Influência do intervalo de recuperação após uma sessão de HIIT no desempenho da força muscular

  • Bruno Ronzei Perez Departamento de Educação Física, Faculdade Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Pádua-RJ, Brasil.
  • Lucas Câmara da Silveira Departamento de Educação Física, Faculdade Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Pádua-RJ, Brasil.
  • Geraldo de Albuquerque Maranhão Neto Programa de Pós-graduação em Ciências da Atividade Física, Universidade Salgado de Oliveira, Niterói-RJ, Brasil.
  • Victor Magalhães Curty Departamento de Educação Física, Escola Superior São Francisco de Assis, Santa Teresa-ES, Brasil; Departamento de Educação Física, Faculdade Estácio de Sá, Vitória-ES, Brasil.
  • Rodrigo Cunha de Melo Pedreiro Departamento de Educação Física, Faculdade Santo Antônio de Pádua, Santo Antônio de Pádua-RJ, Brasil; Departamento de Educação Física, Universidade Estácio de Sá, Nova Friburgo-RJ, Brasil; Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica, Universidade Anhembi Morumbi, São José dos Campos-SP, Brasil.
Palavras-chave: Treino concorrente, Treino combinado, Desempenho, Força muscular

Resumo

Introdução: O Treino de Força (TF) tornou-se uma das práticas de exercício mais populares para melhorar a capacidade física e para o condicionamento. Na procura de melhores resultados, o Treino Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) associado ao TF tem sido muito praticado. No entanto, pouco se sabe sobre a sua influência em relação à capacidade de desempenho quando ambos são praticados na mesma sessão. Objectivo: avaliar o efeito do intervalo de descanso após uma sessão de HIIT na força muscular. Materiais e Métodos: Participaram no estudo oito homens jovens (25,6 ± 6,1 anos), praticantes de musculação há pelo menos 6 meses. Foram realizados dois protocolos randomizados com 72h de intervalo. No protocolo 1 foi realizado o HIIT e logo de seguida repetiam o teste de 10RM. No protocolo 2 foi realizado o HIIT, dado um descanso de 30 minutos, e de seguida realizaram o teste de 10RM. Foi estabelecido um nível de significância de p<0,05. Resultados: o desempenho no teste de 10RM no Leg Press 45º foi significativamente menor quando realizado sem descanso (7 ± 3 repetições). Não houve diferença significativa para o Supino mesmo sem o descanso. Quando houve descanso entre exercícios, não se verificaram diferenças no desempenho a 10RM tanto no Supino como no Leg Press 45º. Conclusão: o HIIT em passadeira ergométrica promove uma quebra no desempenho da força apenas nos membros inferiores, sendo que esta influência pode ser atenuada com um intervalo de pelo menos 30 minutos entre treinos.

Referências

-ACSM. American College of Sports Medicine. Guidelines for exercise testing and prescription. Estados Unidos da América. Wolters Kluwer Health. 2017.

-Baar, K. Training for endurance and strength: lessons from cell signaling. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 38. Num. 11. 2006. p. 1939-1944.

-Bell, G.J.; Syrotuik, D.; Martin, T.P.; Burnham, R.; Quinney, H.A. Effect of concurrent strength and endurance training on skeletal muscle properties and hormone concentrations in humans. European Journal of Applied Physiology. Vol. 81. Num. 5. 2000. p. 418-427.

-Borg, G. Escalas de Borg para a dor e o esforço: percebido. São Paulo. Manole. 2000.

-Chtara, M.; Chamari, K.; Chaouachi, M.; Chaouachi, A.; Koubaa, D.; Feki, Y.; Millet, G.; Amri, M.. Effects of intra-session concurrent endurance and strength training sequence on aerobic performance and capacity. British Journal of Sports Medicine. Vol. 39. Num. 8. 2005. p. 555-560.

-Craig, B.W.; Lucas, J.; Pohlman, R. The effects of running, wheightlifiting and a combination of both on growth hormone release. Journal of Applied Sport Science Research. Vol. 5. Num. 4. 1991. p. 198-203.

