Adaptação transcultural da escala OMNI-RES para a língua portuguesa
Resumo
O controle da intensidade no treinamento de força desempenha um papel crucial na otimização dos resultados e na segurança durante o exercício. Diversas escalas foram desenvolvidas para medir a intensidade com base na percepção de esforço (PE). Este estudo tem como objetivo realizar a adaptação transcultural para a língua portuguesa da escala OMNI-RES, e investigar as correlações entre a PE e os percentuais da carga máxima em diferentes intensidades e exercícios. Trata-se de um estudo descritivo correlacional, no qual foram investigados os resultados de 20 homens e 17 mulheres iniciantes na prática do treinamento de força. A PE foi avaliada utilizando a escala OMNI-RES, que foi traduzida e adaptada para o idioma português como OMNI-POR. Foram realizados três exercícios distintos, nos quais os valores de repetição máxima (1RM) foram correlacionados com as cargas utilizadas em cada tentativa prévia, normalizadas como um percentual de 1RM. Por meio do Teste de Correlação de Spearman (p<0,05), foram encontradas correlações muito fortes e significativas entre a PE e o %1RM, tanto na análise geral, como quando estratificadas pelo sexo e exercício, que variou entre 0,974 a 0,980 (p<0,005). Pode-se concluir que a escala de percepção de esforço adaptada (OMNI-POR) apresentou fortes correlações com as cargas utilizadas em diferentes exercícios de treinamento de força, em ambos os sexos, podendo ser uma ferramenta válida para ser utilizada na mensuração da intensidade no treinamento de força.
Referências
-Balsalobre-Fernández, C.; Marchante, D.; Muñoz-López, M.; Jiménez, S.L. Validity and reliability of a novel iPhone app for the measurement of barbell velocity and 1RM on the bench-press exercise. Journal of Sports Sciences. Vol. 36. Num. 1. 2018. p. 64-70. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/ 02640414.2017.1280610
-Borg, G. Escalas de Borg para a Dor e Esforço Percebido. Manole. 2000.
-Buckley, J.P.; Borg, G.A.V. Borg’s scales in strength training; from theory to practice in young and older adults. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism. Vol. 36. Num. 5. 2011. p. 682-692. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1139/h11-078
-Brzycki, M. Strength Testing - Predicting a One-Rep Max from Reps-to-Fatigue. Journal of Physical Education, Recreation & Dance. Vol. 64. Núm. 1. p. 88-90. 1993. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/07303084.1993.10606684
-Cadore, E.; Pinto, R.; Brentano, M.; Silva, R.; Silva, E.M.; Spinelli, R.; Correa, C.; Kruel, L.M. Prediction of one repetition maximum load by total and lean body mass in trained and untrained men. Medicina Esportiva. Vol. 16. Num. 3. 2012. p. 111-117.
-Epley, B. Poundage chart. In: Epley, Boyd. Boyd Epley Workout. Lincoln. NE: Body Enterprises. 1985.
-Fleck, S.J.; Kraemer, W. Designing resistance training programs. 4ª edição. Human Kinetics. 2014.
-Gearhart Junior, R.F.; Goss, F.L.; Lagally, K.M.; Jakicic, J.M.; Gallagher, J.; Gallagher, K.I.; Robertson, R.J. Ratings of Perceived Exertion in Active Muscle During High-Intensity and Low-Intensity Resistance Exercise. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 1. Num. 16. p. 87-91. 2002.
-Lombardi, V.P. Beginning Weight Training: The Safe and Effective Way. Brown & Benchmark Pub. 1989.
-Moiano Júnior, J.V.M.; Palumbo, D.P.; Alves, D.L.; Silva, J.K.F.; Dias, Y.R.; Enes, A.; Rubio, T.B.G.; Osiecki, R. Percepções de esforço entre os sexos e exercícios: estudo baseado em diferentes intensidades do treinamento de força. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 12. Num. 80. p. 1186-1192. 2019. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7882073.
-Moura, J.A.R.; Peripolli, J.; Zinn, J.L. Comportamento da percepção subjetiva de esforço em função da força dinâmica submáxima em exercícios resistidos com pesos. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 2. Num. 2. 2003. p. 110-122.
-Moura, J.A.R. Força máxima dinâmica: uma proposta metodológica para validação do teste de peso máximo em aparelhos de musculação. Kinesis. Vol. 18. 2013.
-Robertson, R.J.; Goss, F.L.; Rutkowski, J.; Lenz, B.; Dixon, C.; Timmer, J.; Frazee, K.; Dube, J.; Andreacci, J. Concurrent validation of the OMNI Perceived Exertion Scale for resistance exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 35. Num. 2. 2003. p. 333-341.
-Santiago, L.C.S.; Lyra, M.J.; Cunha Filho, M.; Cruz, P.W.S.; Santos, M.A.M.; Falcão, A.P.S.T. Efeito de uma sessão de treinamento de força sobre a qualidade do sono de adolescentes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 21. Num. 2. 2015. p. 148-152. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1517-8692201 52101144430.
-Shephard, R.J. Par-Q, Canadian Home Fitness Test and exercise screening alternatives. Sports Medicine. Vol. 5. Num. 3. 1988. p. 185-195. Disponível em: http://dx.doi.org/10. 2165/00007256-198805030-00005.
-Tiggemann, C.L.; Dias, C.P.; Radaelli, R.; Massa, J.C.; Bortoluzzi, R.; Schoenell, M.C.W.; Noll, M.; Alberton, C.L.; Kruel, L.F.M. Effect of traditional resistance and power training using rated perceived exertion for enhancement of muscle strength, power, and functional performance. Age. Vol. 38. Num. 2. 2016. p. 1-12. Disponível em: http://dx.doi.org/10. 1007/s11357-016-9904-3
-Tiggemann, C.L.; Kruel, L.F.M.; Pinto, R.S. Relação entre sensação subjetiva de esforço e diferentes intensidades no treinamento de força. Revista Mineira de Educação Física. Vol. 9. Num. 1. 2001. p. 35-50.
-Tiggemann, C.L.; Dias, C.P.; Schoenell, M.C.W.; Noll, M.; Alberton, C.L.; Pinto, R.S.; Kruel, L.F.M. Rating of perceived exertion as a method to determine training loads in strength training in elderly women: a randomized controlled study. International Journal of Environmental Research and Public Health. Vol. 18. Num. 15. 2021. p. 7892. Disponível em: http://dx.doi.org/10.3390/ijerph 18157892
-Tiggemann, C.L.; Pinto, R.S.; Kruel, L.F.M.A percepção de esforço no treinamento de força. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 16. Num. 4. 2010. p. 301-309. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-86922010000 400014
-Tiggemann, C.L.; Korzenowski, A.L.; Brentano, M.A.; Tartaruga, M.P.; Alberton, C.L.; Kruel, L.F.M. Perceived exertion in different strength exercise loads in sedentary, active, and trained adults. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 24. Num. 8. 2010. p. 2032-2041.
Copyright (c) 2025 Carlos Leandro Tiggemann, Caleb Diab, Ericles Casagrande

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).