Recursos terapêuticos na recuperação da função muscular pós-treino de alta intensidade

  • Francisco das Chagas Chaves Silva Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva, Teresina-PI, Brasil.
  • Paulo Roberto Milanez Oliveira Junior Fisioterapeuta, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí­, Pedro II-PI, Brasil.
  • Hugo Vitor Menezes Cruz Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Traumato Ortopédica com ênfase em Terapia Manual (UESPI), Fortuna-MA, Brasil.
  • José Henrique Sampaio Neto Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Traumatologia e Ortopedia (UESPI), Teresina-PI, Brasil.
  • David Reis Moura Fisioterapeuta, Mestre em Engenharia Biomédica (UNIVAP), Professor da Faculdade do Piauí­ (FAPI), Teresina-PI, Brasil.
Palavras-chave: Recuperação de função fisiológica, Reabilitação, Modalidade de Fisioterapia

Resumo

Introdução: Após sessões de treinamento de alta intensidade os diferentes grupos musculares apresentam algumas caracterí­sticas, como dimuição do poder contrátil, rigidez e dor, aspectos estes que prejudicam o desempenho e desenvolvimento do esportista. Objetivo: Analisar o processo de recuperação muscular após o treino de alta intensidade. Materiais e Métodos: Estudo de caso, com atleta fisiculturista, sexo masculino, 21 anos de idade, praticante de treino de alta intensidade diariamente. Procedeu-se a análise do processo de recuperação da musculatura do bí­ceps braquial em duas etapas por quatro semanas. A etapa 1 avaliou capacidade de gerar força, concentração de lactato sanguí­neo e mensuração dos sintomas dolorosos. Já a etapa 2, com a aplicação dos métodos de recuperação: terapia manual, recuperação ativa e TENS. Estudo submetido e aprovado ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Paulista-UNIP e aprovado sob o parecer nº 2.213.280. Resultados: Observou-se mí­nima alteração na concentração de lactato, com a etapa 1 (1,35±0,15) com valor mais elevado que a etapa 2 (1,2±0,1). A capacidade de geração de força da etapa 2 (50,5±1,5) apresentou melhor resultado quando comparado a etapa 1 (33±1,0). Na mensuração de sintomas dolorosos, ao comparar as médias das dores tardia até 12 horas (6,5±0,5; 1,5±0,5) e até 36 horas (10±0; 2,5±0,5), evidenciou-se redução na etapa 2 em relação a etapa 1. Conclusão: No presente estudo, a aplicação de diferentes modalidades de recuperação destinadas a acelerar o processo torna-se amplamente viável.

Biografia do Autor

Paulo Roberto Milanez Oliveira Junior, Fisioterapeuta, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí­, Pedro II-PI, Brasil.

Graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí­ - Campus Ministro Reis Velloso (2017); Pós-graduando em Educação Especial e Inclusiva - IFPI; Membro do corpo clí­nico da Clí­nica Hidroterapia Leste (2017-2018); Fisioterapeuta da Clí­nica Unicenter Hidroterapia e Espaço Letí­cia Pontes; Membro de Honra da Liga Acadêmica Multiprofissional em Saúde da Famí­lia - LAMSF da Universidade Federal do Piauí­, membro da Executiva Nacional dos Estudantes de Fisioterapia (ENEFi); Atuação profissional em Fisioterapia Aquática, Biofotogrametria Computadorizada, Treinamento Funcional, Reabilitação e Prevenção de Lesões de Corrida de Rua.

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Publicado
2021-10-10
Como Citar
Silva, F. das C. C., Oliveira Junior, P. R. M., Cruz, H. V. M., Sampaio Neto, J. H., & Moura, D. R. (2021). Recursos terapêuticos na recuperação da função muscular pós-treino de alta intensidade. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 14(92), 673-679. Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2156
Seção
Artigos Científicos - Original

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