Influência da prática da hidroginástica a longo prazo na força de preensão manual em idosas
Resumo
O processo de envelhecimento desencadeia perda anual na força de preensão manual considerada preditora de mobilidade nos idosos. Este estudo teve como objetivo: analisar a influência da prática da hidroginástica a longo prazo na força de preensão manual em mulheres idosas. Quarenta e duas idosas praticantes apenas de hidroginástica, com uma frequência semanal de 2 vezes, foram divididas em 3 grupos de acordo com o tempo de participação: G1 – 3 meses; G2 – 1 ano e G3 – 2 anos. Foi avaliada a força de preensão manual para ambos os lados, utilizando o dinamómetro. Os dados foram tratados em média e desvio, nas comparações entre grupos foi utilizada ANOVA unidirecional e nas intragrupos ANOVA de medidas repetidas. O nível de significância adotado em todos os testes foi p ≤ 0,05. Não foram encontradas diferenças entre os grupos (p = 0,923, direito; p = 0,591, esquerdo). Os grupos G2 e G3 demonstraram maior valor no lado dominante corroborando com a literatura (21,25 ± 3,15; 21,23 ± 3,85 kgf). A força de preensão para ambos os lados, em todos os grupos, foi superior à encontrada nos idosos inativos. Assim sendo, foi refutada a hipótese de que a prática da hidroginástica a longo prazo contribui para um aumento da força de preensão manual em mulheres idosas. No entanto, pode-se afirmar que a prática da hidroginástica a partir dos 3 meses contribui para o aumento da força de preensão manual quando comparado com os indivíduos mais velhos não ativos.
Referências
-Antunes, R.; Fonseca, E.; Oliveira, D.; Matos, R.; Amaro, N.; Morouço, P.; Rebelo-Gonçalves, R. Qualidade de vida, vitalidade e força de preensão manual em idosos praticantes de exercício físico. Cuadernos de Psicología del Deporte. Vol. 22. Num 1. 2022. p.245-255. https://www.redalyc.org/journal/2270/227072105018/227072105018.pdf
-Belmonte, L.A.O. Análise da força de preensão manual em idosos praticantes e não praticantes de exercícios físicos regulares. Dissertação de Mestrado. Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis. 2007.
-Bergamin, M.; Zanuso, S.; Alvar, B.A.; Ermolao, A.; Zaccaria, M. Is water-based exercise training sufficient to improve physical fitness in the elderly? European Review Aging and Physical Activity. Vol. 9. 2012. p.129-41.
-Bohannon, R. W. Muscle strength: clinical and prognostic value of hand-grip dinymometry. Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care. Vol. 15. Num. 8. 2015. p .465-70.
-Cardoso, A.S.A.; Mazo, G.Z.; Balbé, G.P. Níveis de força em mulheres idosas praticantes de hidroginástica: um estudo de dois anos. Motriz. Vol. 16. Num. 1. 2010. p.86-94.
-Dhillon, R.J.; Hasni, S. Pathogenesis and Management of Sarcopenia. Clinics in geriatric medicine. Vol. 1. Num. 33. 2017. p.17-26.
-Greenway, K.G.; Walkley, J.W.; Rich, P.A. Relationship between self-reported lifetime physical activity, estimates of current physical fitness and a BMD in adult premenopausal. Archives of osteoporosis. Vol. 10. Num. 1. 2015. p. e34.
-Kamide, N.; Kamiya, R.; Nakazono, T.; Ando, M. Reference values for handgrip strength in Japanese community-dwelling elderly: a meta-analysis. Environmental heallth and preventive medicine. Vol. 20. 2015. p.44-46.
-Kura, G. G.; Ribeiro, L.S. P.; Niquetti, R.; Filho, H. T. Nível de atividade física, IMC e índices de força muscular estática entre idosas praticantes de hidroginástica e ginástica. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. Vol. 1. Num. 2. 2004. p.30-40.
-Lee, W.J.; Peng, L.N.; Chiou, S.T.; Chen, L.K. Relative Handgrip Strength is a Simple Indicator of Cardiometabolic Risk among Middle-Aged and Older People: A Nationwide Population-Based Study in Taiwan. PLOS One. Vol. 11. Num. 8. 2016. p. e0160876S.
-Lima, P.T.; Malheiros, K.D.M.; Santos, M. R.; da Paixão, R. C. Níveis de flexibilidade e força muscular em mulheres praticantes e não praticantes de hidroginástica. Revista Unimontes científica. Vol. 26. Num. 30. 2018. p. 33-38.
-Mattioli, R.A.; Cavalli, A.S.; Ribeiro, J.A.C.; Silva, M.C. Associação entre força de preensão manual e atividade física em idosos hipertensos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Vol. 18. Num. 40. 2015. p. 881-91.
-Moura, E.G.; Nunes, W.M.S.; Pinto, L.M.; Santos, N.G.; Oliveira, G.V.; Gross, D.A. Effects of hydrogymnastics practice for 45 weeks on the lipid, hemodynamic and anthropometry profile of elderly when untrained for 30 days in intervention. Science & Sports. Vol. 35. Num. 20. 2020. p. 103-e1.
-Pinto, S.S.; Alberton, C.L.; Zaffari, P.; Cadore, E.L.; Kanitz, A.C.; Liedtke, G.V.; Tartaruga, P.; Kruel, L.F.M. Rating of perceived exertion and physiological responses in water-based exercise. Journal of Human Kinetics. Vol. 49. 2015, p. 99-108.
-Prado, A.K.; Reichert, T.; Conceição, M.O.; Delevatti, R.S.; Kanitz, A.C.; Kruel, L.F. Effects of aquatic exercise on muscle strength in young and elderly adults: a systematic review and meta-analysis of randomized trials. The Journal of Strength & Conditioning Research. Vol. 36. Num. 5. 2022.
-Rijk, J.M.; Roos, P.R.; Decky, L.; Van Den Akker, M.; Buntinx, F. Prognostic value of handgrip strength in people aged 60 years and older: a systematic review and meta-analysis. Geriatrics & gerontology international. Vol. 16. Num. 1. 2016. p. 5-20.
-Shin, H.I.; Kim, K.; Seo, K.M.; Kang, S.H.; Lee, S.Y.; Son, S. Relation between respiratory muscle strength and skeletal muscle mass and hand grip strength in the healthy elderly. Annals of rehabilitation medicine-ARM. Vol. 41. Num. 4. 2017. p. 686-92.
-Simas, V.; Hing, W.; Poper, R.; Climstein, M. Effects of water-based exercise on bone health of middle-aged and older adults: a systematic review and meta-analysis. Open access of sports medicine. Vol. 8. 2017. p. 39-60.
-Yoo, J.I.; Choi, H.; Ha, Y.C. Mean hand grip strength and cut-off values for sarcopenia in Korean adults using KNHANES VI. Journal of Korean medical science. Vol. 32. 2017. p. 868-72.
Direitos de Autor (c) 2025 Elciana de Paiva Lima Vieira, Edmundo de Drummond Alves Júnior, Jonas Lírio Gurgel

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).