-Silva, D.A.; Navarro, A.C. Interferências do treinamento de endurance no ganho de força e massa muscular. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. Num. 5. 2011. p. 37-46.

-Docherty, D.; Sporer, B. A proposed model for examining the interference phenomenon between concurrent aerobic and strength training. Sports Medicine. Vol. 30. Num. 6. 2000. p. 385-394.

-Dudley, G.A.; Djamil, R. Incompatibility of endurance-and strength-training modes of exercise. Journal of Applied Physiology. Vol. 59. Num. 5. 1985. p. 1446-1451.

-Gomes, R.V.; Aoki, M.S. Suplementação de creatina anula o efeito adverso do exercício de endurance sobre o subsequente desempenho de força. Rev Bras Med Esporte. Vol. 11. Num. 2. 2005. p. 131-134.

-Häkkinen, K.; Alen, M.; Kraemer, W.J.; Gorostiaga, E.; Izquierdo, M.; Rusko, H.; Mikkola, J.; Häkkinen, A.; Valkeinen, H.; Kaarakainen, E.; Romu, S.; Erola, V.; Ahtiainen, J.; Paavolainen, L. Neuromuscular adaptations during concurrent strength and endurance training versus strength training. European Journal of Applied Physiology. Vol. 89. Vol. 1. 2003. p. 42-52.

-Hawley, J.A. Molecular responses to strength and endurance training: are they incompatible? Applied Physiology, Nutrition and Metabolism. Vol. 34. 2009. p.355-361.

-Leveritt, M.; Albernethy, P.J.; Barry, B.K.; Peter, A. Logan Concurrent strength and endurance training. Sports Medicine Vol. 28. Num. 6. 1999. p. 413-427.

-Leveritt, M.; Abernethy, P.J. Acute Effects of High-Intensity Endurance Exercise on Subsequent Resistance Activity. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 13. Num. 1. 1999. p. 47-51.

-Leveritt, M.; Maclaughlin, H.; Abernethy, P.J. Changes in leg strength 8 and 32 h after endurance exercise. Journal of Sport Sciences. Vol. 18. Num. 11. 2000. p. 865-871.

-Little, J.P.; Safdar, A.; Wilkin, G.P.; Tarnopolsky, M.A.; Gibala, M.J. A practical model of low‐volume high‐intensity interval training induces mitochondrial biogenesis in human skeletal muscle: potential mechanisms. The Journal of Physiology. Vol. 588. Num. 6. 2010. p. 1011-1022.

-McCarthy, J.P.; Pozniak, M.A.; Agre, J.C. Neuromuscular adaptations to concurrent strength and endurance training. Medicine & Science in Sports & Exercise. Vol. 34. Num. 3. 2002. p. 511-519.

-Nader, G.A. Concurrent strength and endurance training: from molecules to man. Medicine and Science in Sports and Exercise. Vol. 38. Num. 11. 2006. p. 1965.

-Pedreiro, R.C.M.; Rimes, R.R.; Machado, S.; Siqueira, L.M.; Rodrigues, A.I.; Coelho, W.S.; Maranhão-Neto, G.A. Efeitos Fisiológicos agudos do treinamento concorrente. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 14. Num. 1. 2015. p. 44-49.

-Raddi, L.L.O.; Gomes, R.V.; Charro, M.A.; Bacurau, R.F.P.; Aoki, M.S. Treino de corrida não interfere no desempenho de força de membros superiores. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 14. Num. 6. 2008. p. 544-547.

Publicado
2022-08-31
Como Citar
Perez, B. R., Silveira, L. C. da, Maranhão Neto, G. de A., Curty, V. M., & Pedreiro, R. C. de M. (2022). Influência do intervalo de recuperação após uma sessão de HIIT no desempenho da força muscular. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(100), 698-704. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2210
Secção
Artigos Científicos - Original