de Fisioterapia da Faculdade SEAMA, Amapá
  • Railana Gomes dos Santos Graduados (a) do curso de Fisioterapia da Faculdade SEAMA, Amapá
Palavras-chave: Eletromiografia, Fadiga, Bícpes Braqueial, Extensor dos dedos

Resumo

Objetivo: Comparar valores de freqüência mediana (FM) e Root Mean Square(RMS) por meio do tempo, visando quantificar a alteração desses parâmetros em função da instalação de fadiga muscular. Materiais e Métodos: Os voluntários foram avaliados pela eletromiografia de superfície (SEMG) e submetidos aos testes de contrações isométricas, dos músculos bíceps braquial e extensor dos dedos, com cargas percentuais de 25% e 75% de sua capacidade máxima, durante dois dias diferentes, com intervalo mínimo de 48 horas. Resultados: Houve aumentodo (RMS) para ambos os músculos, nos dois testes. Esse aumento foi mais evidente durante o exercício a 75% da carga máxima para o bíceps braquial e extensor dos dedos, sendo que houve maior variação para o bíceps, quando comparado com o extensor. A variação da (FM) foi negativa para ambos os músculos, sendo também mais evidente durante o exercício a 75% da carga máxima. Ao se comparar os dois músculos a variação ocorrida em detrimento do incremento da carga foi maior para o músculo bíceps braquial. O tempode instalação da fadiga para ambos os músculos foi maior no protocolo a 25% da carga máxima. Conclusão: O aparecimento da fadiga foi diretamente proporcional ao incremento de carga e ao tempo de exercício. O bíceps braquial apresentou maior fadiga que o extensor dos dedos, tanto a 25% e a 75% da máxima. Além disso, o mesmo também obteve menor tolerância ao tempo, tendo fadigado mais rapidamente.

Referências

-Clarke, D.H. The influence on muscular fatigue patterns of the intercontraction rest interval. Med Sci Sports. Vol. 3. Num. 2. 1971. p. 83-88.

-Beck, T.W.; Housh, T.J.; Johnson, G.O.; Weir, J.P.; Cramer, J.T.; Coburn, J.W.; Malek, M.H. The effects of interelectrode distance on electromyographic amplitude and mean power frequency during isokinetic and isometric muscle actions of the biceps brachii. Journal of Electromyography and Kinesiology. Num. 15. 2005. p. 482–495.

-Blackwell, J.R.; Kornatz, K.W.; Heath, E.M. Effect of grip span on maximal grip force and fatigue of flexor digitorum superficialis. Applied Ergonomics. Num. 30. 1999. p.401-405.

-Diefenthaeler, R.F.; Vaz, M.A. Aspectos relacionados à fadiga durante o ciclismo: uma abordagem biomecânica. Rev Bras Med Esporte. Vol. 14. 2008. p. 472-477.

-Gonçalves, M. Eletromiografia e a identificação da fadiga muscular. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. Vol. 20. Num. 5. 2006. p. 91-93.

-Guyton, A.C.; Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 10a ed., Rio de janeiro, Guanabara koogan S.A, 2002.

-Hermens, H.J.; Freriks, B.; Disselhorst-Klug, C.; Rau, G. Development of recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. J Electromyogr Kinesiol. Vol. 10. 2000. p. 361-374.

-Lawrence, J.H.; DeLuca, C.D. Myoelectric signal versus force relationship in different human muscles. J Appl Physiol.1983; Num. 54. 1983. p. 1653–1659.

-Lind, A.R.; Petrofsky, J.S. Amplitude of the surface electromyogram during fatiguing isometric contractions. Muscle Nerve. Num. 2. 1979. p. 257–264.

-Miura, K.; Ishibashi, Y.; Tsuda, E.; Okamura, Y.; Otsuka, H.; Toh, S. The effect oflocal and general fatigue on knee proprioception. Arthroscopy. Vol. 20. Num. 4. 2004. p. 414-418.

-Oda, S.; Kida, N. Neuromuscular fatigue during maximal concurrent hand gripand elbow flexion or extension.Journal of Electromyography and Kinesiology. Num. 11. 2001. p. 281–289.

-Oliveira, A.; Gonçalves, M.; Cardozo, A.; Barbosa, F. Exercício rosca bíceps: influência do tempo de execução e da intensidade da carga na atividade eletromiográfica de músculos lombares. Rev. Port. Cien. Desp. Vol. 6. Num. 2. 2006. p. 170-178.

-O’sullivan, S.B.; Schmitz, T.J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4a ed., Barueri –SP: Manole, 2004.

-Paula, R.H.; Vale, R.G.S.; Dantas, E.H.M. Relação entre o nível de autonomia funcional de adultos idosos com o grau de fadiga muscular aguda periférica verificado pela eletromiografia. Fitness & Performance Journal. Num. 5. 2006. p. 95-100.

-Silva, S.R.D.; Fraga, C.H.W.; Gonçalves, M. Efeito da fadiga muscular na biomecânica da corrida: uma revisão. Matriz. Vol. 13. Num. 3. 2007. p. 225-235.

-Silva, S.R.D.; Gonçalves, M. Análise da fadiga pela amplitude do sinal eletromiográfico. R. bras. Ci e Mov. Vol. 11. 2003. p. 15-20.

-Silva, S.R.D.; Gonçalves, M. Comparação de protocolo para verificação da fadiga muscular pela eletromiografia de superfície. Matriz. Vol. 9. 2003. p. 51-58.

-Silverthorn, D.U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 2 a ed., São Paulo: Manole, 2003.

-Taylor, J.L.; Gandevia, S.C. A comparison of central aspects of fatigue in submaximal and maximal voluntary contractions. J Appl Physiol. Num. 104. 2008. p. 542–550.

Publicado
2012-01-02
Como Citar
Callegari, B., Resende, M. M. de, Ramos, L. A. V., Martins, D. R., & Santos, R. G. dos. (2012). Avaliação da fadiga eletromiográfica dos músculos bí­ceps braquial e extensor dos dedos. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 5(26). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/319
Seção
Artigos Científicos - Original