Efeitos imediatos da pré-atividade máxima dos antagonistas sobre a tensão isométrica máxima e sinal eletromiográfico

  • Gabriel Andrade Paz Departamento/ Setor: Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Licenciado em Educação Fí­sica.
  • Marianna de Freitas Maia Departamento/ Setor: Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Licenciada em Educação Fí­sica.
  • Felipe Luis dos Santos Santiago Departamento/ Setor: Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Graduando no curso de Licenciatura em Educação Fí­sica.
  • Priscila Soares dos Santos Departamento/ Setor: Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Especialização em Anatomia e Biomecânica - Universidade Castelo Branco.
  • Vicente Pinheiro Lima Departamento: Grupo de Pesquisas em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ.
Palavras-chave: Coativação, Antagonistas, Contração isométrica, Eletromiografia

Resumo

O objetivo do estudo foi verificar o efeito agudo da pré-atividade máxima dos antagonistas (PA) sobre a tensão isométrica máxima (Tmáx) e sinal eletromiográfico (EMG). Foram voluntários 10 sujeitos do sexo masculino com 23,1±3 anos de idade praticantes de treinamento de força há no mínimo 6 meses. No primeiro dia, realizou-se a familiarização e teste de Tmáx na célula de carga no exercício de remada sentada aberta pronada (RA). No segundo dia, aplicou-se o protocolo de Tmáx através do apoio de frente (AF), conhecido também como, “flexão de braços”, seguido pelo teste de Tmáx no RA. Na estatística descritiva, calculou-se a média e desvio-padrão das variáveis e na inferencial aplicou-se o Teste T pareado para comparar a Tmáx e percentual de rootmean square (RMS) do sinal EMG dos músculos deltóide porção clavicular (DC) e espinal (DE), latíssimo do dorso (LD) e peitoral porção clavicular (PC) adotando-se p<0,05. Nos resultados, não se verificou diferença estatística significativa na média de Tmáxem kgf34,2±11,7 sem pré-ativação (pré) em kgf32,5±12após pré-ativação dos antagonistas (pós). Quanto ao sinal EMG, nos músculos agonistas no exercício da RA verificou-se redução do percentual de RMS do DE no pré (%) 62±45,8 e no pós (%)59,5±40, assim como, para o LD no pré (%)6,5±10% e pós 7,6±17,5%, entretanto, a redução não foi significativa. Logo, a PA parece não interferir na Tmáx e sinal EMG dos agonistas, entretanto, mais estudos são necessários para compreender os mecanismos neurais envolvidos na produção de força muscular.

Biografia do Autor

Gabriel Andrade Paz, Departamento/ Setor: Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance (BIODESP), Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Licenciado em Educação Fí­sica.

Professor de Educação Fí­sica, graduado em Licenciatura na Universidade Castelo Branco (UCB). Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento - NEPE (2008-2009) e do Grupo de Biodinâmica do Exercí­cio, Saúde e Performance - BIODESP (2009-Atual). Atua nas linhas de pesquisas de: Lombalgia, Aptidão Física para a saúde, Eletromiografia e treinamento de força.

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Publicado
2012-04-17
Como Citar
Paz, G. A., Maia, M. de F., Santiago, F. L. dos S., Santos, P. S. dos, & Lima, V. P. (2012). Efeitos imediatos da pré-atividade máxima dos antagonistas sobre a tensão isométrica máxima e sinal eletromiográfico. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 6(32). Recuperado de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/381
Seção
Artigos Científicos - Original

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