Análise cinemática do nado Crawl em jovens triatletas do programa segundo tempo

  • Abraham Lincoln de Paula Rodrigues Laboratório de Biomecânica da Universidade Federal do Ceará
  • Túlio Luiz Banja Laboratório de Biomecânica da Universidade Federal do Ceará
Palavras-chave: Cinemática, Natação, Nado Crawl

Resumo

Por ser um esporte realizado em meio líquido, onde a densidade é maior em relação ao ar, a natação é muito dependente da habilidade técnica. Dessa forma, fatores biomecânicos influenciam mais no desempenho do que a própria capacidade de produção e liberação de energia para o deslocamento. O objetivo do estudo foi realizar uma análise cinemática do nado crawl em jovens triatletas do programa Segundo Tempo. Participaram da pesquisa sete atletas do sexo masculino com idades entre 13 e 16 anos pertencentes ao Projeto de Triatlon do programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte praticantes da modalidade há pelo menos um mês. Considerando a relação entre o desempenho na natação e as variáveis cinemáticas (FBr, DBr, VN e IB), as correlações significativas encontradas neste estudo foram com a FBr, sendo uma componente importante da VN e um dos indicadores da eficiência propulsiva. Uma correlação significante entre a FBr e a VN foi observada nos resultados da pesquisa. Os resultados mostraram que a estratégia usada pelos atletas através de aumento agudo da FBr pode estar relacionada a uma baixa resistência muscular localizada, impedindo a manutenção ou o aumento da DBr. De acordo com os resultados encontrados no estudo pode-se concluir que os triatletas utilizaram-sedo aumento da FBr, com diminuição DBr para o incremento da VN.

Referências

-Caputo, F.; Lucas, R.D.; Greco, C.C.; Denadai, B.S. Características da braçada em diferentes distâncias no estilo crawl e correlações com a performance. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Vol. 8. Num. 3. 2000. p. 7-13.

-Castro, F. Parâmetros biomecânicos do nado crawl apresentados por nadadores e triatletas. Dissertação de Mestrado. Escola de Educação Física-UFRGS. Rio Grande do Sul. 2002.

-Costa, J.M.P.; Kokubun, E. Lactato sanguíneo em provas combinadas e isoladas do triatlon: possíveis implicações para o desempenho. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo. Vol. 9. Num. 2. 1995. p. 125-130.

-Craig, J.R.A.B.; Skehan, P.L.; Pawelczyk, J.A.; Boomer, W.L. Velocity, stroke rate, and distance per stroke during elite swimming competition. Medicine Science Sports Exercise. 1985. p. 625-634.

-Diprampero, P.E. Energetics of swimming in men. Journal of Applied Physiology. 1974. p. 1-5.

-Hay, J.G.; Guimarães, A.C.S. A quantitative look at swimming biomechanics. Swin. Tech. 1983. p. 11-17.

-International of Triathlon Union (ITU). Homepage oficial do órgão máximo do triathlon. França. 2011. Acesso em 15/07/2015. Disponível em: <http://www.triathlon.org>.

-Liberali, R. Metodologia Científica Prática: um saber fazer competente da saúde à educação. Florianópolis. 2008.

-Miller, D.I. Biomechanics of swimming. Exercise and Sports Sciences Review. 1975. p. 219-248.

-Toussaint, H.M.; Beek, P.J. Biomechanics of competitive front crawl swimming. Sports Medicine. Auckland. Vol. 13. 1992. p. 8-24.

-Yanai, T. Stroke frequency in front crawl: its mechanical link to the fluid forces required in non-propulsive directions. Journal of Biomechanics.New York. Vol. 36. 2003. p. 53-62.

Publicado
2016-07-17
Como Citar
Rodrigues, A. L. de P., & Banja, T. L. (2016). Análise cinemática do nado Crawl em jovens triatletas do programa segundo tempo. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 10(59), 356-360. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/964
Seção
Artigos Científicos - Original